The boy with the Blue Eyes

Capítulo 8 - Sem volta

Louis havia acabado de sair do banho, era dia seguinte a confusão no bar e ele estava prestes a se arrumar para encontrar o cacheado. Ele não fazia ideia se o outro iria, e muito menos a que horas, mas ele o esperaria a noite toda se fosse necessário.

Ele passou a tarde toda daquele sábado pensando naquele maldito alfa charmoso, seu cheiro de menta estava na roupa do ômega por conta da aproximação anterior, e ele gostaria de nunca ter que lavar aquelas peças se isso significasse sentir aquele cheiro por perto todos os dias.

Tomlinson observava seu corpo no espelho de seu quarto, é claro que ele amava como era, suas curvas pecaminosas, sua bela bunda, mas será que Harry gostara? Não que isso mudasse muito em sua vida, mas ele gostaria te que o alfa sentisse o mesmo tesão que ele sentiu ao vê-lo. 

Ele sabia que era um ômega lindo, e amava ressaltar suas curvas usando jeans apertados e camisas de manga curta para que suas tatuagens aparecessem. Oh, aquela noite ele brilharia. Pois mesmo que ninguém em especial fosse ver, ele estava com uma de suas melhores calcinhas de renda na cor branca, realçando o tom dourado de sua pele. Seus jeans mais apertados, uma camisa vermelha de gola maior que deixava sua tatuagem no peito amostra, uma jaqueta preta e vans em seus pequenos pés. Ele estava um puta gostoso, segundo ele mesmo.

- Um puta gostoso, eu devo dizer. - Foi o que Niall disse assim que viu o mesmo sair de seu quarto em direção a sala, com sua carteira, celular e chaves em mãos.

- É hoje que eu sento naquele alfa, pode ter certeza. - Disse dando uma voltinha, era claro que ele estava fogoso desse jeito, fazia um tempo desde que saia realmente com algum alfa, ainda mais um que ele havia convidado, a maioria sempre queria ser aquele que convidava, era o "papel do alfa", blablabla.

- Pois eu duvido. - Niall achava graça do jeito de seu amigo, mas algumas vezes sentia pena por ninguém vê-lo como ele realmente era, não apenas como um ômega marrento.

- Esta ouvindo isso? É o alfa me chamando. Tchauzinho, te amo. - E então ele saiu correndo porta a fora para não ter que ouvir mais um sermão vindo de Niall.

- NÃO ESQUEÇA DA CAMISINHA, IRRESPONSÁVEL! - Apesar do outro ômega nunca o ouvir de maneira alguma, Horan também o amava, mais do que acha ser normal. Ele era tudo para si.

-¨¨-

- Você acha que essa roupa é suficiente? - Harry dizia nervosamente se encarando diante o espelho grande de seu armário enquanto via Zayn roer as unhas atrás de si.

- Está incrível Hazz, relaxa, ele vai amar. - O ômega não aguentava mais ver aquele alfa caminhar de um lado para o outro falando sobre alguém que ele nem sabia se existia. Afinal, quem não se apaixonaria por Harry? Infelizmente ele, pois só conseguia pensar em Liam, aquele alfa imbecil por quem era apaixonado desde que o conheceu a dois anos atrás.

Harry vestia outra de suas camisas de botões, que Payne sempre julgou serem ridículas, mas ele as amava, desta vez ela era rosa com bolinhas brancas e suas mangas foram dobradas até seus cotovelos. Uma Jeans skinny e suas inseparáveis botas em seus pés.

Ok, talvez ele esteja apresentável.

- Será que eu devo mesmo ir? E se ele me odiar? - Ele estava tão nervoso, sentia que poderia desmaiar a qualquer momento. Zayn sentia o cheiro de nervosismo vindo de Harry, e ele odiava isso, sentia como se o mesmo fosse seu filhotinho, o qual ele deveria proteger de todo o mal.

- Se você não quiser ir, não esta sendo obrigado meu bem, é uma decisão sua, ok? - O ômega se sentia responsável por Harry sempre estar sozinho, mesmo que a culpa não fosse sua, mas ele também não gostaria de obrigar o alfa a socializar.

- Ok. - Então o alfa parou de andar de um lado a outro e decidiu pensar como Louis se sentiria se levasse um bolo. Poxa, era o único ômega que já enfrentou Liam e ainda chamou Harry para sair. - Eu vou. - foi o que decidiu.

- Isso! - Zayn saltou da cama em uma velocidade tão grande que até sentiu tudo ao seu redor rodar.

- Mas será que é um- O alfa foi cortado por um Zayn muito irritado o empurrando para fora do quarto, lhe entregando suas chaves, carteira e celular e então o pondo para fora do apartamento, trancando a porta em sua cara.

É, não havia mais volta.