Tão Pequenino

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Harry Pov:

Ver meus amigos durante as férias sempre era maravilhoso, nós podíamos nos divertir juntos sem nos preocuparmos com as regras da escola ou com o que deveríamos fazer no dia seguinte.

Todas as férias, nós conseguíamos pelo menos um dia para nos vermos.

Até as conversas pareciam mais leves nesses encontros, falando sobre as viagens divertidas e coisas novas que havíamos visto.

A volta pra casa após esses dias era tranquila, em paz, como se fosse um combustível para que as férias melhorassem ainda mais, mesmo que faltasse três semanas ou três dias para a volta às aulas.

Só que dessa vez, não foi bem esse o caso.

Pelo menos eu não me sinto tranquilo com Draco amarrando fitas na minha cabeceira, enquanto lista suas frustrações.

- Agora Harry, eu te pergunto.
Como nós poderíamos não ter vindo agora? - Aquela parecia uma pergunta retórica, mas ele continuava me encarando à espera de uma resposta.

Eu mal ameacei responder, quando ele falou antes. - Quero que você deite. Agora. - Não parecia bem uma sugestão, então decidi não irrita-lo ainda mais e ver até onde isso vai.

- Pequenino, eu sei que você gostou de me provocar, mas agora é a minha vez. Certo? - É difícil saber o que estou sentindo nesse momento, mas um certo medo, com certeza é um desses sentimentos, só que não é ruim...me parece...empolgante?

Tirei meus sapatos e deitei na minha cama com calma, não sabia bem o que fazer e Draco não estava ajudando muito, pois só me encarava, sem dizer nada.

- O que você vai fazer? - Perguntei de uma vez.

- Eu já disse, só vou retribuir o que você me deu mais cedo. - Respondeu com um olhar diferente, como se estivesse em uma espécie de transe.

- E o que eu te dei? - Estava com receio de que ele fosse surtar a qualquer momento, mas ele parecia muito calmo.

- A vontade incontrolável de estar no ápice do prazer, mas ao mesmo tempo sem poder pegá-lo. E é isso que eu vou te dar. Você confia em mim? -

Confiança.

Confiar em si é um ato de muita crença e até poderia dizer que é, um ato de amor.

Mas será que eu posso confiar assim, em Draco? Eu prometi pra mim mesmo que não iria me iludir, mas se eu confiasse nele agora, não estaria permitindo demais a entrada dele nessa parte da minha vida, que descobri por culpa dele?

Não sei se foi a conversa com Pansy ou com os meus padrinhos, mas me sinto tão pensativo.

- Posso confiar em você? - Perguntei, mesmo com medo da resposta.

- Não, mas você o faz mesmo assim. - É isso, mesmo com tudo me dizendo para não fazer isso, eu amo Draco Malfoy.

- Pequenino, até mesmo eu não confio em mim, mas de uma coisa você pode ter certeza, eu nunca vou ter a intenção de ferir você. - Disse, se aproximando aos poucos da cama.

- Não é bem um motivo para que eu confie em você. - Respondi, tentando disfarçar o como aquilo me fazia sentir.

- Bom, em todo caso, tem um motivo muito forte para que eu nunca quebre sua confiança. - Disse ele.

- E qual seria? - Perguntei, curioso para saber.

- Sirius Black, o nome. - Desatei a rir, sem sombras de dúvida, é um ótimo motivo.

- Tá certo então, me sinto mais tranquilo para confiar em você agora. -

- Então me dê seu pulso. - Ele estava sentado próximo a minha cabeça, na lateral da cama e assim que dei meu pulso, ele o amarrou na fita preta que havia colocado na cabeceira.

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⏰ Última atualização: Nov 08, 2022 ⏰

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