A New Chance

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Era uma tarde de domingo, estávamos em casa, quando tudo aconteceu...

Ele estava sentado no sofá assistindo televisão como sempre, eu não havia falado com ele desde ontem. Ele havia brigado comigo por eu ter voltado de uma festa de CEOs em um salão chique de Daegu, aqui quase nunca tem algo badalado e quando tem, é lógico que eu sou a primeira a confirmar presença, como de costume, fui até lá para chamar atenção de algumas pessoas bastante influentes na Coréia do Sul, mas enfim, quando voltei para casa dou de cara com meu pai na porta, minha mãe ao lado, me esperando para me dar um belo de um sermão, mas a única coisa que eles receberam foi uma revirada de olhos, eu bufando e em seguida indo para o meu quarto. 

Fala sério, eu tenho 19 anos, quase vinte, eu tenho idade suficiente para fazer o que eu bem entender e minha mãe sabia da festa, menos... O meu pai, mas não importa, ele não tem esse direito de qualquer forma.

Mas infelizmente, neste domingo, ele teve mais um ataque, por conta de um jogo, acreditam? Pois é, bem a cara do meu pai, ele é alcoólatra, estava sentado no sofá, tomando cerveja e assistindo ao jogo, da última vez não deu certo, mas diferente de mim, ele nem para pra ouvir, o que nós podemos fazer? 

Lá estava ele infartando, eu e minha mãe desesperadas, mas diferente de mim, minha mãe ficou sem reação, eu peguei meu telefone e liguei pro Jungkook.

- Alô, Jungkook? - falo com o mais velho ao atender a chamada.

Pelo barulho, ele estava no trabalho, mas como não é algo rotineiro eu ligar pra ele, ele resolveu atender.

- Hari? O que houve? - pergunta meio preocupado.

- O papai, ele está tendo outro daqueles surtos. Nós vamos chamar a ambulância e vamos ao hospital, só liguei pra avisar. Até! - desligo o telefone, em seguida ligando pra emergência. - Alô, eu acho que o meu pai está tendo um infarto, por favor venham rápido! - falo levemente desesperada ao ver espuma sair da boca dele.

Aquela foi a tarde de domingo mais movimentada que eu já tive, minha mãe sentada ao lado da ala de cirurgia roendo as unhas, meu irmão andando de um lado para o outro pelos corredores do hospital e eu? Bom, eu estava sentada mexendo no celular, especificamente falando, olhando um site de Sugar Daddy's, alguns diriam que eu não estou nem um pouco preocupada, mas eu digo que estou apenas tentando não pensar no estado do meu pai, o que tem que ser, será, eu não posso definir isso, pareço egoísta, mas é a verdade.

Quatros horas se passaram, minha mãe finalmente estava dormindo, meu irmão foi pegar algo para comermos e eu continuava sentada mexendo no celular, com minha mãe deitada em meu colo. De repente alguém abre a porta da ala de cirurgias.

- Vocês são a família Jeon? - pergunta a enfermeira, eu afirmo com a cabeça. - Me acompanhem, por favor.

Eu acordo minha mãe e nós levantamos, meu irmão aparece e eu chamo ele, então nós vamos os três juntos, guiados pela enfermeira para uma sala, aparentemente, uma sala de descanso pós cirurgia. Meu pai está deitado na maca, com vários aparelhos ligados à ele e com o batimento fraco, porém respirando.

- A cirurgia foi bem sucedida, mas... - mas? Como assim "mas"? - O estado dele é grave, não sabemos quando ele poderá ter outro ataque e quanto tempo ele aguentará, sinto muito...

Resumindo, meu pai poderia morrer à qualquer momento e eles não poderiam fazer nada. Bom, o negócio agora é esperar. Meu irmão sai para conversar com a enfermeira e eu fico na sala com a minha mãe, ela começa a chorar desesperada por saber que à qualquer momento poderá perder o marido, eu juro que escorreu uma lágrima do meu olho. Não é que eu odeie meu pai, mas ele já fez muito mau à mim, minha mãe e meu irmão, por isso ele saiu cedo de casa, com dezoito, pelo fato do meu pai ser alcoólatra, ele costumava bater muito no meu irmão, sem motivos, quando ele ia me bater, meu irmão sempre me defendeu, ele tentava defender à mim e a minha mãe, mas ele já estava cansado de ser saco de pancada dentro de casa, com motivo. Quando eu finalmente completei quatorze anos, ele decidiu juntar seu dinheiro e ir pra Seoul, nós obviamente, o apoiamos, mas também ficamos muito triste com sua partida, mas sabíamos que não seria pra sempre, um dia eu irei para lá também, mas não queria deixar a minha mãe aqui em Daegu com meu pai, por isso levaria ela junto.

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⏰ Última atualização: Nov 14, 2021 ⏰

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