Único, onde lavar o cabelo é trabalhoso demais.

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Andava juntamente ao garoto resmungando baixo coisas sem sentido, havia ido se vacinar e o mais novo se prontificou a acompanhar. Não que isso agora o incomodasse, nada faria a imagem da mais velha jogada em uma poltrona em estado de morte dramática valer menos.

Agora ambos entravam em casa e as reclamações continuavam, agora rodando sobre como ela iria lavar o próprio cabelo e vestiria suas roupas novamente com o braço esquerdo, que pesava tanto quanto algumas toneladas de pedra.
Era visível o drama um pouco– lê-se bastante– exagerado quando a estrangeira citava seguir passos de seus ancestrais e passar uma semana ou até mais sem se lavar devidamente.

— Ei, fuyu, o quê é que 'cê 'tá fazendo aí?

Questionou curiosa assim que o loiro adentrou seu quarto e começou a mexer  todas as partes de seu -nem tão- organizado armário. Viu algumas peças do que julgou ser um pijama rosa de frio serem atiradas com pouca força até a cama e o garoto se virar novamente com uma toalha rosa bebê em seus ombros.

— Vem, eu vou te ajudar.

O garoto falou sorridente esticando sua mão como um convite, este que logo foi aceito com o contato da outra parte.

Agora já em baixo da corrente de água morna do chuveiro o garoto sem empenhava em lavar seus fios, enquanto cantarolava uma música que jurou reconhecer.

“and running my fingers into your head it's so sweet"

— Eu odeio essa estação

Comentou sobre o inverno que acabava de chegar assim que viu o corpo de sua amada tremer quando o vento frio causou um choque térmico no corpo até instantes quente.

No momento auxiliava a namorada a se vestir, essa situação provavelmente seria vergonhosa, se não fosse Chifuyu ali, com aquele sorriso amoroso e olhar calmo.

Penteou, secou e até mesmo fez o penteado costumeiro da menina, apesar da dificuldade conseguiu fazer os falsos chifres que mais pareciam orelhas de gato e suas trancinhas que ficavam soltas.

Organizou a pouca bagunça feita, negando qualquer ajuda de sua companheira, essa que já poderia se sentir melhor apenas pelos mimos do namorado.

Não demorou muito para,que o Matsuno acomodasse ambos na cama e puxasse o notebook, lhe olhando como se esperasse algum comando ou idéia a seguir.

— E se a gente assistir algum filme do studio ghibli?

Soltou como quem não queria nada, sabia que o garoto adorava as animações.

— Castelo animado?

Perguntou recebendo um sorriso, que no momento funcionou como uma confirmação.

Assim que colocou o filme pode se preocupar apenas em tomar cuidado ao passar o braço pelo ombro da garota quando fosse abraçar a mesma.

E era incrível a sensação de ser “o xodó” de Chifuyu Matsuno, você provavelmente nunca se cansaria daquilo, e sabia que ele também não.

Vacinação - Matsuno ChifuyuOnde histórias criam vida. Descubra agora