Fernanda Mendes
Um fecho de luz solar me fez acordar de meu sono. Estava no meu sofá, coberta por um lençol. Não me lembrava de como havia chegado ali.
Fiquei sentada no estofado, ainda processando que dia era hoje. Olhei o relógio na cozinha e o mesmo apontava 09:35h da manhã. Eu estava mais do que atrasada para o trabalho, mais que droga!
Me levantei bruscamente, me deparando com um homem dormindo de bruços no tapete da sala. Quando me aproximei do mesmo, vi um Leonardo com o peitoral nu, vestindo apenas uma cueca box preta.
Ele dormia pacificamente, e seu corpo parecia cansado. Seus cabelos estavam bagunçados mas isso não o deixou menos atraente do que já era.
Espera, o que porra eu estou falando?
Percebi que eu estava vestida apenas de uma camiseta grande masculina - que possuía o cheiro embriagante do Leonardo - e minha calcinha estava no chão rasgada.
Calma, vamos analisar a cena: eu estava dormindo no meu sofá, com apenas a camisa do Leonardo e sem calcinha; ele estava dormindo no chão do meu apartamento, vestindo só uma cueca. Puta que me pariu! (Desculpa mãe...)
Lembranças da noite anterior possuíram minha mente: o Leonardo me trazendo até meu apartamento; nosso beijo feroz no carro; depois nós subimos para meu apê; ai o Leonardo me chupando na bancada da cozinha; e a gente transou, ai minha nossa....
Como que eu fui deixar isso acontecer? Depois de sete anos longes um do outro, apenas uma conversa resultou nisso tudo?
Uma das maiores questões que perturbavam minha consciência nesse momento era: eu gostei e queria que isso tivesse acontecido.
Mas porquê? Como, após todos esses anos, ele ainda consegue mexer comigo dessa forma, fazendo-me ignorar minha razão? Como que, Leonardo Cavalcanti, voltava para sua cidade natal e ainda conseguia me afetar, me deixando tonta e com meu coração palpitando?
Tudo bem, precisamos concordar que ele é um puta gostoso arrogante playboyzinho delicioso e lindo de morrer, mas... eu não sabia como explicar minhas ações naquele momento.
Sai de meus devaneios, indo para o meu quarto; chegando na cômoda, vi algumas caixas que continham peças de roupas minhas. Corri em direção das mesmas e agradeci aos céus por encontrar uma calcinha limpa.
Após vesti-la, fui a cozinha. Precisava de cafeína. Com cafeína nas minhas veias eu conseguiria racionar melhor.
Estava preparando meu café do dia, quando senti mãos pesadas e fortes enlaçarem minha cintura. Virei-me e me deparei com o Leonardo com a cara amassa devido o sono, me abraçando por trás.
O mesmo deu um beijo no meu pescoço, fazendo suspirar. Fernanda, se controla! Isso não pode acontecer novamente. Mantenha a sua razão e aja corretamente. Pelo o amor de Deus!
- Bom dia, minha princesa. - ele disse, com a sua voz rouca e grave, próximo ao meu ouvido. - Hum, café... quer que eu asse alguns pães? - me perguntou, indo em direção aos armários da cozinha, sem tirar uma de suas mãos de minha cintura.
Não respondi. Não sabia o que fazer ou como agir. Me sentia aquela adolescente idiota de 16 anos. Esse era o efeito de Leonardo Cavalcanti, mais que merda!
Continuei preparando o café enquanto Leonardo assava alguns pães na frigideira. Ele ainda estava com sua cueca, o que fez meus olhos se direcionarem para sua parte. Rapidamente os desviei, voltando minha atenção para a cafeteria.
Com o café feito, coloquei um pouco na minha xícara e caminhei com dificuldade até as banquetas da cozinha. Eu sentia minha parte de baixo dolorida e arder quando caminhava.
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A Viagem que Mudou a Minha Vida
Storie d'amoreA vida de Fernanda Mendes é totalmente comum a de muitos adolescentes de 16 anos. Mesmo com a sua família peculiar, ela tem vida normal - tediosa até demais, por sinal. Fernanda não tem muitos amigos no seu colégio, muito menos um namorado; ela não...