Capítulo Seis

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Quando meus olhos abriram eu estava no hospital, meu irmão estava acarinhando meu cabelo.  Eu o encarei sem ter coragem de explicar.

Até onde ele sabe eu vivo super bem com o nosso pai. Ele não faz idéia do inferno que eu tenho que passo todos os dias. Quando nosso pai me tratou como um rato de laboratório.

Ele me trancava a força no laboratório enquanto cientistas loucos me furavam e faziam o que quisessem. Ele não sabe que eu mato pessoas a sangue frio por causa da porra de um chip. Enquanto ele me acaricia nem sabe que se nosso pai apertar um botão eu posso o sufocar até a morte.

Começo a chorar sem conseguir dizer qualquer palavra. Seus olhos me fitam com carinho ele beija minha testa suavemente e continua acariciando meus cabelos em silêncio. Até eu perceber que esse hospital não é onde eu costumo ir.

- Onde eu estou ? - pergunto.

- Como é de se esperar você tem uma ótima observação. - ele diz seu tom é sério.

- É sério para onde você me levou?

- Nosso pai não sabe o que aconteceu. Eu te trouxe para um hospital no interior.

- No interior? Mas não daria tempo de me salvar - respondo confuso.

- Você é muito esperto maninho. - ele fala baixinho. - Eu quem socorri você. Tem muitas coisas que eu andei fazendo no exterior sem vocês saberem. Eu sou médico.

Encaro meu irmão com uma cara de espanto que deve ser bem engraçada. Pois ele sorriu serenamente.

- Você tentou se matar 17 vezes. - ele me diz.

O encaro perplexo, ele...como ele sabe? O que ele andou fazendo? Nunca passou pela minha cabeça é que ao mesmo tempo que ele não sabe nada sobre mim, eu não sei nada sobre ele.

Pai você está enganado Jang Han Seo não é nada burro. Ele está passos a nossa frente, como ele chegou nesse ponto eu não sei mas ele está a nossa frente.

- Como? Espera porque me trouxe para um hospital longe de casa? E porque não notificou nosso pai?

- Papai não se importa com a gente. Estou errado? - ele questiona.

Ele segura minha mão percebi que ele estava desesperadamente preocupado comigo. Mesmo sendo confiante agora, posso ver que ele chorou. Seus olhos lindos estão úmidos e ele parece tão quebrado...

Me perdoe Hyung, seu irmão não é muito forte. Ele não consegue aturar essa merda e meu pai nunca me deixou nem morrer. Ele sempre me salva para continuar me usando. É tão exaustivo.

- Não, ele não se importa. - finalmente paro de dizer frases prontas.

- Eu trouxe você para um lugar onde ele não pudesse nos vigiar e descobrir sobre o que estamos falando. - ele diz de modo direto.

- O que aconteceu com você? Quem é você ? - pergunto surpreso.

- Papai não me mandou pro exterior estudar. Ele me internou em uma clínica psiquiátrica no exterior.

Minha boca se abriu em uma surpresa que era impossível esconder. O que mais eu não sei? Até onde vai a loucura desse homem.

- Eu não consigo entender o que está acontecendo. - admito.

- Você tem um chip dentro do seu corpo que te transforma em um psicopata perigoso. - ele diz de uma vez.

Meu coração está tão acelerado que não consigo pensar. Como caralhos ele sabe disso? Ele sabe demais ele, ele sabe tudo?

- Você tentou se matar  tantas vezes por culpa uma vez que não quer ser um assassino e matar pessoas. - ele continua. - Aquela porra que você chamou de pesadelo eram lembranças de tudo o que você fez. Nosso pai é um demônio e você insistiu para me mandar pra longe pois queria me proteger.

Tudo, não há nada que ele não saiba. De alguma forma mesmo estando no exterior ele sabe absolutamente tudo. Como um soco recebido na boca do estômago eu não tinha reação.

Encarei ele perplexo demais para estipular uma resposta. Ele é um anjo da guarda?

- Como pode você saber tanto ? Como é possível? Você não sabia nada! - eu grito assustado.

- Mamãe previu que o nosso pai mataria ela e nos usaria de rato de laboratório, uma vez que ele havia usado outras pessoas próximas desse modo. Então ela me teve para proteger você. - ele responde.

- Como é?

- Eu posso sentir e ver tudo que você vê. Seus sentimentos e seus passos, cada passo que você dá fica registrado e marcado em mim. Mamãe fingiu interesse nas porcaria de ciência do papai para nos conectar. Da mesma forma que não conseguiram me transformar num psicopata não conseguiram fazer o programa de estar conectado empaticamente em você, só funcionou em mim. Por isso só eu vejo o que acontece com você e você não vê o que acontece comigo.

- Tentaram usar o Mode Psycho em você?  - pergunto.

- Sim, mas não funcionou não tenho essa frieza ou esse lado em mim. - ele diz tranquilamente.

- Caralho! Você esse tempo todo sente toda a minha dor? Se eu soubesse não teria tentado nada disso eu juro eu...

Começo a chorar pensando que todo meu desespero e toda aquela angústia não eram só meus, Han Seo também os sentia por minha causa. E enquanto isso estava preso a uma clínica psiquiátrica sofrendo suas próprias dores e lidando com as minhas.

- Você não precisa pedir desculpas. Seus sentimentos me ajudaram a amadurecer. Quando fugi da clínica segui uma carta da mamãe e acabei encontrando um amigo dela. Ele me ajudou a sobreviver lá fora.

- Meus sentimentos te ajudaram?

- Como eu disse eu sou muito emocional ou era. Mas seus sentimentos são tão fortes que uma vez que você consegue lidar com isso pode lidar com qualquer coisa. No final, eu lido melhor com suas emoções do que você mesmo.

- O que a gente faz ? - me sinto tão confuso.

- A gente mata o papai - ele diz frio.

Mode PsychoOnde histórias criam vida. Descubra agora