Tá me chamando de palhaça?

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Tinha acabado de chegar em casa, assim que pus os pés pra dentro, vi uma bolinha de pelos branca, abanando o rabinho pra mim, Lily a cada dia que passava estava mais linda, fiz carinho nela e fui procurar as meninas e elas estavam na varanda, Sophie estava dormindo deitada com a cabeça no colo da Rafa que estava mexendo no celular em uma mão e a outra estava fazendo cafuné nos cabelos da Sophie.

- Ei amor. - Chamei sua atenção.

- Oi Baby. Tudo bem? - Ela bloqueou o aparelho e se virou pra mim.

- Tá sim, e vocês? - Perguntei deixando um selinho casto em seus lábios.

- Estou bem, a Sophie não muito mas já já passa.

- O que ela tem? Manu ficou preocupadíssima com ela, mal prestou atenção na reunião, sorte que a gente já tinha alinhado a reunião entre nós duas e consegui conduzir numa boa.

- Nossa amor. A Manu é super preocupada mesmo. Tadinha.

- Quando saímos da reunião, fui pra sala dela conversar sobre, o que havia a deixado naquele estado. E adivinha era por conta do mal estar da Sophie.

- Amor, esse mal estar tem nome. - Rafa disse fazendo um carinha fofa.

- Sério? Vocês foram no médico? - Perguntei a primeira coisa que veio na cabeça. Rafa soltou uma gargalhada.

- Aí Gizelly guento com cê não. Ela tá mal de amor Gi, tá apaixonada.

- Aaaaaaaaah eu sabia. - Gritei e Sophie levantou em um pulo tomando susto.

- O que aconteceu? - Ela perguntou desnorteada, tadinha. - Oi Gi, chegou a muito tempo?

- Meu Deus Sophie, desculpa te acordar assim.

- Tá tudo bem. O que houve?

- Eu que te pergunto né safada, quer dizer então que você está apaixonada pela minha filha? - Sophie corou.

- Nossa Rafa, mas tu é fofoqueira né?

- Somos sim. - Rafa riu com a língua entre os dentes. Eu sorri igual boba pra ela, eu amava quando ela fazia isso.

- Por isso vocês dão certo. - Sophie riu pra gente. - Então, eu acho que estou sim, mas isso é tão novo pra mim, não sei como lidar com essas coisas. E se ela não sentir o mesmo? E se ela... - Sophie grunhiu. - Arg... Eu nem sei o que pensar.

- Calma meu amor. - Me aproximei a abraçando. - O que você acha, sobre vocês conversarem sobre isso?

- Acho cedo. Gi faz 4 dias que nos conhecemos, isso é o mesmo que nada.

- Você sabe que existe vários tipos de amor certo?

- Sei, mas não é normal.

- Claro que é, você não tem ideia do que senti quando vi a Rafa pela primeira vez. Eu a achei a mulher mais linda que eu já tinha visto na vida, me arrepiei inteira, meu estômago estava tomado por borboletas, eu tremia quando ela chegava perto de mim, e a corrente elétrica que passava entre a gente quando a gente se tocava? E ainda é assim, só que mais forte e intenso. Desde a primeira vez que a vi por foto, eu quase tive um treco, minha sorte que fiz isso enquanto estava sozinha. E quando vi esses olhos pela primeira vez. - Olhei pra Rafa e me perdi neles, do mesmo jeito que sempre acontecia quando rolava aquele verde no castanho, o castanho no verde. - Eu sabia que estava ferrada, muito ferrada. - Rafa sorriu pra mim, mandando um beijo e falando que me amava. - Também te amo minha Deusa. - Mandei um beijo no ar pra ela.

- Vocês são minha meta de casal. Só que sem o voto e sem apostas. Ficar sem sexo, Deus me livre. Vocês são loucas. Eu definitivamente não conseguiria.

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