Capítulo 9

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Demorei, mas postei.

Mais um cap. pra vocês, espero que gostem.





"Como aprender a odiar para não morrer de amor?" - Clarice Lispector


XX


Veronica Lodge's Point of View


Aquela ideia não tinha sido, de longe, a mais inteligente que eu já havia tido na vida. Sozinha na sala enquanto Archie fazia "sabe-se lá o quê" no banheiro, - e eu não quis ser maldosa, pervertida ou algo do tipo com isso - eu começava a perceber o quão estúpida na verdade ela havia sido. Onde eu estava com a cabeça quando cogitei, por um minuto, que conseguiria me manter racional e centrada enquanto ELE, - sim, tinha toda uma ênfase na palavra - parecia mais decidido que eu em atiçar, provocar e seduzir? E eu não podia dizer que não havia sido avisada, estava mais do que nítidos  e evidente que suas intenções não eram nada castas - e nunca foram - em relação a mim. Não que aquela não fosse realmente a minha intenção. Eu o queria caído, de quatro, frustrado e humilhado, tanto quanto um dia eu fiquei por ele. Mas era revoltante perceber a cada segundo que, se ele estava caindo, eu estava indo vertiginosamente junto, sem paraquedas ou onde me agarrar. Se ele demonstrava querer, eu em contrapartida, nunca havia deixado de desejá-lo, nem mesmo depois de tudo quando decidi odiá-lo.


Veronica: Se quer ver televisão, por que não vai pra casa? - revirei os olhos, não que eu estivesse me importando muito com o que passava ou deixava de passar na TV, eu só... ah, ele havia desistido fácil demais!

Ser trocada por um programa não era mesmo muito bom para o meu ego.

Archie: Você precisa se decidir... - voltou a me encarar arqueando uma sobrancelha - Ou quer minha atenção ou não quer.

Por um segundo aquele ar claramente debochado que ele impunha quase me fez tacar o controle em sua cabeça. Quase.


Archie Andrews's Point of View


Aquele que conseguisse entender as mulheres - e principalmente essa mulher - seria merecedor de todos od prêmios e honrarias do mundo, por Deus, o que elas queriam? Além de nos enlouquecer com toda aquelavulnerabilidade constante e congênita, é claro.

Eu ainda podia sentir a frustração pulsando em cada um de meus poros depois do momento broxante na cozinha, nem toda a água fria havia sido capaz de aliviar a 'tensão', mas, mesmo assim, aqui estava eu, tentando ser um homem compreensivo e paciente, enquanto ela, por sua vez, brincava de tentar me confundir e enlouquecer.

E a brincadeira meio que surtiu efeito quando, silenciando a televisão ela me encarou.

Monica: Tudo bem... - começou - Acho que você pode deixar seu braço cair sem querer sobre o meu ombro. - involuntariamente rugas de surpresa se formaram em minha testa - Mas sem segundas intenções, eu ainda não vou transar com você.

Archie: Nem se eu pedir com jeitinho? - ela retornou meu olhar, fuzilante, e eu fiz o que ela mandava, rindo - Você definitivamente é um bicho de sete cabeças pra mim.

Monica: Obrigada! - girou os olhos - Isso foi muito elogioso.

Archie: Disponha. - reividei puxando-a mais perto.

O PECADO MORA EM FRENTE (adaptação - Varchie)Onde histórias criam vida. Descubra agora