Capítulo 38

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*Manu on*

Quando chegamos no quarto Mari fala:

- Se senta na cama que agora vai ser rapidinho.- pega umas coisas na sua bolsa.

Faço o que ela manda e me sento com minhas costas encostadas na pequena cabeceira de madeira escura com alguns detalhes.

Eu- Vocês são irmãos mesmo?- olho para Mari tentando notar alguma semelhança entre ela e Gu.

Mariana- Não parece né?- se senta ao meu lado com um sorriso com um medidor de pressão em mãos- Mas sim, eu sou a irmã mais velha da família.

Eu- Calma aí, tem mais um?

Mariana- Sim.- ri alto- Gustavo é o caçula da família.

Eu- Ele nunca me falou sobre isso.- ajeito o tecido de tecido que involve meu braço.

Mariana- Ele não gosta de falar sobre isso, principalmente depois que nosso irmão fez umas coisas erradas.- fico tentada em perguntar sobre o que se tratava essas "coisas erradas", mas fico quieta- Você tem sentido alguma coisa estranha desde ontem?

Eu- As dores já estão melhores, então acho que só um pouco de enjoo e bastante sono.- dou de ombros- Ah! Lembrei, eu acho que tem um caco de vidro no meu corte.- estendo minha mão direita com a palma virada para cima.

Mariana- O enjoo deve ser por que seu estômago deve ter se desacostumado a comer em grande quantidade, e imagino que o pessoal deve estar te enchendo de comida, não é?- me olha e eu concordo com a cabeça com um riso leve.- Mas pode ser também os remédios fazendo efeito, e o mesmo com o sono, isso é com certeza reação dos remédios.- Mari pega minha mão e tira o curativo- Foi o Gustavo que fez?- fala balançando a gaze com os esparadrapos beges grudados na mesma.

Eu- Foi sim, como você sabe?- pergunto deixando minha voz transmitir a risadinha que dei a ver essa cena.

Mariana- É o mesmo tipo de curativo que nossa avó fazia.- ela pega uma pinça e aproxima minha mão de seu rosto- Ele era bem próximo dela, eram inseparáveis.- pega o pequeno caco transparente coberto de sangue e o coloco em cima de um potinho metálico.

Franzo o cenho por conta da dorzinha que isso causa, mas logo volto ao normal.

Mariana- Eles fazem uma cruz com esparadrapo.- aponta para o tecido colante bege- Diz ales que ajuda a cicatrizar mais rápido.- dá de ombros.

Concordo com a cabeça enquanto ela desenrola o aparelho medidor de meu braço, que tinha acabado de parar de apertar o meu braço. Mari se ocupa arrumando as suas coisas na sua bolsa. Engulo seco antes de falar:

- Mari, hum, eu queria te pedir uma coisa.- olho para minhas mãos entrelaçadas uma na outra.

Mari- Pode pedir.- coloca um termômetro em baixo do meu braço.

Eu- Eu... bem, só queria saber se pode tomar esses remédios junto com um de ansiedade.- falo essa última parte mais baixo, mas percebo que sou ouvida quando Mari me olha com as sobrancelhas levemente franzidas e fica em silêncio.

Me repreendo mentalmente por ter falado isso, contraio levemente meus lábios e fecho os olhos.

Eu- Você vai vir manhã no jantar?- pergunto tentando sair do assunto anterior.

Mariana limpa a garganta e reponde:

- Anda não sei, mas provavelmente não.- tira o termômetro que está apitando e olha para ele- Sem febre.

Ela guarda tudo em sua bolsa vinho de couro e se levanta da cama.

Mariana- Bom, eu já vou indo. - ela dá um beijo na minha bochecha e sai do quarto.

Salvos pelo amorOnde histórias criam vida. Descubra agora