ғᴀᴢ ᴅᴇ ᴄᴏɴᴛᴀ (adaptação) Calzona

Capítulo 15

Amores ultimo CAP de hoje espero que gostem, amo vocês , comentem.

------------------------------------------------------------------------------------------------

Callie estava encantada com o sorriso de Arizona. E em duas horas de viagem, a loira tinha sorrido bastante, só para deixa-la com o coração mais encantado.

As duas ainda estavam conversando, tinham compartilhados algumas informações que seria de total importância para a semana.

Nem tinha percebido o tempo passar. Olhou em seu relógio de pulso, e já era quase meio dia e meia. O seu estômago roncou de fome, olhou para trás, a Sofia estava dormindo, tinha dado o seu travesseiro favorito e ela o abraçava docemente. A sua filha era mesmo uma princesa muito linda.

Voltou a olhar para frente. Estavam quase saindo do Bakersfield para entrar na Visalia quando um odor não muito agradável invadiu o carro.

As duas se entreolharam, mas a Arizona torceu o nariz.

— Eu sei que temos necessidades, mas você bem que podia segurar um pouco. — Arizona retrucou.

Calliope olhou para ela como se não tivesse acreditado no que tinha escutado.

— Tá de palhaçada? — Perguntou irritada. — Esse cheiro significa que temos que parar porque a fralda da Sofia está cheia.

— Ah, mesmo? — Arizona arregalou os olhos e riu. — Eu pensei que você tinha soltado um pum.

— Fracamente! Você não sabe mesmo de criança. — Callie falou com exasperação.

— Não sei mesmo, nunca tive filho e nenhum contato á mais com qualquer criança.

— Percebe-se. Terá uma semana para aprender a arte de criar uma criança. — Callie sorriu ao terminar de falar.

Arizona estremeceu com a possibilidade de ter que ficar muito tempo com a menina. Não que ela fosse irritante, até agora, Sofia não tinha feito nada demais, além de incensar o carro.

— Eu vou parar no próximo restaurante, assim você a troca e aproveitamos para almoçar. Tudo bem?

— Perfeito.

O estômago de Callie quase rasgou a sua barriga e saiu de tanta felicidade ao escutar isso. Não tinha colocado lanche na bolsa, apenas as coisas de Sofia: suquinhos e papinhas.

Arizona parou o carro no estacionamento do restaurante. Não era extremamente chique, mas aconchegante. Para Callie estava ótimo, mas tinha dúvidas sobre o que a outra pensava do recinto.

Calliope tirou o cinto e saiu do carro. Depois, abriu a porta traseira. Sofia ainda dormia. Não querendo acordá-la, a soltou da cadeirinha e a pegou nos braços. Deitou a cabecinha dela em seu ombro, e depois se esticou para pegar a bolsa, sentia em seu braço o peso da fralda, estava realmente cheia.

Encontrou Arizona parada na frente do carro.

— Você vai ao banheiro trocar a Sofia, e eu vou olhar o cardápio. Certo?

A latina apenas balançou a cabeça e foi para o banheiro.

Depois de ter trocado a Sofia, voltou para o restaurante. A sua filha já estava acordada e reclamava de fome. Encontrou Arizona sentada numa mesa tomando uma água tônica com bastante limão e gelo.

— Não sabia o que você queria, então, pedi uma jarra de suco de laranja, para você e a bebê. Algum problema?

Callie sorriu, e ficou feliz por ela ter pensado também em sua filha.

— Não. Eu acho ótimo. — Respondeu ainda sorrindo. Recebeu um olhar significativo de Arizona.

— Pedi frango ao molho champignon. É bom, gostoso e tem verduras como acompanhamento. Não sei muito bem o que você dá para Sofia no almoço, mas achei mais saudável. — Arizona disse dando um gole em sua água tônica.

Uau. A forma mais fácil de chegar num coração de uma mulher que é mãe.... É se preocupando e tendo cuidado com o seu filho. E Arizona estava fazendo as duas coisas. No início, achou que ela não tinha gostado da Sofia, pela maneira aterrorizada que a pegou na primeira vez, depois o pequeno surto no carro. Mas, talvez, Callie estivesse equivocada.

Não conseguiu evitar que um suspiro saísse dos seus lábios.

— Perfeito.

Arizona a olhou... Os olhos azuis encontraram com os olhos castanhos. Sustentaram o olhar sem nem ao menos piscar. Os seus olhos diziam o quanto estavam encantadas uma com a outra por motivos distintos, mas confirmando algo que foi instantâneo desde o primeiro dia que se falaram: Existia uma tensão sexual gritante. Tão gritante que mandava arrepios para os seus corpos e fazia com que o mundo ao redor sumisse e ficassem apenas as duas, e os seus olhares expressivos.

Porém, o momento foi distraído quando Sofia pegou um garfo e atirou longe. Por reflexo, Callie segurou a mão da filha.

— Não! — Disse para filha a olhando séria.

Sofia fez uma carinha de choro pela reclamação, mas não chorou. O garçom que estava próximo pegou o garfo do chão, Callie murmurou um obrigado para ele.

— Ela vai ser uma grande jogadora de beisebol. Adora tacar as coisas. — Arizona brincou.

— Tenho que ficar de olho nela. O meu celular quase foi para a UTI depois de uma arremessada certeira na parede, semana passada. — Callie disse, e deu um beijo na cabecinha da filha.

Arizona ficou observando as duas. Mãe e filha eram idênticas, as diferenças eram os olhos e as bochechas.

— Por isso que não tenho filhos. Não teria paciência de cria-los.

Foi a vez de Callie a observar.

— É por isso que nunca casou e pensou em construir uma família?

Arizona segurou o seu copo e ficou mexendo o gelo e o limão, por um breve momento seu olhar ficou perdido no líquido transparecendo, a morena achou que ela não iria mais responder, quando os seus olhos se encontraram.

— Pensei em casar uma vez. Ela era uma mulher muito especial e me fez querer tudo que antes nunca pensei que queria. — Os olhos de Arizona estavam mais escuros. — Mas não deu muito certo. A vida tinha um plano diferente para nós, e hoje.... Estou aqui, pagando uma funcionária para ser a minha namorada.

Mas por hora, está valendo a pena. — E piscou.

Callie não sabia se ficava lisonjeada ou ofendida pelo último comentário, mas decidiu relevar...

Não tinha porque ficar tão geniosa com Arizona, o problema é que a mulher com uma única palavra, já acendia uma chama de raiva dentro de si. Não podia ser rude com Arizona, principalmente na frente da família dela. Foi por Arizona que tinha conseguido pagar a dívida do irmão, e tirou tanto a sua vida, como da Sofia de perigo.

Percebeu que não tinha tanta importância assim o "por hora".

Alguns clientes olhavam em direção da mesa delas, alguns, até sorriam em busca de uma paquerada bem-sucedida, porém, não eram capazes de atrair a atenção delas.

Sofia batia as mãozinhas na mesa, e falava o que ninguém entendia. Estava pedindo comida.

Felizmente, não demorou muito para chegar. Elas almoçaram tranquilamente. Demorou mais um pouco, porque foi preciso a Callie alimentar a filha, para depois almoçar. Arizona pagou a conta e voltaram para o carro.... Estava mais próximo de Califórnia, e uma expectativa às invadia.