Você é um belo fantasma, mesmo que parta meu coração

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E lá vamos nós, queria dizer algumas coisas antes...
1: Finalmente tô postando mais coisa dos kiribaku aqui;
2: Eu tô pilhado com tanta fic/one-shot nova que eu tô surtando;
3: A beta das minhas histórias é a ashquisita
 então créditos a ela, por me aguentar e me ajudar com as coisas que escrevo!

4: Boa leitura e se divirtam!


Sinopse: Dia 16 de agosto era um péssimo dia para Kirishima, mas ver seu amor uma última vez, foi o que fez seu coração se partir mais ainda.

Todos sabiam o quão triste eram os dias chuvosos, não para eles, mas sim para Kirishima, já que aquele dia foi quando ele perdeu seu namorado, seu melhor amigo e seu amor mais puro.

Era 16 de agosto quando todos decidiram ficar em seu dormitório à noite, assim evitariam as possíveis lágrimas que surgiriam, caso todos eles se encontrassem.

Midoriya sentia-se culpado, Shouto acreditava ser sua culpa, Kaminari sabia que se ele tivesse conseguido acertar seu raio com maior precisão aquilo não teria acontecido e Sero tinha a certeza de que ainda estava fraco, uma vez que não conseguiu levar suas fitas a tempo de puxar Bakugou das mãos do vilão que esmagou o corpo do amigo como se não fosse nada. Aizawa, por sua vez, não sabia nem como tentar consolar seus alunos, posto que ele também desejava chorar por perder um de seus melhores alunos. Mas Kirishima... pelos céus, o pobre garoto teve seu sorriso apagado de seus lábios desde quando viu os olhos vermelhos carmesim deixarem de existir, ficando gradativamente opacos e sem vida. Como desejava ter partido com seu amor.

Estava chovendo forte naquela noite e Eijirou não estava com sono algum e como sabia que todo o dormitório estaria vazio por estarem em sua própria cama chorando e expulsando suas próprias culpas, decidiu andar pelos andares vazios a fim de ver a claridade do lado de fora do prédio e torturar sua mente pensando em como teria sido se ele houvesse pedido Bakugou em namoro duas noites anteriores àquele dia, como tivera combinado.

Suspirou pesado, descendo as escadas e encontrando a porta entreaberta, com os respingos da chuva entrando com o vento e deixando o local mais frio. Estalou a língua no céu da boca e andou em direção a porta, a fim de fechá-la, parando por um pequeno instante após reprimir o vento gélido sentindo instantaneamente um calor familiar percorrer seu corpo.

Ficando estático sentindo aquela sensação, fechou seus olhos, com sua mão ainda apoiada na porta sentindo os dedos queimarem, assim como seu coração acelerar e o machucar com os batimentos frenéticos que insistiam em preencher seu interior. Aquela sensação quente era reconfortante, porém ao mesmo tempo tão cruel... Como Kirishima desejava gritar, xingar e amaldiçoar qualquer um que surgisse em sua frente, mas não podia. Não porque Aizawa, Midoriya ou qualquer um apareceria, mas sim porque era um fraco, pois a única coisa que retornava a sua mente eram seus momentos íntimos com Bakugou, os sorrisos entregues um ao outro, os beijos sentidos em momentos de medo, angústia ou sofrimento, dos abraços silenciosos quando tudo começava a desmoronar ou de quando lágrimas de prazer eram transbordadas durante uma noite luxuosa e tão natural em que seus corpos se conectaram .

Somente os Deuses poderiam saber do tamanho amor que ele sentia por aquele idiota mal-humorado.

Sentiu uma mão em seu ombro e não teve sequer a coragem de se virar, por isso apenas deixou escapar por seus lábios qualquer sentimento destrutivo que começara a enlaçar seu coração.

"Eu sinto tanto a falta dele..." sua voz fraca e destruída ecoou pela sala, seu choro, seu soluço, tudo indicava o desespero instalado em seu corpo, em seu âmago. Porra, por que tudo deveria ser tão difícil? Por que tudo deve ter um fim? Por que tudo deve acabar um dia? Por que ele teve que ir antes de mim?

Kiribaku: Coletânea de One-shotsOnde histórias criam vida. Descubra agora