ғᴀᴢ ᴅᴇ ᴄᴏɴᴛᴀ (adaptação) Calzona

Capítulo 4

Espero que gostem do novo capitulo, beijooo.

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Calliope escutava as futilidades da senhora Hahn, mas não prestava atenção em nada, apenas balançava a cabeça em positivo para fingir atenção. Estava mais preocupada com a bronca que iria levar de sua chefe... Leah não era conhecida por sua amabilidade com os funcionários, era uma mulher rígida beirando a grosseria. Silenciosamente, estava rezando para que não fosse demitida.

Precisava do emprego. Deus sabia que sim. Pensar no motivo de precisar, a fazia recordar de sua filhinha. Será que estava bem? Será que a febre tinha cedido completamente?

— E acabamos Campeão, o que acha Senhora Hanh? — Callie disse com voz simpática, mostrando as fotos na câmera para mãe do garoto.

Erica Sorriu.

— Oh, maravilhoso! Você é esplendida, Callie. — Erica comentou olhando as fotos. — Mas, faça-me esperar mais uma vez por você que farei questão de destruir a sua carreira, garanto que nenhum Estúdio ficará interessado em seu serviço. Fui clara, querida? — Ela olhou para Callie com um sorriso aberto, como se o que estivesse falando fosse mera bobagem.

Callie empalideceu. Se existiu uma coisa que aprendeu com as suas clientes riquíssimas, era: Não brinque com elas, e muito menos conquiste a inimizade.

— Sim! — Callie respondeu num sopro de voz.

— Ótimo. — Erica levantou-se do sofá e chamou o garoto. Depois, buscou por sua bolsa caríssima. Forçando um sorriso falso, Callie levou a sua cliente e o garoto até a porta, a mulher virou-se para ela e deu dois beijinhos em seu rosto, depois fez seu toque com pequeno John e depois o abraçou. — Até à próxima querida.

Callie meneou a cabeça. Observou os passos da sua cliente num salto que poderia ser considerada suicida. O seu estômago roncou, lembrando-a que não tinha tomado café da manhã, e provavelmente, não teria oportunidade.... Tinha outra cliente. Era só o tempo de organizar a sua sala. Ia fechando a porta quando uma mão firme interrompeu o movimento, era. Leah com uma expressão aterrorizante. O sangue gelou em suas veias, era hora da bronca.

Abriu a boca para desculpar-se novamente pelo atraso, quando a Leah informou:

— Senhorita Robbins esta lhe aguardando em seu escritório. — O tom de voz de sua chef dizia o quanto estava contrariada com isso.

— Agora? — Perguntou Callie, surpresa.

— Não, amanhã. — Leah aumentou o tom de voz. — É claro que é agora. Vá logo antes que atrase mais o seu serviço e eu desconte um dia de trabalho.

Callie não pensou em duas vezes antes de avançar em direção do escritório de Arizona. Só de pensar em ser descontada um dia de trabalho, isso lhe causava arrepio. Porém, estava receosa, o que a dona do estabelecimento queria com ela? Será que iria demiti-la pessoalmente? Todos os pensamentos negativos instalaram-se na mente dela, por isso hesitou alguns segundos antes de bater na porta do escritório.

— Entre. — A voz rouca, porém firme de Arizona mandou.

Sua testa suava consideravelmente, depois de limpá-la e enxugar as mãos em sua roupa, Callie abriu a porta e adentrou.

— Com licença, senhorita Robbins. Gostaria de falar comigo? — Sua voz estava trêmula demais.

— Sim. — Arizona não fez questão de levantar a cabeça, estava assinando algo que aparentemente era muito importante. — Sente-se, por favor.

Calliope caminhou até as poltronas acolchoadas e extremamente confortáveis, e sentou-se em uma. Apesar da sala está uma geleira, o seu nervosismo a fazia suar bastante e estava odiando isso!

