Capítulo Nove

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No outro dia acordei cedo, Han Seo estava quase que completamente em cima de mim. Quase morri de susto, não calculei bem a força que usei para o empurra pois quando dei por mim ele já havia caído da cama.

- Porra! - ele se sentou com os cabelos bagunçados e a cara amassada.

Eu queria pedir desculpas por ter feito isso no impulso. Mas achei tão engraçado e fofo a expressão que ele tinha no rosto que acabei gargalhando.

Eu gargalhei sem parar de repente por algo tão bobo. Uma funcionária da casa entrou no quarto e assim que me olhou parecia assustada. Como se tivesse vendo o próprio Batman!

- Senhor ? Eu nunca te vi sorrir, muito menos gargalhar - ela diz com um tom de espanto.

- Num é, ele parece adorável quando sorri. - Han Seo diz de repente.

- Sim! - ela parece realmente estupefata com minha expressão de riso.

Eu acabo ficando sério como um animal acuado ou uma criança pega no pulo. Me senti desconfortável pela observação deles. Mas lá no fundo eu gostei, como se eu tivesse esquecido o que é ser humano porém de alguma forma fosse lembrado.

Nós levantamos logo em seguida corri pro banheiro e fui escovar os dentes. Sem demorar uma figura baixa e com voz irritada falou comigo.

- Hyung! Anda logo!

Quando sai do banheiro o homem estava na porta, quase caí em cima dele mas consegui me segurar apesar de ter sido surpreendido.

Ele entrou apressado como de estivesse apertado por dias. E eu apenas acabei sorrindo de novo. Droga!

Enquanto Han Seo se ajeitava decidir ir até o escritório do meu pai. Sabia que ele estaria lá a essa hora da manhã, e ele estava mesmo no meio de um monte de papel distraído.

- Pai...- chamo ele com tom suave.

Chamar ele de pai quase me fazia vomitar, me sentiria mais confortável sendo filho do diabo.

- O que você quer? Você quase estragou tudo! Como pode ser tão fraco e tentar morrer o tempo todo! Agora seu irmão certamente desconfia de alguma coisa. Se ele descobrir demais e se meter no meu caminho e eu o matar desde já me perdoe. A culpa foi sua de qualquer forma.

- O que você fez com ele. - pergunto nervoso.

- O que quer dizer ? Eu não fiz nada com ele ?

- Pai por vídeo chamada ele fingia muito bem. Mas vendo ele de perto sei que tem algo que você não me contou e ele decidiu deixar pra lá. - decidi distrair ele com outro assunto.

- Não se preocupe. Apenas mantenha ele sob controle.

Quando sai do escritório dele me senti menos pesado. Durante aquele dia eu não ligava para mais nada corri até a cozinha onde meu irmão estava sentado a mesa.

Comemos juntos enquanto riamos e falávamos coisas aleatórias. Após comermos nos arrumamos e saímos. Eu e ele tínhamos uma penca de coisas que nunca fizemos a minha lista era maior que a do Han Seo e nos queríamos realizar alguns feitos como irmãos quando tivéssemos a chance.

A primeira coisa que decidimos fazer foi ir ao cinema juntos.

- Então nunca foi ao cinema mesmo, Hyung?

- Eu nunca tive amigos, e nem mesmo ânimo. - repondo direto.

Han Seo usava uma camisa de malha fina  com estampa colorida e uma calça branca. Seus cabelos estavam partidos mais pra a direta, e tinha um certo charme no modo como as ondas caiam sobre seu rosto.

Eu estava com uma blusa de gola alta preta e usava um jeans azul escuro. Enquanto andávamos as pessoas olhavam pra gente. Como se fosse uma visão difícil de acreditar.

Foi engraçado pois a gente teve uma séria briga na hora de escolher a pipoca. Mas quando nos resolvemos começamos a rir sem parar. Nunca tivemos isso antes essa intimidade e brigas.

Agora estávamos brigando por pequenas coisas e isso de alguma forma era reconfortante. Assitir o filme no cinema  foi uma experiência divertida pra mim fiquei animado e prestei atenção em cada detalhe.

Em algum ponto do filme Han Seo simplesmente deitou a cabeça no meu ombro e dormiu. Seu rosto parecia incrivelmente calmo e sereno enquanto dormia.

Finalmente as luzes se acenderam e o filme acabou, foi então que localizei mais uma vez o segundo motivo de estarmos ali.Lee Hong Gong chefe do laboratório de ciências da empresa Babel. O cientista encarregado dos experimentos mais cruéis e desumanos da nossa empresa.

Cutuquei Han Seo de leve e ele acordou enquanto ele ficava desperto eu peguei as coisas que trouxemos pra jogar no lixo. Porém isso era só uma desculpa para descobrir onde o meliante estava indo.

Ele sentou em uma das lojas da Subway e pegou um menu, ele parecia indeciso enquanto olhava o cartaz. Voltei para onde meu irmão estava e ele finalmente havia saído da sala do cinema e me esperava na porta agora usando um óculos escuro no rosto.

- Você acha que dá pra fazer isso ? - Han Seo pergunta.

- O seu rosto é desconhecido para ele. Que tal você descobrir algumas coisas? - sugiro.

Han Seo sorri e assente caminhando lentamente até o sujeito. Han Seo passa pela mesa do homem trombando nele de propósito. Esse incidente provoca que caia o saleiro, um pote com ketchup e o cardápio no chão.

- Oh céus eu sou muito desastrado! Me perdoe! - ele diz imediatamente com força na voz.

Han Seo se abaixa e pega os itens entregando na mão do homem.

- Você está bem eu te machuquei.

- Estou bem, não se preocupe foi um acidente. - ele fala gentilmente.

- Você está realmente bem né? Não disse isso só pra mim ir embora... - ele fala e sutilmente põe a mão sobre o celular dele que estava em cima da mesa.

De modo calculado ele joga o celular dentro da própria calça de modo discreto.

- Eu juro que está tudo bem, não se preocupe. - ele diz firme.

- Ah! Obrigado e mais uma vez me perdoe - Han Seo se afasta dali imediatamente indo até seu irmão.

- Wow! Você deve ter sido um bate carteira na sua vida passada. - falo impressionado.

- Eu sou incrível não sou?

- A parte incrível bem agora - Tiro um dispositivo de dentro do meu bolso. - eu só preciso scanear esse celular e todos os dados dele serão enviados para o meu computador.

- Sério? Simples assim ?

- É uma tecnologia criada por ele mesmo. Agora vai lá e devolva o celular antes de ser taxado de ladrão . - digo após passar o dispositivo sobre o celular e receber a mensagem de que os backups estão no meu sistema.

Han Seo volta a mesa do homem que já estava desesperado enquanto procurava seu celular.

- Moço, peguei seu celular por engano enquanto recolhia as suas coisas do chão. - ele diz com uma voz carismática.

- Ah! Então foi isso que aconteceu. Obrigado por me devolve.

- Tudo bem, desculpa a confusão.

Estou vendo um lado diferente no meu irmão. Um lado bom em enganar pessoas, além de ser dedos leves. Parece que ambos temos habilidades únicas que são bem úteis nessas situações. Espero de coração que fiquemos bem.

Mode PsychoOnde histórias criam vida. Descubra agora