Capítulo 03 - Sede

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CASA DA FAMÍLIA GOUVEIA

Depois que Daiane viu sua filha comendo um cachorro morto no cemitério da cidade, assim que as duas chegaram a casa, Daiane jogou sua filha, literalmente debaixo do chuveiro e a esfregava com muita força com uma bucha. A menina chorava e sua pele estava ficando vermelha.

- Você está sendo muito bruta! – Alice dizia chorando.

- Aqueles animais são cheios de doenças! – Daiane dizia enquanto esfregava sua filha.

- O que houve? – Disse Henrique entrando no banheiro e vendo aquela cena.

- Quero levá-la ao médico agora. Quero que façam teste para raiva e a doença do carrapato, dizem que a doença do carrapato causa problemas psicológicos.

- Ela está bem. – Henrique disse olhando no fundo dos olhos da garota.

- Ela estava comendo um cachorro morto, Henrique! – Daiane gritou. – Ela estava com a cara nele, chupando o sangue!

Logo em seguida, batidas na porta foram ouvidas. Henrique saiu do banheiro, desceu as escadas e foi atender a porta. Assim que abriu, era o policial Kayk.

- Chefe, como posso te ajudar? – Henrique perguntou.

- Isso é estranho... – Ele respondeu já entrando na casa. – Mas recebemos reclamações sobre sua filha. Algumas pessoas ligaram dizendo que a viram coberta de sangue no cemitério, e aí andando pela rua com a Sra. Gouveia.

Daiane já havia tirado Alice do banheiro e trocado a roupa da garota. Elas estavam na escada ouvindo o que o policial estava falando.

- Gostaria de levá-la ao meu escritório para eu falar com ela. – Continuou Kayk.

- Sem nós? – Daiane perguntou.

- Ela estará segura.

- Certo, isso é realmente necessário? – Henrique perguntou.

- Eu tenho corpos jogados na costa. – Kayk ficou frente a frente com Henrique. – Mais sob a Doca do Pau. Ouço relatórios de assassinatos por todo o Cabo, todas as vítimas despedaçadas. Sei que sou só um chefe de polícia de uma cidadezinha, que eu deveria ser um besta, mas tem uma coisa de que tenho certeza: Temos um cachorro morto no cemitério que parece muito com o prostituto morto que achamos na praia hoje de manhã. E a sua filha parece não ter nenhum arranhão no rosto.

- A Alice tem sete anos, não matou um prostituto na praia.

- Eu sei. Só preciso fazer algumas perguntas para ela para ver se ela tem alguma ideia de quem matou. Além de vocês dois.

- Papai, diga para ela que está tudo bem, por favor! – Alice gritou.

Em questão de segundos, Daiane, que estava segurando no apoio da escada, teve um leve apagão fazendo a desmaiar e cair pela escada. Na mesma hora, Henrique e Kayk e a seguram. Henrique estava chacoalhando suas mãos para fazer um vento no rosto de sua esposa.

- Daiane! – Henrique gritava. – Querida!

- Chame uma ambulância. – Kayk pediu para seu parceiro.

HOSPITAL DE HYANNIS

Depois de uma hora de viagem até o hospital de Hyannis, que era o mais próximo da cidade, Daiane rapidamente foi internada e já estava bem e acordada. Em seu quarto, estava a médica, Henrique e Alice.

- O bebê está bem. – A doutora dizia. – Tudo isso ocorreu por conta do estresse. Mas o seu batimento cardíaco e sua pressão ainda estão altos.

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⏰ Última atualização: Sep 10, 2021 ⏰

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