Rastros de uma serpente na areia

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    Nossa história começa em um ninho, mas não um ninho comum, o que quero dizer é que nossa história começa em um pacífico ninho de víboras venenosas, dentre os vários ovos dentro do ninho, havia um que se diferenciava dos demais, enquanto os outros ovos , todos brancos e pequenos, havia um intruso, era levemente maior e possuía uma lista leve e recobertos de uma fina camada dourada, de algo que não me esforço em tentar entender que era. 

   Com o passar do tempo, todos os ovos eclodiram e se transformaram em filhotes cor de areia, todas queridas, lindas, nossas inofensivas serpentes venenosas... Ao decorrer dos anos, o intruso passou a ser apenas uma peça decorativa dentro do ninho, assim que filhotes recém-nascidos eram embora, o ninho eram nascidos novamente com novos filhos e assim era a vida naquele lugar; mas de tempos em que os tempos foram observados a cada postura iam projetados. Por fim, depois de doze anos de ciclo, o ninho viu pela vez em muito tempo, apenas com o ovo desistido de espera-lo chocar, ou provavelmente a primeira possível é que ela havia esperado.

   Sozinho no ninho o intruso revolveu sair, como se por extinguir imaginasse que poderia ter problemas se saísse antes. Vagarosamente a película que recobria aquele ovo se rompeu e logo em seguida, a casca, revelando ao mundo pela primeira vez, uma tímida víbora branca, de olhos verdes esmeralda e raras escamas irregulares por seu corpo, nas cores dourado, além de opacas, o que trazia um grande contraste com a sua pele pálida.

   Passado o tempo de espera dentro do ovo, o pequeno filhote abandona o ninho, que desta vez ficará para sempre vazio. Com bastante esforço consegue se arrastar para fora, e agora ao invés de uma toca escura e quente, ele se encontra no meio de um grande mar de areia iluminada pela lua cheia; Rastejando, o filhote espaço na areia pela noite afora, pelo menos em busca de comidas, sem o espaço apertado, se sentia livre, mas estava o frio lhe castigava, o que o fez sentir com que se desanimasse e tivesse a que a morte sempre por perto, tornando sua velocidade menor.

    Para a sua sorte, de longe, veja os restos de um cadáver caídos no chão e que sobrou de um lenço fino, que dava sinais de ter sido branco em algum dia, apressadamente juntou suas forças e foi até ele. O corpo já havia sido encontrado por feras selvagens e devorado por elas, mas "uma pequena serpente não precisa de muito para sobreviver", se contentando apenas com as pequenas sobras secas que haviam sobrado nos ossos. Resolveu-se permanecer ali por algum tempo, sentindo-se aconchegada ao se enrolar nas vértebras, já secas, do defunto.

   Três dias, o que provavelmente ficou parecido em outras coisas naturais que poderiam buscar suas dificuldades antes de seu caminho, sua mente aos poucos se afastando, sua visão ficou visível e seu corpo começou a seguir; antes de finalmente como suas forças, uma voz começou a perder... a ser...que...pé...pen.de...ta...ry.

   Ao acordar a pequena serpente notou que não era mais tão pequena, e com certo espanto, seus olhos se seguiram até ver seu pé, nossa pequena serpente havia se tornado uma pálida garota de cabelos curtos e escuros, seus olhos seguiam verdes e sua beleza rara mais evidente do que nunca havia. Prosseguir, decidiu ela, pegou as armadilhas que jaziam próximas carcaça e tinha como um registro o usando para encobrir sua nudez, mantendo a gravação de algo que havia salvado. Finalmente, trilhando seu caminho, substituindo seu rastro na areia por caminhos, substituindo sua trilha por pegadas, tendo unicamente a ciência de seu nome : Serpentary.


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