Capítulo 37

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*Gustavo on*

Quando paramos em frente a loja para comprarmos o presente, Manu sai do carro um pouco desconfortável. Pego a mão dela, ela me olha, sorri e seus ombros se relaxam. Na entrada da loja tem um ar-condicionado que sopra um vento forte gelado contra nossa cabeças e que faz mes cabelos se bagunçarem mais ainda, com minha mão livre o penteio para trás enquanto dou uma olhada geral pela loja. Logo de cara vem uma mulher vestida com o uniforme bege claro do local, com as luzes do cabelo para fazer, olhos castanhos claros e um sorriso leve esboçado nos lábios.

- Boa tarde, como posso ajuda-los?

Manu- Boa tarde, nós viemos procurar algumas roupinhas.

- Claro, claro. Me acompanhem.- fala e começa a andar em direção de uma ala que contém várias roupas de diferentes tamanhos, cores e estampas- Seria para menino ou menina?- pergunta.

Manu- Menino.- ela dá uma pausa de breves segundos antes de complementar a resposta- Recém nascido.

A mulher concorda com a cabeça e vai em direção de umas araras cheias de cabides com roupas pequenas que variam principalmente nas cores branco, azul, verde e bege.

- É para o filho de vocês?- ela pergunta enquanto pega alguns cabides e os coloca em cima de um balcão de vidro transparente.

Manu engasga quase imperceptivelmente, mas logo se recompõe e a responde.

- Não, é o filho dos nossos amigos.- olho para ela e vejo o sorriso envergonhado que tanto gosto desenhado em seus lábios avermelhados.

Eu- Ainda não são os nossos.- comento e a atendente me olha com um sorriso divertido enquanto Manu me olha de olhos arregalados que tem o mesmo brilho de felicidade de quando chego em casa com algum pacote de balas.

A mulher se vira de novo em direção das roupas. Aproveito isso e olho para Manu com um sorriso e lhe lanço uma piscadela. Chego mais perto das roupinhas que a atendente escolheu e uma por uma vou as olhando. Me surpreendo com o poder que as coisas de bebês tem sobre nós adultos, e esse pensamento se torna ainda mais realista quando vejo Manu maravilhada com todas as roupas, sapatinhos, apetrechos e até mesmo as a bóia branca de nuvenzinha que está no corredor de coisas para banho.

Depois de uns quinze minutos vendo Manu encarando fixamente dois conjuntos que montamos para dar a Henry, eu bufo, chamo a moça que está nos atendendo. Quando ela para ao meu lado eu olho para a mesma e falo:

- Vamos levar os dois.- ela concorda com a cabeça e pega as roupas que estão em cima do balcão e vai em direção do caixa.

Manu me olha sem entender.

Eu- É sempre bom ter roupas a mais quando tem bebê pequeno.- dou de ombros.

Ela concorda com a cabeça e vamos até o caixa.

Depois de pagar tudo pego a sacola enfeitada com animais desenhados de uma forma infantil, alças bege claro e enfeitada com um papel branco que sai das duas pequenas partes laterais abertas da sacola. Pego a mão de Manu e caminhamos para fora da loja, dando de cara com o intenso calor do sol de começo de tarde.

Manu- Me empresta seu celular?- pergunta antes que eu coloque o que seguro no banco de trás do carro.

Coloco a mão no bolso de trás de meu shorts, pego o aparelho e entrego a ela. Manu entra no carro e se acomoda no banco, fecho a porta de trás, contorno o carro até que chego na porta que dá no banco do motorista. Depois de ligar o carro e começar a dar ré o carro começa a apitar por conta de eu estar sem cinto, reviro os olhos e estendo a mão para puxar a faixa preta de tecido e logo a afivelando para que esse barulho cesse. Ligo o ar-condicionado e o coloco em uma temperatura não tão baixa, mas só por que a Manu sente frio muito facilmente, se não colocaria no grau mais baixo possível.

Salvos pelo amorOnde histórias criam vida. Descubra agora