Enquanto esperava, prestou atenção à mulher em sua frente, numa tentativa de dispersar o nervosismo. Era muito bonita, de verdade... A pele era branca, porém, sedosa, podia quase jurar que também era bastante macia. O rosto oval com maçãs salientes, acompanhado de nariz aristocrata e uma boca carnuda. As sobrancelhas eram bem feitas, e tinha a mesma tonalidade que os seus cabelos... loiros. E os olhos... Grandes e extremamente claros, numa mesclasse de azul com cinzento. Ah... Azul-acizentados, belíssimos.

A mulher era realmente muito linda, o seu corpo também compartilhava da perfeição. Constatou Callie, descendo os olhos para o decote singelo, porém, que dava asas à imaginações bastante impuras.

E o cheiro? Delicioso. O escritório estava impregnado com o perfume caríssimo de Arizona.

— Callie? — Escutou a voz de Arizona lhe chamar. Ergueu os olhos rapidamente, ficando corada ao perceber que foi flagrada olhando para os seios de sua patroa! Isso era ultrajante.

Arizona a olhava com bastante interesse, e um sorriso sarcástico brincava em seus lábios. Ela provavelmente acharia que Callie era uma tarada.

— Senhorita Robbins.

Arizona esticou o corpo na poltrona e depois relaxou.

— Não precisa me chamar de senhorita Robbins. Pode me chamar de Arizona. — Ela disse olhando para Callie, então, abriu um sorriso digno de um Óscar.

— Certo. Arizona. — Callie balbuciou novamente distraída, mas agora pelo sorriso daquela mulher. O que estava acontecendo com ela?

— Aceita um café? — Ela ofereceu já colocando a mão no telefone. Callie pensou em dizer não, mas a menção de comida fez o seu estômago roncar alto demais, causando-lhe novamente um rubor de vergonha. — Acho que sim. — Arizona ligou para copa. — Por favor, Maria. Traga-me dois cafés, e também aqueles biscoitos amanteigados que você sabe que eu adoro. Obrigada. — Desligou.

— Eu não tenho muito tempo para comer. Tenho uma cliente esperando e não quero receber nenhuma advertência. — Callie disse ficando preocupada com o que Leah iria achar de sua demora.

— Não se preocupe. Você está com a dona do estabelecimento, e acredite... — A voz de Arizona ficou mais baixa e ela se inclinou para frente, colocando os cotovelos na mesa de vidro e diminuindo a distância entre as duas, como se fosse confidenciar um segredo. —... Está comigo, está com Deus. — E sorriu.

Que blasfémia! Pensou Callie. Com aquele sorriso era mais fácil está com o diabo... Imagem de Arizona vestida como uma diabinha aguçou uma sensação bastante impura dentro de Callie. Sentiu o calor aumentar dentro daquela sala, e desta vez, não tinha mais nada a ver com nervosismo... E sim, de uma tensão sexual gritante, principalmente quando os olhos se encontraram, quase saiu faísca!

Não sabia se era trágico ou mágico. Mas, estava terrivelmente atraída por sua patroa, por uma mulher que sabia que nunca iria ter. Arizona estava num topo da lista, muito além do seu alcance.

Com aquele olhar, e com aquele sorriso... Callie faria tudo que ela quisesse, se Arizona ordenasse que deitasse nua em cima de sua mesa, faria com bastante prazer.

Batidas na porta, fizeram desviar o olhar, e Calliope constatou que passou esses segundos sem respirar. Respirou fundo, e olhou para a copeira que entrava na sala com um sorriso, e uma bandeja com os cafés e os biscoitos amanteigados. Arizona agradeceu a mulher, e incentivou para que Callie se servisse. E ela o fez.

Depois de três biscoitos, e alguns goles de café. Diana finalmente questionou:

— O que gostaria de falar comigo, Senhori... Arizona?

Arizona a olhou intensamente, como se tentasse desvendar todos os seus segredos. Callie sentiu um calor em suas orelhas, sempre ficava assim quando estava.... Quente.

— Serei bastante direta, pois, não gosto de meias palavras e muito menos rodeio. — Arizona disse séria, e sem desviar o olhar. — Quanto quer para fingir ser a minha namorada por uma semana? — Diz com um sorriso malicioso.