Único;

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Wei Ying ansiou;

Ansiou por amor enquanto pensava em Lan Zhan e em seus olhos dourados.

Ansiou por família enquanto pensava nos Jiang e em A-Yuan, que foram tirados de si sem dó.

Ansiou por amizades enquanto lembrava do sorriso tímido de Nie Huaisang e de seus falecidos shidis e shixiongs.

Ansiou por parceria pensando nos remanescentes Wen e os irmãos Qing e Ning, que o acolheu em seu vilarejo que os protegia nos montes túmulos.

Ansiou por seu núcleo dourado, que agora habitava no corpo de Jiang Cheng enquanto seu datian apodrecia com energia ressentida.

Ansiou por paz;

Ansiou por aceitação;

Ansiou dormir sem pesadelos;

Ansiou por um mundo de cultivo tranquilo.

E agora ansiou apenas por uma morte menos dolorosa, por mais que merecesse toda a dor.

A queda do piér lótus foi o início de sua queda, açoitado por zidian (A mulher deveria cuidar dele, não deveria? Não, A-Ying é apenas um servo da família Jiang) e obrigado a seguir a promessa de proteger seus irmãos, acorrentado em um barco com seu precioso A-Cheng. Wei Ying se lembrava de todo o medo, toda a angústia de estar lá e do amadurecimento repentino de que tudo estaria acabado. Foi doloroso seguir pela cidade e deixar seu irmão na pousada, apenas para encontrá-lo dias depois sem um núcleo dourado, desejando pela morte como um faminto implora por comida. Então era ele que estava sem núcleo, seus ferimentos ainda não curados foram mais sofridos, mas Wei Wuxian nunca se arrependeu.

Então veio os montes túmulos, o inferno. Canibalismo, ressentimento e culpa por ter falhado com as pessoas de sua vida, por ter difamado os cadáveres e por ser possuído pelo novo método de cultivo. Sua sanidade espiralava longe, sem esperança e lutando para respirar. Machucados infeccionados e pútridos, vazando e espirrando secreção a cada passo, a cada movimento e a cada respirar para forjar seu dizi, a fome e as bactérias dos mortos afligindo sua mente e interior, o vazio de um datian quebrado. Ele saiu de lá morto, afinal, ninguém sai dos Túmulos com vida.

A campanha Sunshot foi seu terror psicológico, insano e sendo difamado em cada pisar, ele lembrava e esquecia de cada ofensa, perdido além da conta e julgado demais para pedir ajuda, recusando cada pedido com a energia ressentida o quebrando, a morte de quase todos os Wen causados por ele e seus corvos amaldiçoados, a ascensão do Patriarca de Yiling, cada massacre reverenciado e aplaudido enquanto ele não conseguia dormir ou comer a sopa de carne que ele tanto amou por grande parte da sua vida, Wei Ying estava perdido.

O fim da campanha Sunshot, o início da queda ao patriarca de Yiling e dos remanescentes Wen. Os montes túmulos sendo habitados por pessoas que deveriam morrer, as estupradas e os idosos e crianças sendo cuidados pelos rabanetes e pela médica Wen Qing trouxeram um pouco de alívio ao menino que foi forçado a ser adulto. Ele lembrava com carinho de cada momento, do vinho trocado com o tio quatro, A-Yuan mordendo e babando ChenQing, Wen Popo cuidando de si como uma avó, Wei Ying amou e foi amado por cada pessoa que salvou.

E então;

Então acabou, todos mortos.

Wen Ning morto.

Wen Qing queimada.

Tio Quatro esfaqueado.

Wen Popo pendurada na casa onde costumava morar.

Jiang Yanli perfurada por um ataque que deveria ter sido para o patriarca de Yiling.

Jin Zixuan teve seu coração esmagado.

Sem Inveja || Yiling LaozuOnde histórias criam vida. Descubra agora