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    Cambridge, 1813.

  Londres era enfeitada pela recente primavera que encobria os campos devastos e florescentes.
  O sol era capaz de esquentar os âmagos, assim como deixava a paisagem exuberante a cada movimento do sol.

  As flores encantavam todo o ambiente Londrino, contracenando com as coloridas e graciosas roupas que junto ao belo presságio da primavera, trazia consigo a Temporada Social Londrina.

  Famílias de grande renome, é claro até mesmo aqueles que não tinham muito a oferecer, dadivavam do livre hábito de prepararem suas debutantes para o ato de se desposarem com alguém digno da mão distinta de uma jovem bem educada.

  Em cada casa de tijolos bem empregues e ornamentados, haviam duas, mais, ou menos garotas que se disponibilizavam a extraviar-se do pouco ar que o espartilho as tirava.

 

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  Na residência não tão humilde dos Granger, a família se encontrava nervosamente andando de um lado para o outro enquanto encaravam o relógio de ponteiros dourados nos punhos. Se não fosse pela eminente demora da filha mais nova, já se encontrariam no palácio de Kensigton, qual todas as jovens garotas se apresentariam ao rei e a rainha, para demostrar o quanto eram dignas de estarem na realeza, e serem igualmente puras para desposarem na alta sociedade.

  A Viscondessa Granger era uma bela mulher, sendo esta cobiçada pelos cavalheiros da alta sociedade, mesmo sendo muito bem casada e apaixonada pelo Conde William. Não tinha mais do que seus cinquenta e três anos, mais era belíssima, sendo conhecida por ter um filho altamente belo, e uma filha excepcionalmente bela. 

— Nossa filha ainda não está pronta? — Thomas William Granger, o Conde patriarca da família perguntava, enquanto encarava o topo da escadaria, na esperança de que a filha estivesse arrumada e descesse logo para seguirem até o palácio real.

— Ela está se arrumando desde ontem. Não seria novidade já que ela se encontra bem nervosa com o que a rainha e o rei possam dizer dela. — Harry, o irmão um ano mais velho sorria enquanto descia as escadas acompanhado de Ronald Weasley, grande amigo de infância. 

— O dia inteiro? Por céus, isso é ridículo. — bufou o homem exasperado.

  Os Granger's eram de fato uma família mão muito numerosa, porém era perfeita aos olhos de quem os conhecia, sendo composta pelo primogênito quase responsável Harry, que beirava aos seus vinte e três anos.

  Harry era jovem, um belo rapaz, educado e responsável, bem claramente quando não precisava se portar a frente de nomes renomados.

  Diferente dele, Hermione que completara vinte e duas primaveras a pouco tempo, era tão bela quanto comportada, sem falar na inteligência inabalável. 

— Acho melhor eu subir para apressá-la. — Harry comentou refazendo o caminho e voltando para as escadas.

— Espere, deixe que eu vou. Assim não precisará subir para o andar de cima novamente. — Ronald  sugeriu educado.

— Deixe comigo, acho que ela prefere que o irmão preferido a busque. — se convenceu deixando o ruivo confuso.

— Você é o único irmão dela. — disse zombeteiro.

— Eu sei! — se gabou com um sorriso no canto dos lábios.

  Harry não se importava se a irmã se encontrava ou não preparada, de todas as maneiras não queria ir ao evento da rainha.

𝙾𝚖𝚎𝚗𝚜 𝚘𝚏 𝙻𝚘𝚟𝚎.Onde histórias criam vida. Descubra agora