68 ▪ Becca

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Dia 500

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Dia 500

— Supondo que eu acredite, Camille, por que só agora? — Sammy disse voltando ao seu mau humor normal quando se referia à garota.

— Por que vocês têm um amigo tão imbecil assim? — Ela perguntou se virando para o Gilinsky, o que fez todos os outros rirem.

Essa garota não era a Camille. Ela nunca respondeu ao Sammy antes, já que ela achava que essa era a forma de tentar fazer ele gostar dela. A única vez que ela pareceu se importar com as suas palavras foi durante a gestação.

— Eu me faço essa pergunta todos os dias. — Nate respondeu rindo, o que fez Sammy bufar.

— Eu voltei ontem do meu doutorado em Coimbra e fiquei sabendo de tudo. — Ela respondeu calma, como se devesse uma explicação. — Nem sobre o enterro da minha própria irmã eu fui informada. — Havia uma certa tristeza em sua voz.

— Camille sempre foi boa em fingir. — Sammy deu de ombros, se afastando e voltando para o sofá em que estava.

A garota se aproximou por trás, dando outro tapa em sua cabeça, o que fez o garoto soltar um barulho em reprovação.

— Eu já disse para não falar assim dela. — Ela estava revoltada. — A minha irmã já morreu, deixe-a em paz. — Ela suspirou.

Gilinsky ainda estava a encarando como se aquilo não fosse possível. Encarei o JJ que levantou os ombros em confusão, talvez acreditando naquilo. Nate a encarava quase igual ao G, mas eu sabia que ele estava apavorado.

— O G. tem a guarda do Finn. — Sammy disse sério. — Sua mãe assinou um acordo, não tem como reaver.

— Alguém pode fazer esse imbecil calar a boca? — Ela disse sem paciência e quando Sammy iria reclamar, ela continuou. — Eu não tenho condições de brigar pela guarda de nenhum bebê, antes que vocês pensem qualquer coisa. Acabei de me formar e agora e estou iniciando a minha vida aqui. — Ela se afastou, voltando a ficar próxima do Gilinsky. — E eu não quero afastar um filho do seu pai. Eu quero apenas ver o meu sobrinho e informar que, caso precise de algo, eu posso ajudar. Sei que a Camille faria isso por mim. — A garota suspirou ao lembrar da irmã. — Ela era meio maluca, mas tinha um bom coração. Tenho certeza que ela amaria muito o filho.

Gilinsky concordou com a cabeça, dando liberdade para ela ver o Finn. Sammy não estava de acordo e eu percebi que ele falaria algo, mas fui mais rápida, impedindo que ele continuasse aquela discussão inútil.

— Eu estou subindo. — Disse me levantando com dificuldade. — Eu te mostro onde eles estão dormindo.

Ela concordou com a cabeça e se aproximou de mim para me ajudar a subir as escadas. Apesar de ser a cópia da Camille, era visível que elas eram opostas uma da outra. A garota me segurava com força e só me soltou quando paramos em frente à porta do quarto dos bebês.

Califórnia ▪ Nate MaloleyOnde histórias criam vida. Descubra agora