[sem revisão]
Depois de todo aquele papo sentimental que provavelmente me arrependerei no futuro por todas as coisas que revelei naquela conversa, retornamos ao clube bem à tempo de não sermos pego pela forte chuva que se iniciou, logo ao pisarmos no local.
Alguns dos olhares que estavam presentes no clube se fixaram em nós, em um gesto curioso, como se perguntassem o que diabos havia ocorrido. Bom, depois do que aconteceu com Akira, provavelmente devem estar se perguntando o motivo de tudo aquilo.
Que seja. Não é da conta deles.
Suponho que minha feição esteja suficientemente desagradável para afastar qualquer pergunta ou interação desnecessária. Eu realmente odiaria ter que lidar com qualquer um deles agora. O meu humor está péssimo. Na verdade, quando não está? Eu vivo em um infinito ciclo de mau humor.
E esse mau tempo só piora meu estado de ânimo.
Eu preciso de algo para aliviar meu humor.
Meus olhos vão diretamente para o bar do clube e interiormente minha consciência implora por alguma gota de álcool. Mas aí me lembro que fui proibida de beber nesse lugar. Que inferno!
Ah, mas acho que apenas alguns drinques não teriam problema, certo? Não irei ficar bêbada como a última vez, preciso apenas me distrair com alguma merda. Qualquer que seja.
Mantendo o positivismo, começo a caminhar para o bar, porém sou interrompida por um toque em meu braço. Girando minha cabeça, encontro o olhar culpado de Akira. O pirralho parece estar inquieto.
— Espera. – O garoto pede, vasculhando o local com o olhar, aparentemente procurando por alguém. Assim que encontra, retorna seu olhar ao meu. — Espera aqui, tá?
Ele anda rapidamente em direção à um grupo de pessoas que estão no centro do clube, parando em frente à uma mulher. O garoto diz algo para ela que instantaneamente olha para mim. A mulher assente e agora caminha junto com Akira em minha direção.
Franzo minha testa, e elevo uma sobrancelha em um questionamento silencioso sobre sua atitude. Assim que os dois estão suficientemente próximos de mim, Akira pega minha mão, encarando-a com culpa.
— Aqui. Ela está machucada, você pode tratar ela? – O garoto pede para a mulher, que avalia o ferimento da minha mão.
Ah, entendi. Ele provavelmente está se sentindo culpado por me ferir durante seu surto.
Olhando assim, até parece que foi um ferimento mortal. Pelo amor de Deus, é só um corte, ele não precisa se sentir culpado dessa maneira. Além do mais, fui eu quem provoquei isso.
Porém, encarando seu semblante cabisbaixo e culpado, uma súbita vontade de rir me invade. Ele está parecendo um cachorrinho quando percebe que o dono está bravo com ele por alguma besteira que fez. Quase posso ver suas orelhas imaginárias caídas.
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Angel of the Death - Redemption MC
RomanceUm trágico ocorrido separa pai e filha. Perseguido por fantasmas de seu passado, Robert tem sua filha levada de sua própria casa por um cruel homem, chefe de uma das maiores organizações criminosas do país, Night Killers. Albert, um homem tomado pel...