Um pequeno confronto

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Ao sair da casa de Henry, fui correndo para minha fazenda e Ralf me acompanhou, como sempre.

- Morgana... Você nunca me disse que tinha uma irmã, e ainda Gêmea.

- Isso não importa agora, Ralf. Preciso fazer uma coisa! - eu disse, andando rápido.

- Que coisa Morgana?

- Você vai ver!

Entrei correndo em casa, peguei uma bola de cristal que ficava ao lado de minha cama, e a quebrei.

- Agora sim...

- Porque você quebrou isso?

- Ela pode me sentir pelos objetos que temos ligação, como essa bola de cristal, eu e ela ganhamos duas iguais.

- Entendi... Mas o que faremos agora?

- Vamos esperar, e ver o que acontece... Se ela veio pra cá, tem um bom motivo, logo ela vai começar a agir. E assim saberemos o que ela realmente quer.

- Morgana... Ela é uma bruxa também, não é?

- Sim, por que?

- Se ela for muito desenvolvida e poderosa, ela poderia ser a criatura que eu venho sentindo a uns dias atrás?

- Sim, Ralf. Acredito que sim...Mas isso seria surreal, somos gêmeas, isso quer dizer que nossos poderes e limitações foram totalmente divididos. Ela não poderia ser mais forte que eu. Só se...

- Se o que Lia?

- Só se eu for mais forte do que eu imagino...

Poderia ser, nunca tentei testar meus limites e poderes. Achava irrelevante, mas agora seria útil. Posso tentar amanhã.
Por hoje chega, estou muito cansada pra tudo, até mesmo pensar.

- Estou cansada. Vou dormir, Ralf.

- Boa noite Morgana, se precisar, estarei lá fora.

Ele saiu e eu fui me deitar, estava em choque ainda. Depois que consegui dormir, como Ralf disse, ele permaneceu lá fora... Até Henry chegar.

- O que está fazendo por aqui? - disse Ralf muito incomodado com a presença de Henry.

- Vim falar com a Lia. - disse Henry, encarando Ralf. O clima estava tenso.

- Ela já está dormindo, o que quer falar com ela, hein? - e veio chegando mais perto do Henry.

- Um assunto nosso.

- Ela não tem segredos pra mim - disse Ralf, com um sorriso maléfico. Na verdade nem poderia, ele lê meus pensamentos. Por isso sempre tomo cuidado com o que penso.

- Ah, mas mesmo assim, prefiro falar com ela.

- Acho que você não gosta muito de mim, não é?

- Nem um pouco.

- Ótimo, porque eu também não te suporto.

O clima ficou ainda mais pesado, os dois se olhavam como dois inimigos. Isso não seria muito bom.

- O que você é dela?

- Bem... Isso não te interessa. - falou Ralf, em um tom muito arrogante.

- Acho que ela ainda nem te deu bola, né?! - e soltou uma risada.

Isso incomodou Ralf, pois era verdade. Nunca dei bola para ele, mas ele nunca pareceu interessado em mim... Até esse dia.

- Bem, pense o que quiser... - falou sorrindo. Ralf sabe manipular as pessoas, e faz isso muito bem.

- E o que você faz aqui?

- Estou esperando ela acordar...

- Você devia ir embora daqui logo... - disse Henry, em um tom de voz elevado. Chegando mais perto de Ralf. Os dois estavam cara a cara.

- Só porque você quer? - disse rindo. Ela não é mais nada sua... Nada! Esqueça ela. Se antes, talves, ela ainda sentia algo por você, isso acabou hoje. Você mesmo acabou com isso.

- Você não pode responder por ela. Isso é ela quem tem que me dizer. Não se intrometa!

Os nervos estavam a flor da pele... Ralf era nervosinho, e explodia rápido. Todos devem imaginar que isso pode acabar mal.

- Você se acha o princípe encantado, né? Achou que ela ia ficar te esperando todos esse anos! Mas não é assim... Você não conhece ela como eu. Então se afaste dela, ou eu te afasto dela.

- Isso é uma ameaça? - falou rindo.

- Não. É uma promessa! - A coisa estava ficando séria.

Meu SubconscienteOnde histórias criam vida. Descubra agora