Capítulo Sete

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Eu achei que tinha que fazer de tudo para proteger meu irmão. Mas enquanto eu fazia isso ele estava planejando como me salvar. Acho que  Han Seo tem por mim o mesmo carinho que tenho por ele.

Ele sentiu toda a minha angústia e dor, até esse exato momento eu jurava que ninguém nunca entenderia o que eu estava passando. De um jeito único meu irmão sabe exatamente tudo que eu sinto.

Eu me levantei mesmo não estando recuperado exatamente e abracei ele. Han Seo não entendeu minha atitude imediatamente. Meus sentimentos são tão confusos que mesmo ele sentindo o que eu sinto não pareceu entender o que se passava na minha mente.

- Obrigado Han Seo. - foram as primeiras palavras que saíram da minha boca.

Estava com medo de tudo que Han Seo sabia sobre mim, mas mesmos sabendo tudo ele estava do meu lado me encorajando a lutar. Ele não me olhava com desprezo, estava me protegendo.

Em toda minha vida até hoje ninguém me protegeu. Ninguém havia me salvado os funcionários viam quando eu era criança ser levado e torturado por aqueles médicos de Taubaté. Todos viam meu pai me batendo pelos corredores por qualquer coisa.

Muita gente me viu crescer e me tornar apático, sombrio e solitário. E ninguém sequer se dignou a me perguntar se eu estava bem.

Foi o Han Seo que quando me viu disse que eu estava sozinho,quando sonhei com o passado me perguntou se eu estava bem. Ele está aqui para mim o primeiro e único que algum dia me deu a mão.

- Você não deveria se mover dessa forma perdeu muito sangue. - ele diz me guiando até a cama e me obrigando a sentar.

- Eu sinto muito ter te deixado sozinho. Eu sinto muito ter me afastado de você eu achei que era o melhor jeito de te proteger. - as palavras saíram confusas da minha boca mas ele parecia entender.

- Hyung, tudo que eu tenho é você. Tudo que você tem sou eu. Vamos ser assim até o fim. - ele diz gentilmente perto do meu rosto.

Percebi que o cheiro dele ficou em mim, era uma sensação estranha. O perfume dele me fazia me sentir tímido de alguma forma que não sei explicar. Eu queria continuar sentindo mas ao mesmo tempo  parecia algo vergonhoso.

Graças a Deus ele não pode ler meus pensamentos seria muito embaraçoso pra mim se ele entendesse errado.

- Como foi sentir meus sentimentos todos esses anos ? - pergunto curioso.

- Eu me sentia mal. Toda vez que você parecia desesperado, toda vez que você desistia parecia que era muito pesado para você suportar sozinho. Eu me sentia mal por não estar do seu lado nem que fosse pra te abraçar. Torcia secretamente para que em algum momento você conseguisse fazer um amigo ou se abrir para alguém. Mas você sempre estava sozinho.

- Me sinto idiota por fingir nas vídeo chamada estar bem, sendo que você sabia de tudo. Ah que desperdício de esforço!- bagunço meus cabelos em um mini surto. 

-Você parecia aliviado ao me ver sorrindo e agindo como você. Sinto muito que o único alívio que eu podia te dar era fingir que estava tudo bem. Não queria que além de tudo você se preocupasse comigo. No final isso era um consolo e mostrava seu amor. Obrigado Hyung por me amar mesmo a distância.

- Aliás tem uma coisa, não podemos só matar o  nosso pai. Os cientistas dele podem continuar o projeto me usando pra qualquer coisa a sua própria vontade mesmo depois que ele morrer. Temos que acabar com tudo. Destruir o laboratório com aqueles ratos dentro se não sabe se lá Deus o que acontecerá depois.

Mode PsychoOnde histórias criam vida. Descubra agora