Seungmin estava sentado na cadeira de seu escritório, observando atentamente cada passinho desajeitado de SungHoon enquanto ele andava pelo quarto. O bebê de 2 anos pegou um livro da estante, e antes mesmo que Seungmin conseguisse impedir, Sunghoon caiu sentado com o livro e o biquinho tremendo pronto para fazer manha e chorar.
— Papai.
— Não,não chora. — Seungmin pegou o bebê manhoso que ia em sua direção,e fez carinho nas costas do filho.
Ainda com Sunghoon em seu colo, Seungmin pegou o celular no bolso da calça e digitou uma mensagem para Bangchan,dizendo para não demorar muito pois o bebê estava manhoso.
Crises no casamento poderiam ser consideradas algo normal,mas quando essa crise dura a quase um ano, já não poderia ser considerado algo tão normal assim.
Não que Seungmin não gostasse de Chan, ele o amava,e ainda era completamente apaixonado por aquele homem lindo e encantador, mas toda a ausência e a compulsão pelo trabalho foi capaz de desgastar um casamento de 4 anos. Foi inevitável.Bangchan trabalhava demais, se empenhava demais no trabalho e com isso acabava deixando para trás o mais importante; a sua família.
Chan já estava a aproximadamente 3 meses fora de casa. Ele ou a sogra,buscavam Sunghoon as sextas, ficavam o sábado e domingo e o traziam novamente segunda-feira. Eles estabeleciam essa relação um pouco estranha e desconjuntada a um tempo, e se dependesse de Seungmin,eles continuariam assim.
Seungmin ouviu o barulho da campainha tocando, ele colocou Sunghoon no chão e pegou a mochila do menino em cima da cama.
O garotinho descia as escadas em passinhos lentos e reduzidos,um pezinho de cada vez, segurando firme as grades do corrimão. Seungmin correu atrás de Sunghoon e segurou a outra mãozinha, não importava quantas vezes ele já havia repreendido o filho, ele sempre voltava a repetir. A teimosia havia puxado totalmente para o pai Chan.
— Papai, papai, papai. — Sunghoon repetia apontando para a porta.
O pai pegou a criança no colo para facilitar a locomoção, abriu a porta e encontrou Bangchan o esperando o com um sorriso.
— Papai! — Sunghoon se remexeu no colo de Seungmin e praticamente se jogou nos braços de Chan. — A vovó — Apontou para o carro.
— Oi meu amor. — Bangchan disse com a voz mais aguda, cheirando o pescoço de Sunghoon fazendo o bebe rir. — A vovó vai passear com a gente hoje.
Sunghoon chegou a pular no colo de Chan,olhando pelo ombro do pai para ver a senhora do lado de fora do carro a espera do filho e do neto.
Seungmin ergueu um pouco o pescoço e acenou para a sogra, a mulher sorriu e acenou de volta.
— Como você está? — Bangchan perguntou, a costumeira sensação de constrangimento ao estar perto dele, algo que havia se tornado habitual desde que Chan saiu de casa.
— Bem, e você?
— Bem também,obrigado.
Eles ficaram em silêncio.
— Bom, aqui estão as coisas dele, ele estava com febre mais cedo então fica de olho. — Seungmin colocou a mochilinha de Sunghoon no ombro livre de Bangchan. — Beijo no papai. — Sunghoon fez bico e deu selinho no pai.
— Tudo bem,até segunda queri- — Bangchan hesitou, o péssimo hábito de ainda o chamar de querido. — Seungmin.
Seungmin observou Bangchan atravessando a rua com Sunghoon. Ele se escorou na batente da porta até o carro dar partida, só queria que as coisas voltassem ao antigo normal, e não a essa nova realidade que foi obrigado a se acostumar.
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Brigas e acertos.| Seungchan
FanfictionCrises no casamento são consideradas algo normal , mas Bangchan não aguentava mais ficar distante de sua família. Essa história é puramente fictícia, nada que foi escrito e descrito durante a narrativa faz alguma alusão à realidade. A oneshot não po...