002. a weirdo boy.

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- Mas que porra é você? - perguntou o garoto de cabelos castanhos.

Me levantei do chão, trêmula. O rapaz se aproximou.

- Não se aproxime. - pedi, com a voz por um fio.

- Vou pegar água para você. - disse ele, voltando para o escuro.

Depois de alguns minutos, o garoto voltou, com um copo d'água.

- Acho que não preciso nem perguntar sobre suas roupas cheias de sangue. - ele me entregou o copo de água.

Me sentei no sofá, bebendo o copo de água.

Acho que vocês já sabem o que acontece quando bebemos o copo de alguém desconhecido.

Me senti tonta, e segundos depois, eu apaguei.

🔪⌗ 恐怖

Acordei com dor de cabeça e em um quarto. Me levantei assustada. Eu estava com um pijama rosa, como de boneca.

Aquele garoto me vestiu?

Fiquei alguns minutos sentada na cama pensando nas coisas que ele poderia ter feito comigo enquanto estava desacordada.

- Não se preocupe, aqui estão roupas novas. - ele me deu uma calça e um casaco.

- Por quanto tempo eu dormi? O expurgo já acabou?

O garoto riu.

- Você só dormiu por dez minutos, minha querida. - ele se sentou na cama.

- Você me fez ficar inconsciente.

- Só para você não ter medo de mim, mas olha, está limpa agora.

E se ele tiver feito alguma coisa comigo? Não gosto nem de pensar.

- Ah, não pense isso de mim. - ele disse ao ver minha expressão de medo. - Não toquei em você, fiz o máximo para tentar não ver..nada.

Esse garoto é estranho, tenho que fugir daqui. Olhei para o lado e vi uma janela.

- Pode sair para eu me vestir, ..?

- Louis. Me chame de Louis.

Eu sorri forçada, observando Louis sair pela porta.

Corri para a janela, estava trancada.

- Merda. - murmurei.

Olhei para o lado e vi uma porta. Ela não estava trancada direito, então a empurrei.

Perdi a respiração quando vi várias facas, machados, foices e punhais na parede do quarto.

Parei por alguns segundos, havia uma fotografia de uma garota, acho que a mais linda que já vi em toda minha vida. Peguei o porta retrato, arregalei os olhos ao ver claramente a garota bonita.

Ela era idêntica a mim.

E estava usando o mesmo pijama rosa que eu, na foto havia uma pequena mancha de sangue, e atrás um bilhete escrito: "desculpe, Eliza."

Coloquei a foto no lugar e olhei ao redor. Ele matou ela? Por que faria isso?

Peguei uma de suas facas, mas depois a coloquei no lugar.

O que adiantaria? Eu perdi absolutamente tudo, para onde eu iria quando esse inferno acabar? Não tenho nada, nem ninguém. A única saída é esperar que ele me mate, ou viver escondida aqui.

Dei lentos passos para trás, até sentir algo bater em minhas costas. Me virei e dei de cara com Louis.

Ele estava com um machado no ombro, e me encarava com a expressão mais serena do mundo.

Deixei a ideia de morte de lado, não sei como consegui passar tão rápido por ele. Ficamos correndo pela casa, como pega-pega, só que de vida ou morte.

A vontade de morrer simplismente sumiu, e o vontade de sobreviver ficou. Viver pelos meus pais era o mínimo que eu podia fazer para honrá-los.

Parei atrás do sofá, ofegante. A morte estava ali, em minha frente, mas por que não consigo?

- Vamos lá, garotinha, não vai doer. - ele apareceu das sombras, fazendo uma manobra com o machado.

Olhei para a porta, minha única saída. Ele também olhou, sua expressão transmitia: "burrice da sua sua parte".

Corri até a porta, mas Louis empurrou o sofá, me deixando presa da cintura para baixo. Ele agarrou minha cabeça e me tirou dali, me jogando no chão.

Ele sorria ao ver minha cara assustada, e andava tranquilamente com o machado no ombro.

Recuei me rastejando pelo chão. Quando vi o mesmo levantando o machado para me matar, gritei:

- Louis, não faça isso, por favor! - coloquei meus braços na frente.

Minhas palavras causaram um certo impacto nele, sei disso porque ele abaixou o machado na mesma hora.

- Eliza..?

Ele jogou o machado em qualquer canto da casa, se ajoelhou no chão, e me abraçou.

Não tive reação, fiquei parada. O machado estava longe demais para pegar. Fechei os olhos enquanto sentia o garoto me apertar.

Ele me soltou, e fitou meu rosto inteiro.

- Você não é mais a Eliza. - sua decepção notória. - Qual o seu nome?

Eu não tinha certeza se devia contar, mas se inventar um novo e ele descobrir depois, me mataria?

- _______.

Louis sorriu torto.

- Lindo nome. - ele se levantou e estendeu a mão. - Venha.

Hesitei por um momento. Segurei sua mão e ele me puxou, mas não soltou meu pulso, muito pelo contrário, apertou.

- Se pensar em mentir para mim, arrancarei sua mão fora. - ele sorriu. - Vamos, _______, precisamos de comida.

Ele pegou o machado e saiu pela porta. Corri até o quarto e troquei de roupa. Vi a faca no chão, proteção nunca é demais. Coloquei a faca atrás do casaco.

- Por que tirou o pijama? - perguntou ele assim que me viu.

- Ficar toda coberta em uma noite como essa é melhor. - falei.

Louis levantou as sombrancelhas e seguiu o caminho até o mercado.

A bipolaridade dele me assusta, ele me assusta. Creio e espero ficar segura com ele, já que ele pensa que sou essa tal Eliza.

Ele me contaria quem era essa moça? Acho melhor não mexer com o que está quieto.

Andei rápido até deu lado, coloquei as mãos dentro do bolso do casaco igual a ele.

Talvez assim eu também pareça intimidadora.

Talvez assim eu também pareça intimidadora

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Oq vcs acham q a Eliza era de Louis??

𝗧𝗛𝗘 𝗣𝗨𝗥𝗚𝗘 𝗡𝗜𝗚𝗛𝗧, louis partridgeOnde histórias criam vida. Descubra agora