E tem alguns q chamam de aposentado 🙅🥋
- Você me dá vontade de dispensar os homens para sempre - diz ela.
Bem, o pai dela me dá vontade de dispensar os homens para sempre. Se os homens são mesmo tão superficiais como este, todas as mulheres deveriam dispensar os homens para sempre.
- Isso não deveria ser um problema - diz o pai. - Sei que você só saiu com um garoto e isso já faz mais de dois anos.
E nesse instante toda a razão sai pela janela.
Ele não sabe que dia é hoje? Ele não tem a menor porra de ideia do que a filha sofreu emocionalmente nos últimos dois anos? Tenho certeza de que ela passou um ano inteiro se recuperando e sei, pelos poucos segundos em que olhei em seus olhos, que ela não tem um pingo de autoconfiança. E ali está ele comentando que ela não namora desde o acidente?
Minhas mãos tremem, porque estou muito irritado. Acho que eu talvez esteja com mais raiva do que na noite em que ateei fogo no carro dele.
- Bom, pai - diz ela com a voz tensa. - Não recebo a mesma atenção dos homens como antes.
Deslizo para sair do meu lugar, incapaz de me conter. Mas de jeito nenhum vou deixar que essa garota passe um segundo a mais sem alguém que a defenda do jeito certo.
Estou me sentando ao lado dela.
- Desculpe pelo atraso, amor - digo, passando o braço por seus ombros.
Ela enrijece sob meu braço, mas o mantenho ali. Pressiono os lábios na lateral de sua cabeça, sem querer sentindo o aroma floral do xampu.
- Essa porcaria de trânsito de Los Angeles - murmuro.
Estendo a mão para o pai dela e antes de dizer meu nome, me pergunto se de algum modo ele vai reconhecê-lo, pois sabia quem era minha mãe. Ela voltou a usar o nome de solteira alguns anos depois da morte do meu pai, então talvez ele não saiba quem eu sou. Assim espero.
- Meu nome é Arthur. Arthur Ramos, Namorado da sua filha.
Sua expressão não registra um lampejo sequer de reconhecimento. Ele não sabe quem eu sou.
A mão do pai dela toca a minha e quero puxá-lo pela mesa e esmurrar seus dentes. Provavelmente eu faria isso, se não sentisse que ela fica cada vez mais tensa ao meu lado. Eu me recosto e a puxo para mim, sussurrando em seu ouvido:
- Siga minhas deixas.
É como se uma lâmpada se apagasse em sua cabeça neste exato segundo, por que a confusão em seu rosto se transforma em prazer. Ela sorri carinhosamente para mim, se encostando no meu corpo, e fala:
- Não achei que você fosse conseguir chegar.
É, eu queria dizer, também não achei que estaria sentado aqui. Mas como não posso piorar sua vida nesta data, o minimo que posso fazer é tentar tornar um pouco melhor.
...
Formo uma nova pilha com as páginas que já li. Fico observando o manuscrito. sem acreditar. Sei que devia ficar zangada por ele ter mentido para mim por tanto tempo, mas estar na cabeça dele de algum modo justifica seu comportamento. Não só isso: também justifica o comportamento do meu pai.
Arthur tem razão. Ao relembrar agora aquele dia, percebo que meu pai não devia ser totalmente culpado. Ele estava expressando sua opinião sobre minha carreira, o que todo pai ou mãe tem o direito de fazer. E por mais eu tenha discordado dele e de como se expressou, meu pai nunca foi muito bom em se comunicar. Além disso, é óbvio que eu dificultei as coisas para ele assim que se sentou à mesa. Ele ficou na defensiva, eu estava em modo de ataque, então tudo só piorou a partir dai.
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The Date~Volsher Adaptation~
FanfictionFinalizada "𝐿𝑒𝑣𝑒𝑖 𝑞𝑢𝑎𝑡𝑟𝑜 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑚𝑒 𝑎𝑝𝑎𝑖𝑥𝑜𝑛𝑎𝑟 𝑝𝑜𝑟 𝑒𝑙𝑒. 𝐿𝑒𝑣𝑒𝑖 𝑠𝑜 𝑞𝑢𝑎𝑡𝑟𝑜 𝑝𝑎𝑔𝑖𝑛𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑚𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑎𝑝𝑎𝑖𝑥𝑜𝑛𝑎𝑟." adaptação: Novembro 9 𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐡𝐢𝐬𝐭𝐨𝐫𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐚𝐦𝐨𝐫 𝐢𝐧𝐞𝐬...