Capítulo Único

419 34 0
                                    

O moreno continuou andando de cabeça baixa naquela ruazinha vazia e escura. Seus sapatos era a única coisa que fazia barulho, não só os seus sapatos, mas também o do cara que o seguia a uns metros atrás.

Sorriu de lado e ergueu a cabeça para ver se conseguia enxergar a imagem do seu menino, e sorriu mais ainda ao ver Jisung parado na esquina do beco mais escuro daquelas ruas estreitas. O corpo encolhido e escondido de Jisung era lindo, ele amava ver seu namorado com suas roupas quando se encontrava com ele.

E ao parar na frente dele, Minho beijou sua testa e lhe deu um abraço suave, abraçando a cinturinha do mais novo.

—Acho que tem uns dos caras do seu pai atrás de mim, vamos pelo caminho da casa verde.

A voz do Lee ressoou baixinho no ouvido do mais novo, esse que revirou os olhos e soltou um palavrão ao ouvir as palavras do outro.

E depois de desfazer o abraço, as mãos dos dois se juntaram automaticamente e seguiram a rua à frente do beco, mesmo que o destino dos dois fosse ali na esquina mesmo.

A caminhada era calma, como se não tivesse nada para se preocupar, como se não tivesse nenhum homem aleatório fazendo o mesmo caminho que eles dois, os seguindo.

E só pararam quando encontraram a entrada da casa verde, casa essa que estava abandonada. Abandonada como setenta por cento das casas daquele lado do bairro. Onde as casas estavam vazias, as ruas quase não tinham luzes e dificilmente encontravam alguém andando por ali, por isso a facilidade de notar a pequena perseguição.

Minho tirou o molho de chave do bolso da calça e abriu o portão velho da casa, apenas fingiu que abriu, já que não tinha a chave e não precisava. Fizeram a cena de passar pelo portão e entrar na casa, fechando a porta de madeira vermelha.

—Esse cara acha que a gente é burro. —a voz do Han era baixa e risonha.

Os dois olharam através do olho mágico e viram o homem desconhecido parar na frente da residência e tentar olhar para dentro do local. E depois de vasculhar o máximo que conseguia sem levantar suspeitas da pequena espionagem, o homem pegou o celular do bolso e saiu dali com o aparelho no ouvido, claramente falando com alguém.

—Sorte que sou observador demais, quase nem notei que ele me seguia. —o mais velho riu debochado e sendo acompanhado pelo Han.

Minho segurou a cintura do outro e beijou os seus lábios. Ele não via mais a hora de poder beijar aqueles lábios, estava sendo cada vez mais difícil de encontrar o mais novo apenas uma vez na semana.

E quando os lábios se separaram, o Lee deu um último selinho e segurou a mão do outro e seguiram para a parte de trás da casa, que tinha uma porta que os direcionava para um caminho fechado e abandonado, caminho esse que os levava para o destino dos dois.

Tudo estava muito bem escondido, o suficiente para que ninguém notasse os dois entrando naquele lugar, já que o caminho não tinha entrada e saída para ruas.

Minho abriu a porta quando chegaram no destino deles, e esperou o menor passar por si para entrar no local e fechar a porta, trancando-a em seguida.

Era um quarto pequeno e quase não tinha nada, era um quarto que o Lee se mantinha escondido por aqueles dias, e também o local de encontro com o mais novo, e ninguém saberia que lá era um quarto escondido, pois a fachada do local era uma lojinha velha e que estava ali a muitos anos.

—Eu preciso achar um lugar melhor para a gente se encontrar. —o mais velho disse ao tentar arrumar um pouco o ambiente, pegou as coisas que estavam jogadas e colocou em seus devidos lugares.

Como AmantesOnde histórias criam vida. Descubra agora