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Episódio: É isso que amigos fazem.

Episódio: É isso que amigos fazem

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Como prometido, Louis apareceu. E Harry foi atendê-lo.

_ Boa tarde, Anjo. - O menor sorria tímido, a imagem do cacheado logo após o beijo de manhã era viva em sua cabeça.

_ Boa tarde, Lou...

_ Quero café com açúcar.

_ Só café?

_ Só café... E que sente aqui comigo. Sei que nesse horário não tem movimento.

O brilho nos olhos de Louis era tão esperançoso, Harry odiaria dizer não para aqueles olhos. Sorriu e foi buscar  o café, voltando minutos depois e se sentando ao lado de Louis.

_ Eu quero ler algo pra você. - Louis disse após dar um gole pequeno em seu café. Harry o ouvia atento.

_ Então leia.

_ Se chama : " Silêncio - Uma fábula"  - Louis se animou e tirou seu livro da mochila que carregava. Harry tinha um sorriso discreto no rosto, e o olhar fixado nas expressões e na forma como Louis articulava para recitar as palavras. - Vou começar... " 'Escute' -- disse o Demônio, colocando a mão sobre minha cabeça..."

Louis leu o conto interpretando cada fala, cada exclamação, cada interrogação, vírgula por vírgula, de modo intenso e verdadeiro. Ele leu como se já tivesse lido e relido aquelas frases milhares de vezes, sem gaguejar em nenhum parágrafo. Louis leu como se aquele texto já fizesse parte dele, como se ele conhecesse aquelas letras com a palma de sua mão. Louis parecia completamente imerso naquela história, como se fosse ele mesmo quem as vivenciou.
E Harry se pegou tão concentrado na voz de Louis narrando as palavras, ele se pegou tão envolvido pela atmosfera fria e confortável que Louis criou. Ele se pegou olhando a boca de Louis ao terminar a leitura tão fixamente que o fez ficar vermelho.

_ "... E, quando o Demônio terminou sua história, jogou- se de volta na cavidade da tumba e riu. Mas não pude rir junto com o Demônio, e ele amaldiçoou-me por não poder rir. E o lince, que morava na tumba desde sempre, de lá saiu e deitou-se aos pés do Demônio, e mirou-o direto nos olhos. "  - Louis fechou o livro, com um sorriso pequeno no rosto, aquele que fazia seus olhinhos se fecharem e sorrirem junto com a boca. Mas que logo parou de sorrir ao ver a expressão séria de Harry o fitando. - Harry? Tá tudo bem? Você não gostou?

Harry, como se num estalo, piscou atônito, recobrando o controle sobre seu corpo. Sorriu.

_ Eu amei, Louis. - O cacheado disse, e Louis pode sorrir tímido novamente. - Foi maravilhoso, de verdade. Obrigado por me mostrar Allan Poe.

_ Disponha. - Louis riu baixo, brincando com seus dedos.

Harry lembrou-se de olhar em volta, certificando que não havia nenhum cliente na loja. Louis o prendeu completamente que ele esqueceu que estava trabalhando.

Eroda - Como Se Fosse A Última VezOnde histórias criam vida. Descubra agora