Início, meio e fim

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...E por causa daquela mulher, eu tive a noite mais interessante de toda a minha vida. Por quê? Eu não sei. Ela tem lá seu fator "x", sabe? Quando uma pessoa consegue ser tão sensível e sensual ao mesmo tempo... E ainda assim, ter algo a mais que é indescritível aos meus pensamentos.

Mal me lembro como a conhecera, mas me lembro quando a vira à primeira vez. Não sei explicar o porque, mas me chamou a atenção de longe. Não conversamos aquele dia. Como a maioria das pessoas, acabam pegando amizade depois de muito tempo e por fim, acontecem coisas que nós nunca imaginaríamos que aconteceriam. Ela é alta, magra, com lindos cabelos loiros, os olhos ora verdes, ora azuis; sua boca rosada e sempre com um semblante sério. Mas não me convencera, eu tive que investigar.

Depois de muito perguntar e pesquisar, acabei descobrindo um pouco mais e acabei pegando seu contato. Num súbito piscar de olhos, já conversávamos sobre vários assuntos diferentes. E eu descobrira que a cada dia que se passava, estava mais atraída. Aquele tipo de magnetismo que nunca se sabe o motivo. Aquele tipo de pessoa que te atraí tanto físico como sentimentalmente. E eu, como quem nada quer, fui me achegando, Mesmo sabendo do perigo.

O fato é que, após muito tempo de dar "voltas em círculos", marcamos um encontro em uma praça qualquer. Mal sabia eu, no que aquele encontro daria. Ela apareceu e meu coração disparou. Quase me vi falar comigo mesma pra ele parar de bater tão rápido assim. Mas acontece que era ela. Tudo em volta era apenas o borro de uma borracha suja, enquanto ela era o puro desenho feito à mão de um artista tão inspirador como Da Vinci. Dei passos, cambaleando. O desastre que me acompanha, acabou me fazendo pisar nos pés dela por engano, enquanto lhe dava um abraço desajeitado (mesmo que por dentro, eu quisera abraçá-la e soltá-la nunca mais). "Afinal, aonde eu quero chegar com isso?" -Eu mesma me indagava sem parar. Meu consciente me bipava, falando para afastar, para ir embora. Mas qual o problema? Meus pensamentos não são vistos por ninguém além d'eu mesma. Por fim, sentei-me num banquinho de madeira, bastante convidativo, totalmente sem saber o que fazer. Ela sentou-se do meu lado, e acabou que começamos a conversar e rir de alguns assuntos quaisquer.

Dai, puf.

Eu olhei para ela e ela olhava para frente. "Mas ela é tão linda. Como pode, estar aqui, comigo?" -Eu realmente não sei. Mas estava. E eu estava perdendo meu tempo, com essa falta de iniciativa inútil. Mas eu não sabia o que fazer, eu tinha medo. A insegurança da rejeição me atormentava. E por fim, [expectativa] Perguntei-lhe:

– Por que não olha pra mim? É ruim conversar com alguém sem olhar em seus olhos.

– Porque não. - Ela respondeu.

– Como, "por que não"? Tem que ter um motivo. - Continuei implicando.

– Não gosto de olhar pra você. - Respondera na lata.

– Mas... Posso saber o por quê? - Já estava quase me levantando, pedindo desculpas e indo embora.

– Porque dá vontade de te beijar.

P-u-f.

Como uma babaca qualquer como eu, fiquei sem reação. Mas eu sabia que algo eu deveria fazer ali, e num 5 segundos de coragem, me levantei. Segurei na sua mãos frias que se apertara contra a minha e a puxei. Claro que, por inúmeros fatos, uma praça não era o lugar ideal, para nada. Mas aquela praça em especial, tinha um pequeno beco, rs. E estava vazio. E estava vazio e escuro. E estava vazio e escuro e eu a puxei para lá.

Ela nem sequer parou no meio do caminho. Apenas seguiu meus passos. Aqueles pequenos segundos no qual nos dirigíamos para lá, eu sinceramente, nunca vi minha mente tão vazia como naquele momento. Eu só queria chegar lá e beijá-la logo. Sentir seu sabor. Não aguentava mais apenas desejá-la.

Let's be honestOnde histórias criam vida. Descubra agora