É tão fácil perder a cabeça
Explodir sempre é a opção mais acessível
É tão difícil impedir que aconteça
Manter a calma às vezes é impossívelTalvez eu tenha dito demais
Muito mais do que eu gostaria
Tentei deixar a raiva pra trás
Me segurei até onde eu podiaPor que é tão fácil perder o controle das minhas ações?
Eu só queria ser menos explosivo
Estar calmo o suficiente para tomar decisões
Talvez assim eu tivesse um comportamento menos corrosivoAqui jaz minha sanidade
No buraco que eu mesmo cavei
No momento que o meu coração esteve cheio de maldade
E, logo em seguida, junto, me enterreiAqui jaz minha sanidade
Junto com os pedaços do meu coração
Que um dia já esteve em liberdade
Mas também foi perdida depois da explosãoAqui jaz minha sanidade
Junto com o que sobrou da minha esperança
Queria poder dosar minha intensidade
Talvez, assim, os pedaços da minha mente teriam direito a fiançaParece tão simples perder a calma
É tão fácil quando estou fora de mim
Sinto que perdi o controle da minha alma
Tudo parece perdido, tão de repente assimÉ tão fácil gritar e xingar o quanto eu quiser
O gosto do arrependimento é amargo
Mais tarde será tarde demais para dizer
Por que eu sempre deixo a impulsividade assumir o cargo?Eu queria controlar meus impulsos
Contar até mil, se fosse preciso
Da minha própria mente fui expulso
No fim do dia, por que sempre parece que eu estou indeciso?Aqui jaz minha sanidade
Todo e qualquer resquício de empatia me abandonou
Por que sempre reina a infelicidade?
Uma pegadinha que a minha própria mente orquestrouAqui jaz minha sanidade
Tento impedir que as boas lembranças se apaguem
Seria mais fácil vestir a capa da invisibilidade
Sumir antes que as últimas gotas de esperança acabemAqui jaz minha sanidade
Enterrada 6 pés abaixo do campo de girassóis lunares
Tem sido cada vez mais difícil acreditar na invencibilidade
Minhas lágrimas de raiva já formaram maresAchar meu caminho pelo campo de girassóis tem sido cada vez mais difícil
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aonde foram as borboletas • volume 1
PoetryUma coletânea de poemas sobre ansiedade, medos e inseguranças. "Meu estômago se enche de borboletas. Então é aí que elas estão?" • • • • • • #3 em poesia (03/10/2021) #2 em poesia (04/10/2021) #12 em poesia (06/04/2022)