Chapter 25

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— tá sentindo? — Jisoo brinca fungando o ar, quando vê Jennie se aproximando.

— o cheiro de couro? Estou. — Rosé afirma entrando na brincadeira.

— ha ha ha, deve estar vindo de vocês — Jennie retruca sem ânimo, sentando no banco de frente pra elas, jogando a mochila em cima da mesa.

— o que deu em você? — Rosé questionou.

— meu pai, Rosé, como sempre. — disse chateada respirando fundo.

— seu pai é um pé no saco — Jisoo disse séria levando o pirulito à boca.

— acredita que agora ele veio com uma conversa de que não é mais pra eu ver a Lisa? Ou ir na casa dela porque eu estou "incomodando"? — contou incrédula fazendo o sinal de aspas com os dedos.

— daqui a pouco ele vai te proibir de respirar — Jisoo ironizou.

— mas por que isso com a Lisa? — Rosé questionou curiosa roubando o pirulito da boca de Jisoo, que reclamou.

— eu tô indo bastante na casa dela, mas eu não sinto que incomodo, como ele disse, os pais delas gostam de mim...ela também e eu...eu gosto de passar o tempo com ela — Jennie explicou cabisbaixa e as outras duas se entreolharam.

— certo, eu te conheço muito bem senhorita Kim, fala o que tá rolando — Rosé contestou colocando as mãos na mesa.

— interrogatório? — Jennie indagou cruzando os braços.

— quase isso, vai fala — continuou, voltando a encostar as costas no banco.

— falar o que? não tenho nada pra falar — A morena negou com um certo ar de sarcasmo.

— a tá bom, senhorita Kim — Rosé retrucou com um sorriso sarcástico.

— Deixa ela, Chae, a gente já sabe mesmo, e logo logo ela não vai mais conseguir esconder — chegou a vez de Jisoo provocar e Jennie rolou os olhos negando com a cabeça.

Faltavam ainda dez minutos para o sinal tocar, então ficaram conversando enquanto isso, Yuna chegou uns minutos depois e aparentemente está tudo bem entre ela e Jennie, só por parte dela, porque Jennie já não estava mais tão confortável com os beijos e carícias da garota.

À tarde, lá pelas cinco, Jennie guardou seus materiais na mochila, pois já havia terminado de estudar e desceu com a intenção de ir na casa de Lisa, mesmo que seu pai tenha falado que não era pra ir, a essa altura é muito difícil pra ela ter que ficar longe da tailandesa, sem ver seu sorriso, sem sentir o calor do se corpo quando as duas estão juntas vendo filme, céus, Jennie está mesmo apaixonada.

— onde vai, Jennie? — Augusto perguntou ao chegar na sala e ver Jennie abrir a porta. A garota apenas o encarou tentando arranjar uma desculpa, pois sua intenção era ir na casa de Lisa.

— o que eu te falei ontem, garota?! Será possível que você não pode me obedecer uma vez na vida?! Suba para o seu quarto! Agora! — esbravejou apontando para a escada e Jennie bufou, mas não refutou.

Ela não conseguia entender, não entrava em sua cabeça que ele estava fazendo isso por causa da sua orientação sexual, é injusto, injusto perder o carinho paterno por tamanha bobagem. Por mais que ela odiasse seu pai por tudo isso, ela ainda o amava, querendo, ou não ele era seu pai, pai que quando ela caia de bicicleta, colocava o remédio que ardia em seu joelho mas ele fazia ela rir e dizia que tudo ia ficar bem, o pai que quando ela estava chateada colocava ela no ar para que a mesma imaginasse que estava voando, todos essas lembranças a fizeram desabar em choro, abraçada aos seus joelhos com o rosto escondido ali, era tudo o que ela conseguia fazer, chorar.

YOUR LOVE SAVED ME | JenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora