Capítulo 6

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Hawks: É fácil, se você contar ao seu professor ele vai entender.

- Talvez não, a professora é muito exigente e não importa o que está acontecendo com você, ela quer que você apresente seu trabalho.

Hawks: Então vamos para sua faculdade, antes que os repórteres venham atrás de nós!

- Ok, mas como iremos sair daqui?

Hawks: Olha, eu sinto lhe informar, mas teremos que ir voando.

- Justamente o que eu mais odeio. - Como eu não tenho escolha, quero que me prometa uma coisa.

Hawks: Pode falar.

- Quero que você me segure bem firme, porque morrer caindo do céu não é muito bom não.

Hawks: Então tá. - Ele começou a rir.

- Por que está rindo? - Cruzei os braços e encarei ele.

Hawks: Por que você cria umas histórias perfeitas em sua cabeça.

- Não são histórias, são suposições de algo que pode simplesmente acontecer.

Hawks: Confie em mim, não irei te soltar nem que eu tome outra pedrada no rosto!

- Com tudo isso acontecendo, você não perde a oportunidade de fazer brincadeirinhas?!

Hawks: Muito bem, vamos lá. - Ele disse estendendo a mão para mim. - Ainda tenho que ajudar pessoas por aqui.

- Ok, então. - Dei um sorriso - Obrigada por isso.

Peguei em sua mão, ele me puxou para mais perto e colocou uma mão na minha cintura, a outra ele passou por atrás das minhas pernas e me levantou.
Me agarrei no pescoço dele e fechei os olhos.

Não demorou muito e estávamos na faculdade, ele me colocou no chão e riu.

Hawks: Prontinho, gostou do passeio?

- Não muito, mas obrigada. Nossa, estou toda desarrumada. - Peguei um espelho dentro da bolsa e arrumei as partes que estavam pra cima. Resolvi prender o meu cabelo, já que não ia ficar bom e nem pente eu tinha.

Hawks: Sabe, você fica linda com seus cabelos soltos. - Ele pegou uma mecha na frente do meu rosto e colocou atrás da minha orelha, fiquei o encarando, ele era tão bonito...

Não podia pensar isso, eu não podia achar heróis bonitos. Não podia querer me apaixonar por um herói, nunca...

- Bom, muito obrigada. - Tirei a mão dele de perto do meu rosto. - Agora vá lá fazer coisas de herói, até mais.

Saí de perto dele e entrei na faculdade, ao chegar lá, percebi que não havia ninguém nos corredores. Então, provavelmente já estariam em aula.
Resolvi correr até a minha sala, eu não queria chegar atrasada e ter que sentar no fundo.

Fiquei em frente a sala, encarando a porta fechada. Respirei fundo e decidi bater à porta, então ouvi a voz da professora.

Chegando lá eu vejo que não tem ninguém no corredor, então provavelmente já estão em aula, vou correndo até minha sala e encaro a porta fechada, bato na porta e ouço a voz da professora.

Professora Iri: Entre. - Disse em um tom arrogante.

- Com licença, eu queria pedir desculpas por chegar atrasada, tive um imprevisto.

Professora Iri: Depois resolvemos isso, sente-se no seu lugar e espere sua vez.

Nossa, ainda bem que ela não brigou comigo na frente de todos, odiava quando ela resolvia chamar a nossa atenção na frente do povo.

Eu odiava ficar tomando xingo e as pessoas me olhando e rindo da minha situação, principalmente a Kelly.

Kelly é uma garota da faculdade que ficava de implicância comigo. Não sabia o motivo, só sabia que ela não gostava mesmo de mim, não queria me ver nem pintada de ouro.

Eu não fazia questão de ficar correndo atrás dela, pois eu não fiz nada e sempre que ela vinha de implicância eu saía de perto para não acontecer nada que eu poderia me arrepender.

Sentei no meu lugar e fiquei pensando no momento em que eu estava sendo carregada no ar.

Ele me segurando com força, meus braços grudados em seu pescoço e o seu cheiro tão bom. Por que ele tinha que ser tão gatinho?!

Me perguntava o porque eu estava pensando nisso, eu não deveria estar pensando nele, e sim prestando atenção na aula.

Professora Iri: Bom pessoal, essa foi a apresentação do grupo cinco, agora quero que o grupo seis se apresente.

Grupo seis era o meu, era formado por cinco pessoas, eu estava nervosa demais.
Eu e meu grupo fomos até a frente da sala e começamos a arrumar os preparativos para a apresentação, depois apresentamos o trabalho e confesso que foi tranquilo.

Conforme foram passando as horas, minhas aulas já haviam chegado ao fim. Saí da faculdade e fui direto para a casa.

Uns vinte minutos depois, cheguei no apartamento e entrei direto, subi para meu andar e abri a porta. Tirei os sapatos e os deixei no canto, eu sentei no sofá e liguei a tv.

Os jornalistas começaram a falar sobre o clima, depois mudou para o ocorrido de mais cedo. Contaram sobre o vilão e as vítimas, fiquei indignada quando vi que me gravaram sendo recém.

- Ah não, meu pai vai ver o jornal e talvez vá até me proibir de ir a faculdade. Caso isso aconteça, vou preparar o que vou falar para ele.

Minha barriga roncou, lembrei que não comi nada, então fui até a cozinha proucurar algo fácil para fazer. Fiz um ramen, sentei na bancada da cozinha e comecei a comer.

Quebra de tempo...

Quando terminei de comer, lavei meu prato e fui até o quarto, guardei minhas coisas e fui tomar banho.

Não demorei muito, saí do chuveiro e me sequei. Vesti um pijama de calor, deitei na minha cama e senti meu corpo todo relaxar.

Ouvi meu celular tocar, peguei ele e olhei para a tela, vendo o nome na tela de quem estava me ligando, "Pai".
Nessa hora, lembrei do motivo ter me ligado.

Atendi o telefone.

- Alô!

Pai: Rika, você está bem?

- Estou sim, pai.

Pai: Rika, eu vi agora o jornal e fiquei desesperado quando vi que era você sendo refém!

- Relaxa, pode parar com a falsidade, sei que não se importa se eu estivesse lá ou não.

Pai: É claro que me importo, você é minha filha!

- Olha pai, eu estou bem, agora se me der licença vou dormir pois tenho compromisso amanhã. - Menti só para ele não ter mais assunto.

Pai: Foi tudo culpa daquele embuste.

- Do que está falando pai? - Que embuste? De quem ele estava falando?

Pai: Aquele seu namoradinho idiota, se você não estivesse se envolvendo com ele, eu quase não perderia minha filha!

- Não sei do que está falando, e se quer falar mal dele, fale na cara dele.

Pai: Você não vai mais para a faculdade! - Ele já estava se alterando.

- Olha só, pai. Isso o senhor não pode decidir!

Pai: Eu não só posso como vou!

- Não vai não, eu não tive culpa e isso poderia acontecer com qualquer pessoa. E pra sua informação, aquele "embuste" me ajudou muito.

Pai: Reveja bem o que está falando, você quase foi morta por aquele vilão.

- Quase, falou tudo. Mas, por causa dele eu estou aqui. Se é só isso que o senhor queria dizer, eu agradeço. Tchau para o senhor.

Encerrei a chamada e taquei o celular no criado. Me deitei no meio da cama e acabei pegando no sono.

Nova Vida Ao Seu Lado (Hawks)Onde histórias criam vida. Descubra agora