Capítulo IV

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𝐄𝐍𝐓𝐑𝐄𝐆𝐔𝐄𝐒 𝐀𝐎 𝐃𝐄𝐒𝐓𝐈𝐍𝐎



A mão de Rascott pressionou a boca de Brion para que não fizessem nenhum ruído. Eles prenderam a respiração, fazendo o jovem inalar profundamente o cheiro da pele de seu companheiro. Ele gostaria daquilo se não houvesse um lobo metade demônio no corredor.

As pernas musculosas atrás dele se tencionaram, unindo seus corpos mais vorazmente.

— A porta está fechada — sussurrou Brion, sentindo um nariz curioso se enterrar no espaço entre seu pescoço e seu ombro.

— Eles ouvem melhor do que enxergam.

E foram palavras suficientes para calarem Brion.

Depois de minutos sem escutar nenhum tipo de movimentação no corredor, Brion fez menção de se desvencilhar do abraço de segurança, mas Rascott não cedeu nem um centímetro.

— Decidi que ainda não quero te soltar — murmurou baixinho em seu ouvido.

A pele de Brion se arrepiou, mas ele aceitou a verdade que também não queria ser solto. O jovem provocou Rascott usando sua mão livre para acariciar aquela barba que tanto roçava sua bochecha. Rascott, de repente, se tornou um gatinho ronronando em sua mão.

Brion riu baixinho.

— Se eu fosse você — disse Rascott. Brion poderia apostar que ele estava com os olhos fechados. — não me tocaria desse jeito. Não sabe a quanto tempo estou sem tocar outra pessoa.

— Eu te deixo excitado? — Uma pergunta tola que ele já conhecia a resposta.

Rascott usou a ponta de seus dentes para mordiscar a orelha de Brion e ele gemeu baixinho, ainda sendo abraçado por aqueles braços. Ele adoraria saber o que se passava pela cabeça do homem atrás de si.

O jovem se virou com dificuldade. Sua mão brincava com os cabelos ruivos de Rascott quando eles fizeram seus olhos se encontrar. Ninguém nunca havia olhado para Brion daquela forma. Com desejo. Os dedos de seus pés se encolheram assim que Rascott o puxou para si pelo quadril.

— Não me lembro de ter permitido que me tocasse assim, Rascott — sussurrou Brion, com sarcasmo transbordando em sua voz.

Rascott grunhiu baixinho.

— Acabei de descobrir que sou um homem rebelde.

Rascott pressionava sua ereção em Brion repetidas vezes. O jovem se arrependera de não ter deixado as roupas debaixo junto com o restante naquele baú. Se bem que o fato de estarem molhadas não impedia muita coisa.

Brion avançou, tocando seus lábios nos de Rascott. Era tão macio e sua barba arranhava levemente sua pele. A sensação mais gostosa que já tinha experimentado, mas sabia que conheceria melhores em breve. Rascott estava hesitante no início, mas logo abriu sua boca, dando espaço para que Brion entrasse. Suas línguas se tocaram e o beijo se tornou selvagem.

Brion enfiou sua mão na cueca de Rascott e grunhiu em sua boca ao sentir o tamanho quando o tocou. Então ele começou a agir, massageando-o bem lentamente.

Suas bocas se afastaram e os olhos de Rascott xingavam as piores palavras que podiam vir à sua cabeça. Brion gostava disso. Rascott pulsava em sua mão, dando-lhe ordens silenciosas para que fizesse com mais força. E mais rápido.

O jovem montou o homem ruivo que colocou suas mãos atrás da cabeça, implorando por mais. Brion daria mais. Mas ainda não.

A língua do jovem serpenteou pelo pescoço dele, fazendo-o tremer e enrijecer como Brion achou que fosse impossível ficar. Ele desceu, correndo o caminho de seu peito e se demorando nele. Beijos rápidos e mordiscadas faziam os lábios de Brion acariciar os pelos do corpo de Rascott.

A Maldição e o CamponêsOnde histórias criam vida. Descubra agora