Essa história na verdade foi algo que me veio à cabeça, não sou nenhum profissional mas tentarei deixar o mais realista possível bem provido de detalhes. Boa leitura!
Estava no meu último ano do Ensino Médio quando a maior confusão psicológica da minha vida aconteceu.
Ah! Ainda não me apresentei, sou o Paulo, protagonista e narrador dessa história, tenho 16 anos, 1,78 de altura, 64 quilos pele morena clara, olhos castanhos escuros, cabelo castanho, não tenho um corpo muito bonito mas tenho um rosto formado já, tenho papo (quando quero) e sou bem inteligente, estudioso e esforçado mas isso nunca me impediu de aproveitar a vida.
Sou gay decidido, assumido e aceito, na parte da aceitação foi algo cômico, nunca esperava isso :
- Mãe posso te falar uma coisa?
- Fala logo Paulo! (Com aquela delicadeza sabe? Kkkk)
- Eu sou gay. (Juro que nesse momento só não desmaiei porque eu esperava minha vida inteira pra isso)
Ela me olhou bem, com um olhar apreensivo, enrugou a testa, olhou bem nos meus olhos, fez um suspense e disse:
- Era isso que você tinha pra me contar?
Juro que na hora eu gelei, imaginei ela me xingando ou chorando, me situei e disse:
- É mãe.
Então ela virou as costas para mim e disse:
- Sou sua mãe e sabia disso antes de você mesmo saber.
(Hoje minha irmã conta que com 3 aninhos eu desfilava balançando as mãozinhas e sem falar nada, parecia uma mocinha kkk)
E então ela suplicou :
- Quando você arrumar um namoradinho é pra trazer aqui em casa quero ser a primeira a conhecer.
Eu fiquei extremamente feliz sabe? Nunca imaginei que ela iria me falar isso, eu sou o único filho homem dela e achava que ela queria uma nora e netos (não desisti da ideia dos netos ainda rsrs) e não tem palavras para descrever esse momento extraordinário da minha vida.
Depois disso, logo logo minha família inteira já sabia, eu fiquei com um certo medo pois eles são muito conservadores, com raizes de Goiás (mesmo sendo paulistas) e um certo machismo, quando soube que esse assunto já estava percorrendo entre eles pensei comigo "perdi minha família", mas foi completamente o contrário, parece que depois disso passaram a me tratar até que melhor e eu amando isso.
Só a partir daí comecei a viver sem medo sabe? Não tinha mais o que esconder.
Quando a gente toma a decisão de assumir é porque chegamos no ápice, ou uma questão de necessidade ou paciência, e meu caso foi só rever os conceitos direito.
Eu tinha 14 anos e seria a primeira vez que eu iria me encontrar com um menino, o nome dele é Vitor, 2 anos mais velho que eu, branquinho alto dos olhos verdes, um Príncipe de lindo, eu me esforcei, planejei tudo, me assumi e quando chegou no dia, adivinha? Ele desmarcou e disse que a gente combinaria outro dia.
Um defeito meu (talvez não seja 100% defeito) é que sou cabeça dura e quando coloco algo na cabeça ninguém tira isso. Essa atitude fez com que eu e ele parasse de conversar e depois nunca mais conversei com ele.
Mas então, estou aqui com o intuito de contar uma história de amor que eu passei que jamais vou me, aconteça o que for, foi algo forte e a única coisa que me abalou, me deixou com nervos e sentimentos á flor da pele...
Muito obrigado a quem tá lendo, essa é a primeira vez que escrevo um conto, caso tenha sugestões, reclamações ou outros, serão bem vindos aos comentários, bjs.
