Capítulo XXXIII - Acerto de contas 0.1

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⚠️ AVISO DE GATILHO ⚠️

- homofobia.

Obs.: O que é dito pela personagem não representam a verdadeira opinião do autor.
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[07 de outubro]

— Obrigada por vir comigo, Gaa.

— Falei que pode contar comigo.

Depois de conversar e esclarecer tudo com seu pai, Matsuri passou a morar com ele. Agora estava sendo acompanhada por Gaara até a casa de sua progenitora para pegar algumas de suas coisas e objetos pessoais.

O caminho era longo já que sua antiga casa ficava em uma área mais afastada do centro, mas nenhum dos dois se importou com isso já que não tinham pressa alguma. 

— Tá preparada?— perguntou quando estavam parados na calçada em frente a casa.

Juntou sua coragem. Respirou fundo, estufou o peito e segurou a mão de Gaara.

— Estou!— exclamou com confiança.

Bateram à porta e esperaram que a senhora Aika os atendesse.

— Quem é q-... Você— falou com certo desgosto ao ver a filha parada a sua frente.

— Vim pegar minhas coisas— passou com o objetivo de não falar nada mais que o que for extremamente necessário.

— Finalmente deixou essa doença nojenta de lado?— cruzou os braços.

— Que doença? Você é a única com esse preconceito descarado aqui, Aika— entrou no quarto e começou a pegar algumas roupas e livros escolares.

Gaara a acompanhou e a mulher correu até eles, parando na porta do quarto.

— Agora, além de ter virado uma sapatona que quer ser homem, também é puta, quem é esse menino?!

— Eu não virei, eu SOU sapatão— virou para ela com toda sua raiva acumulada explodindo em si— e com orgulho! Eu não quero ser homem por gostar de meninas e-

— Quer o que então?! Se aparecer ou só me irritar?! Eu não mereço is-

— Não me interrompa!— apontou para a mulher— Ele— sinalizou o ruivo— é a porra do meu melhor amigo e é a caralha da ÚNICA pessoa que sempre esteve comigo. A PRIMEIRA pessoa que eu senti que me ama de verdade!

— Pare com essas bobagens!  EU SEMPRE AMEI VOCÊ, mas agora você inventa essa coisa— fez gestos com as mãos— de querer gostar de mulher.

— Eu não inventei porra nenhuma! E você me amou tanto que me bateu e expulsou de casa por ter nascido assim!

— Ninguém nasce assim, você escolheu pecar. Não sei o que fiz p'ra merecer isso, meu deus.

— Você não merece! Não merece uma filha como eu e EU MEREÇO MAIS QUE VIVER COM UMA PESSOA TÃO FILHA DA PUTA QUANTO VOCÊ! 

— ABAIXA A VOZ P'RA FALAR COMIGO, SUA PIRRALHA MAL CRIADA. EU SOU SUA MÃE, ENTÃO ME RESPEITE!

— Eu respeito quem me respeita, Aika.

— ORA, SUA...— ergueu sua mão.

— VAI! ME BATE! NÃO É ISSO QUE QUER, MAMÃE?!— falou com certa decepção na voz— NÃO ME IMPORTO MAIS. Nada do que você fizer vai mudar o quanto te desprezo.

Matsuri a encarava próxima o suficiente para que o tapa acertasse seu rosto. 

Gaara a segurou pelos ombros e a puxou para trás. As pontas dos dedos de Aika passaram a centímetros do rosto da morena.

Remédio - (Gaanaru - Narugaa)Onde histórias criam vida. Descubra agora