Amoreeees, meu coração está em feeeeeeeeeeeeeeeeesta! Finalmente livro do nosso casal Valentin & Amestista...
Se preparem, pois essa história é babadeira kkkkkkkkk.
Estou amando escrever.
Embarquem nessa nova aventura, me acompanhem em todos os capítulos e ótima leitura para tod#s.
Beijokas e até breve!
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Ametista
— Ame, meu corpo todo dói... Não aguento mais — meu irmão choramingou, me levando as lágrimas.
Era muito triste vê-lo daquele jeito.
— Já estamos quase chegando... Tenta ficar calmo, meu pequeno — disse já bastante cansada, passando a mão carinhosamente na cabeça do meu anjinho.
Estava sobrecarregando muito às minhas pernas, e como andava mancando, aquilo dificultava bastante a minha locomoção.
Morávamos em um barraco no alto do Complexo Arueira, e estava caminhando com o meu irmão no colo até chegarmos à paragem. Precisávamos pegar uma condução e ir para o hospital.
Ricardinho já estava com sete anos, bem grande e pesado para sua idade. E ultimamente ele está com muitas dificuldades para se locomover, sente muitas dores de cabeça e em todo o corpo, por isso eu o carregava no colo, para que não sofresse mais do que já estava sofrendo, mas o sol forte de rachar estava tão incômodo que eu pensava que iria desmaiar a qualquer momento.
Mas eu precisava ter forças, mesmo porque, estava muito preocupada e ansiosa para conversar com o pediatra. Depois de tanto esperarmos, finalmente saíram os exames do meu pequeno e estávamos indo saber o resultado.
Meu coração estava apertado de tanta preocupação, e eu orava mentalmente, suplicando a Deus para que não fosse nada grave.
Ricardo era tudo pra mim... Depois de a nossa progenitora nos abandonar assim que o meu irmão nasceu, e anos depois nosso pai falecer em um trágico acidente, onde foi atropelado por um caminhão quando estava andando bêbado por uma avenida de madrugada, me restou somente Ricardinho como família, erámos nós dois lutando contra o mundo. E pensar na possibilidade de ele ter algo grave me leva a um nível tão grande de desespero que eu nem conseguia mensurar.
Quando o nosso pai faleceu, tive que abandonar os estudos para trabalhar e termos pelo menos o que comer. Não sei nem contar quantas vezes eu dormi com a barriga roncando de fome, pois a quantidade de comida era pouca, e eu me negava a deixar o meu irmão sem alimento. Por isso tive que me desdobrar para por comida na mesa.
No dia que soube da morte do meu pai, estava sentada no corredor do hospital com Ricardo deitado em meu colo, e ouvi uma conversa de um homem com uma mulher elegante falando que nos levaria para um abrigo. Eu tinha 17 anos na época, sabia que não encontraria ninguém para me adotar e que provavelmente me separariam para sempre do meu irmão que tinha apenas 4 anos, e movida pelo desespero de perder o meu pequeno, consegui despistá-los e fugi do hospital com Ricardo.
Muitas vezes chorei pensando que fugir foi a pior decisão da minha vida, que Ricardinho teria melhores condições caso fosse adotado por uma boa família, mas eu não saberia viver sem ele. Cuidei do meu irmão com todo amor desde quando ele nasceu, e havíamos nos apegado muito um ao outro.
Nos primeiros anos de vida do meu irmão, meu pai trabalhava, comprava comida, leite, fraldas para Ricardinho... pagava as contas de casa e não passávamos tantas dificuldades, mas depois que ele morreu e eu fugi, tudo desmoronou, tive que lutar com todas as forças para cuidar do meu pequeno, e graças a Deus ainda pude contar com a ajuda da mãe da minha melhor amiga — que era nossa vizinha e um doce de mulher — para cuidar de Ricardinho enquanto eu trabalhava na limpeza de uma lanchonete...
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Ametista: Minha Doce Salvação (Degustação)
RomanceDisponível na Amazon! Ametista Barbosa, com seus 20 anos de idade, passou grande parte da infância e adolescência se dedicando a cuidar do irmão mais novo que fora abandonado pela progenitora logo após o nascimento. Sem muito estudo, sem nenhuma bas...