Monique vivia uma vida pacata e comum em Nova Iorque com seu cachorrinho Luke, até ser quase atropelada por um certo marmanjo com um carro ridiculamente lindo. Mesmo sendo arrogante, conversar com ele pode até ser legal. No que será que isso vai dar...
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— Mas... você vai ter que fazer a sua parte, querida.
Eu concordo sem pestanejar, seja o que for, eu farei. Mas ainda assim, não tenho certeza do que ele quer dizer com "fazer a minha parte".
— Quando você diz "fazer a sua parte", o que quer dizer exatamente? — Pergunto com cautela.
— Quero dizer que você vai ter que sujar as mãos. Você não vai conseguir alguma coisa sem fazer nada, sabe disso.
— Não se atreva a colocá-la em perigo, ouviu? — Meu amigo ameaça.
— Relaxa, Matt. Você me conhece, eu sou um verdadeiro cavalheiro com donzelas em perigo. — Desconversa, um sorriso sedutor surgindo no canto da sua boca.
— Eu te conheço, Daryl. Então, sem planos meia-boca, nada maluco e o mais importante: não toque nela! Fui claro?
— Qual é, pessoal! Não comecem de novo, vocês são irmãos, não inimigos. Relaxem um pouco. — Joe tenta aplacar a situação mais uma vez.
Esses dois são como cão e gato, constato.
— Não tem necessidade de jogar na minha cara, Joe. Eu só preciso olhar para ele para saber disso. — Daryl farpa o irmão, algo natural e habitual, noto.
Ambos trocam um olhar exasperado, e eu me abstenho de suspirar. É melhor não colocar mais lenha na fogueira, já fiz o suficiente por uma noite.
Joe sacode a cabeça, cruza os braços e um sorriso fino se estende por seus lábios.
— Piores que crianças! — Ele comenta, e eu me seguro para não concordar.
— Sério, Daryl. Que nada aconteça com ela, ou eu uso seu rosto como saco de pancada.
— Não se preocupe, mano. Eu estarei por perto, só por precaução. — Joe garante, o olhar côncavo sobre mim.
— Eu sei, mas eu quero que ele entenda a mensagem. — O Matt está tenso, e eu me sinto culpada por isso. — Monique, eu sei que fui eu quem sugeriu tudo isso, mas... talvez não seja uma boa ideia, afinal de contas. Se você preferir, encontraremos outro jeito para ajudar o Jason. — Ele olha para o irmão antes de mergulhar os olhos nos meus.
— Eu sei, Matt. Não se preocupe comigo, vou ficar bem, ok? — Ele acena com a cabeça gravemente.
— Joe, você cuida dela, ok?
— Você pode contar comigo! Não se preocupe.
— Monique, vejo você amanhã no trabalho. Até mais, pessoal! — Eu observo meu amigo deixar a sala sem dizer outra palavra.
Sem o Matt, me sinto solitária e deslocada. É estranho porque antes disso tudo, eu não tinha essa sensação.
Eu olho para o Joe me sentindo um pouco sobrecarregada. Ele sorri gentilmente para mim e se dirige ao bar.
