capítulo único

1.5K 126 58
                                    

🔴Plágio é crime!!!! Não aceito histórias inspiradas nesse one-shot. 🔴

Ja fazem alguns anos desde que engoli o primeiro dedo de Sukuna, para muitos isso é uma maldição, dividir o corpo com uma besta que mata sem piedade até mesmo pequenas crianças, eu confesso que achava o mesmo, que eu seria apenas  uma pessoa a ser tratado com indiferença pela parte do demônio, mas para a grande surpresa de todos em minha volta Sukuna se demonstrou alguém que só precisava de uma boa conversa, atenciosa e que o escutasse, afinal a imortalidade é uma das piores maldições, ver todos aqueles que você ama morrer em sua frente e você ficar, apenas com as vagas memórias deles que o tempo faz questão de apagar.

Sukuna, ou, o rei das maldições era um homem...não necessáriamente dócil, mas, com o desejo de ser compreendido por alguém, e eu, como seu mais novo receptáculo fui seu ouvinte durante as curtas horas vagas entre treinos, brigas com quem até ontem não se assumia meu pai, apartar as brigas da Nobara com a Maki e as missões.

Por mais que ser rei pareça algo valioso e grandioso, de acordo com Sukuna perder memórias de quem ele um dia pode amar era doloroso e agoniante, na verdade só de se pensar ja sobe um nó em minha garganta, não sei se surportaria perder as memórias que criei nesta escola ou nas missões, são minhas memórias base de vida, que me fortaleceram e me fizeram crescer aqui dentro.

Todos ja sabem do cruel destino que esta me ligando a Sukuna de forma tão impiedosa, a morte.  Porém oque poucos sabem é que existe outro laço, firme e com algumas pontas falhadas por nossas brigas,  o laço do eterno amor e amizade, por dento desse último ano eu pude conhecer o homem de minha vida, um amigo, que quer ser ouvido e que esta disposto em ser um ouvinte, não muito paciente, mas esta disposto, e de um eterno amante, que esta disposto a ouvir minhas paranoias sobre a falsa grama de um campo de futebol

Falta apenas um dedo, um único dedo e tudo que eu poderia viver será jogado fora e sabe qual o grande problema? Tudo aue eu queria era apenas abraçar o homem que eu amo, o homem que se fez ouvinte a cada mísera crise de choro, raiva e angústia, o homem que se demonstrou frágil e instável, não é como a grande muralha Maria que prende os Eldianos em atack on tittan, e sim, um pilar frágil como um vidro, que eu faço questão de defender com meu melhor feitiço.

As vezes eu me pego pensando se não sou apenas um adolescente com daddy issues querendo suprir minha carência, as vezes me pego pensando como seria minha vida se sukuna não estivesse fragmentado e nos conhecêssemos (confesso, eu estaria morto caso fosse essa opção), ou quem sabe se maldições não existissem? Onde iríamos nos Conhecer? Cursinho? Escola? Fila de banco? Caixa de supermado?

Eu realmente não sei de nada isso, são opções, dúvidas e paranóias tão distantes quanto Canis Majoris, a única certeza que eu tenho é que eu amo este homem, e irei espera-lo, seja na próxima vida, seja em saturno.

Quebra de tempo

O último dedo... O dia de engoli-lo finalmente chegou, me encontro amarrado e vendado, diante de meu pai, Satoru Gojo, irônico não?

- eu... Sinto muito meu filho- ouvi seu suspirar, sua voz passava calma e não estava embargada, a papai, eu não sou mais seu filhinho que passava horas durante a noite perguntando que horas que você iria me buscar naquele  maldito azilo, eu não consigo, não consigo acreditar  em suas palavras

-deixe-me... Sozinho por favor... É meu último pedido- mesmo não enchergando nada eu sei onde estou, estou na sala  onde serei executado assim que engolir o último dedo

- como quiser... Você tem dez minutos- ouvi seus passos se afastarem lentamente e a porta ser batida, enfim, a sós

-eu sei que esta ai sukuna...

