Eu... Não acreditei no que vi. Por momentos o meu cérebro parou e fiquei ali especada como uma estátua. Foi uma questão de frações de segundo.
Aquela imagem.... Lucas deitado no chão.... Sangue por todo o lado.... Sua cabeça jorrando sangue como uma nuvem chovendo. A janela partida e um pau, que supostamente foi a arma, no chão cheio de sangue também.
O meu pior pesadelo tinha acabado de se tornar realidade.
Assim que vi aquilo me ajoelhei ao lado de Lucas e comecei chamando por seu nome enquanto lhe dava palmadinhas na cara desesperadamente.Ele abria e fechava os olhos e fazia grunhidos....até que porfim desmaiou completamente.
Mas eu estou à espera do que?!
Levantei-me deixando minha manta cair e peguei no telefone com minhas mãos ensaguentadas.
Marquei o número do hospital que imediatamente atendeu.
Enquanto a ambulância não chegava, eu estava lá....ao seu lado....enxugando vezes e vezes sem conta aquela cabeça que não parava de sangrar...
Não.....meu Lucas não.....
O unico sinal de vida que ele me dava era a sua respiração lenta e fraca.... Que eu notava estar cada vez pior.
Eu chorei tanto... Mas tanto.... Que já não tinha forças sequer para respirar.
Estar doente ou não estar, já não me faz diferença nenhuma...só quero uma ambulância aqui e rápido.
Finalmente a estúpida ambulância chegou. Já estava ponderando leva-lo em meus braços até ao hospital.
Eu estava cheia de sangue....sujei tudo por onde passei.
Os médicos pegaram ele numa maca e puseram-no na ambulância. Eu fui ao lado dele o tempo inteiro.
Chegámos ao hospital e mal estacionámos, sairam disparados pela porta com a maca de Lucas.
Eu estava correndo atrás deles, até que entraram na sala de operações. Aí um guarda proibiu-me de entrar.Ok, agora sim, desespero. Eu estava do lado de fora da sala, ouvindo o que se passava lá dentro... Chorando....eu nem sabia mais o que fazer.
Um tempo depois, uma enfermeira veio ter comigo. Ela percebeu que eu me encontrava doente....talvez pelo facto de estar sempre tossindo e espirrando e por estar super vermelha... Porcaria de febre.
"-Menina... Agora tudo o que tem a fazer é esperar.... Venha comigo, não pode estar aqui."
Ela estendeu-me a mão e eu fui com ela até a uma sala relativamente pequena e sem ninguém. Ela deu-me um comprimido para as dores de cabeça e lavei minha cara e mãos do sangue que ainda lá havia.
De seguida fui para a sala de espera dos cuidados intensivos, onde se encontrava Lucas na operação.
Esperei..... Esperei.... Voltei a esperar....
Nem um médico porra!Passado bastante tempo, um médico com um bloco na mão saiu do sítio onde supostamente Lucas se encontrava. Ele parou a meio da sala e olhou para as pessoas que se encontravam na sala.
"-Senhorita Melissa Day? "- ele estava óbviamente chamando por mim, apesar de eu simplesmente odiar quando me chamam Melissa.
Corri desesperadamente até ao homem e ele fez uma cara de desanimo. Eu, desesperada como sempre, comecei a chorar e aí o médico veio comigo para um canto mais afastado de todos os presentes na sala.
"-Ao que parece o senhor Lucas sofreu de um traumatismo craniano causado pelo forte embate na testa. Rebentou mais vazos do que o esperado e por isso perdeu demasiado sangue. A unica coisa que estava ao nosso alcance foi poder cerrar os vazos e coser a cabeça de Lucas.... "- ele fez uma breve pausa antes de continuar pois eu já nao aguentava mais minhas lágrimas- " Num caso normal, daria-se sangue ao indivíduo, mas Lucas tem um tipo de sangue raro e que é altamente infecioso ao ser transmitido a outro ser humano. Nós não podemos correr esse risco...
Decidimos colocar Lucas em coma e agora tudo depende da sua força para continuar... Ele pode estar em coma 1...2...4...ou mesmo 5 meses.... Ou pode mesmo nunca mais acordar."Não....Nãoo....NÃOOO!
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Ahm? E esta? Não estavam à espera, pois não?
Gostaram? O que acham que vai acontecer a seguir?Não se esqueçam de votar
Bjos e até ao próximo capítulo ;) Ly
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Amar é complicado
Teen FictionMinha vida recomecou. Meu nome é Mel e sou uma garota baixinha de cabelos ondulados cor de mel e olhos azuis. Agora que estou no 11° ano penso em tornar minha vida melhor. Sei que pode ser difícil me acostumar a essa vida mas é mesmo assim.