LCAR - Oneshot (Noart Adaption)

Capítulo Único

• Essa é a adaptação da oneshot LCAR - Warnette de minha autoria. Para atingir também o meu público anterior, decidi adaptar para noart. 

• Todos os personagens presentes fazem parte do grupo Now United e tem inspiração nos personagens de criação da autora Tahereh Mafi, porém alterei características físicas e alguns traços de personalidade também foram modificados para que se adequassem ao meu enredo e ao físico dos membros do Now United.

• A oneshot contém palavras de baixo calão e cenas +18

• Se vocês quiserem dar uma passadinha na história original seria lindo😁

Atenção: Não escrevo mais noart, apenas faço adaptações das minhas outras histórias

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Lcar, Lcar, Lcar, Lcar

É tudo o que tenho escutado desde o momento em que a caneta, envolta por minhas mãos trêmulas, se afastou do papel. O contrato milionário. O marco inicial da longa caminhada da nova queridinha de Hollywood. E do inferno que se tornou esse mísero e insignificante tempo no espaço que é destinado a cada um de nós, por muitos chamado de vida. Por mim de tortura.

O assédio, desrespeito, pressão e abuso por trás das cortinas desse mundo é cruel. Hoje em dia é impossível saber em quem confiar. Estou enlouquecendo enlouquecendo enlouquecendo.

A única maneira que encontrei de manter o fio de sanidade que encontrei foi jogar tudo nas mãos de minha equipe e me encolher. Sou o rostinho bonito de uma grande máquina, a distração de uma sociedade desesperada que foge de seus problemas, depositando a pesada carga emocional em cima de artistas e figuras relativamente reconfortantes.

Me pergunto como podem gostar de mim. Uma garota apagada e engolida pela fama.

  Sinto medo. Meus órgãos temem e resolvem se abraçar, torcendo torcendo torcendo e me sufocando ao ponto de que não consigo respirar. A pequena e sorridente Sina foi massacrada e enterrada em algum buraco fundo dentro de mim. De vez em quando consigo senti-la, seus gritos sufocados, suas unhas afiadas rasgando as paredes do meu coração na tentativa desesperada de se libertar. A dor é tão excruciante que sinto vontade de gritar.

Sorria, Sina, seja agradável, cubra seu corpo, você ainda é uma menininha, sempre pequena e frágil, a menina inocente.

Além de tudo isso, ainda há a infantilização extrema encima de uma jovem de dezessete anos. É comum que saiam matérias relatando o absurdo dos três centímetros de decote em meu vestido.

  Aparentemente, a mídia me usa de modelo para boas moças. Sempre comportada, sempre arrumada, sempre sorrindo, sempre abraçando, sempre agradando, sempre sim sim sim sim.

  Minhas bochechas doem de tanto sorrir meu cérebro dói de tanto ser contrariado meu piloto automático dói de continuar funcionando minhas emoções doem de tanto serem soterradas cada vez mais.

Atualmente fechamos o tal acordo milionário com a Lcar, em parte por conta dessa infantilização de minha imagem, o acordo que assombra todos os meus sonhos e pesadelos. A marca multimilionária é o sonho de todas as jovens que um dia já cogitaram o uso da palavra moda em seus currículos. Não me enquadro no quesito.