Era um chamado cego, eu nunca pensei que a morte fosse ser dolorosa assim, mesmo que eu não esteja sangrando eu quero gritar até perder todas as minhas lágrimas

- eu.... Sinto muito, no fim eu nem deverei ter deixado aqueles dedos.... Eu queria ser capaz de morrer solo e deixar você viver- sua boca surgiu em minha mão, enquanto minhas lágrimas pingavam junto as goteiras do local úmido e gélido

- eu não quero viver...não sem você, porra engolir essa merda de dedo foi a melhor merda que eu ja fiz, eu só queria que as coisas fossem diferentes mas ja que não são eu estou feliz, eu pude viver meus melhores momentos ao lado do homem que eu amo, e possível pai dos meus filhos caninos - eu amava planejar o futuro com ele, os dois sabiam que era impossível mas... Oque custa imaginar? Essa fantasia ilusória que criamos era linda e calma, se existir alguém superior saiba que eu te odeio, eu só queria poder abraçar esse cara, apenas isso

- você não tem jeito, não é mesmo s/n? - ouvi uma risada embargada e sincera, toda vez que ele soltava uma risada verdadeira eu sorria como um bobo apaixonado...mas agora oque soou de minhas expressões foi apenas um soluço, que Sukuna entendeu oque significava, nosso tempo nessa vida esta chegando ao fim.

-uma vida foi tão pouco pra te amar... Eu prometo Sukuna, na próxima vida eu vou te procurar e recuperaremos o tempo perdido dessa - meu coração estava se apertando a cada mísera sílaba.

-eu prometo meu amor, na próxima vida eu serei digno de fazer você sorrir, chorar e sentir raiva, eu prometo que teremos tempo, mesmo que eu pague por todos os meus pecados nesta terra eu quero poder ao menos ser seu amigo, mas eu estarei lá por você - a voz de sukuna soava torpe e o silêncio se estabeleu, com lágrimas de meus olhos e do olho que havia se formado junto as marcas em meu rosto .

- eu te amo, os anéis de Saturno seram nossos  - após o fim de minha frase pude ouvir um soluço alto vindo de sukuna, eu não pude conter em soltar um grito de agonia enquanto minhas lágrimas caiam sequencialmente no chão.

Eu nunca imaginei que doeria tanto.

A porta se abriu, fazendo um feixe de luz passar entre o tecido da venda

- acabou seu tempo filho... Sinto muito

A porta se fechou, havia apenas eu, meu pai e sukuna naquela sala, é, os finais não serão sempre felizes

Pude sentir o dedo se aproximando de minha boca, apenas a abri enquanto sukuna soluçava

- últimas palavras querido? - senti as cordas serem puxadas, sukuna estava relutante, eu também queria estar mas no momento eu só quero morrer logo pra abraçar o homem que eu amo, nem que seja em outro planeta

- pessoas... Não são ruins papai... Elas são geradas por atitudes perjurativas e preconceituosas de outra pessoa, sukuna é uma prova disso.

Foi assim, que meu último ponto final desta vida foi colocado, eu sempre te amarei, meu demônio pessoal

Tempos depois

- ME DESCULPE O ATRASO! - me atrasei, pela terceira vez na semana, e olha que ainda é quinta-feira, não sei como não fui expulso ainda

- entrei, s/n, não vou nem te dizer que você precisa chegar mais cedo - meu professor me olhou e apontou uma cadeira, ao  lado de um garoto de cabelos rosados, nunca o vi por aqui - sente-se ali

Andei até o local indicado e me sentei, assim que me virei pra olhar o curioso aluno novo, meu corpo sofreu um arrepio dos pés a nuca,  uma sensação de déjà vu estranha mas com um calor gostoso de sentir me tomou, oque tem este garoto?

- ei, garoto - cutuquei o mesmo, com a ponta da caneta esferográfica

- hm? - o vi se virar em minha direção, com os pelos provavelmente depilados e inexistentes formando bolinhas de arrepio na pele dele, então ele também sentiu?

Seja lá oque isso seja, eu gostei de sentir

𝙵𝚒𝚖

OHAYO! como estão? Titio tsu esta postando essa história em comemoração de nada mais,  nada menos do que a estação mais florida do ano, a prima vera

Eu espero que gostem do resultado, beijinhos e boa primavera a todos <3

~ deixe seu comentário, eu adoro ler eles🛐

reencarnação (One-shot/male Reader) Onde histórias criam vida. Descubra agora