Um trágico ocorrido separa pai e filha. Perseguido por fantasmas de seu passado, Robert tem sua filha levada de sua própria casa por um cruel homem, chefe de uma das maiores organizações criminosas do país, Night Killers.
Albert, um homem tomado pel...
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Isso é definitivamente estranho.
Sim, tenho certeza disso.
Como se não bastasse me deixar plantada sem qualquer explicação naquele banheiro, o clima que se instalou no clube depois daqueles gritos é, para dizer o mínimo, incômodo.
Não estou com raiva de Hell. Aliás, estou sim, mas não por ele ter fugido daquele jeito e sim por arruinar minha diversão. Ele me fez perder tempo. Se eu soubesse, teria arranjado outras maneiras de me entreter ao invés de perder tempo com ele.
Maldito.
Enfim, o que me incomoda agora é como mencionei anteriormente, o clima de bosta que está predominando no ambiente. Ninguém diz nenhuma palavra sobre aqueles gritos, apenas agem com incômodo e desconforto, sendo nítido em seus rostos, o fato de não saberem lidar com aquele acontecimento.
Essa merda está parecendo um enterro.
Será que eles estão torturando alguém nesse lugar? Nah, não faz sentido. Se esse fosse o caso, não estariam com essas expressões cabisbaixas.
Bom, que seja. Não é da minha conta.
Agora quem parece que está indo à um enterro, sou eu. Depois de amanhecer, um dos homens desse clube bateu na porta de meu quarto avisando-me de que Robert queria falar comigo em seu escritório.
Eu tinha esquecido do detalhe de que na última vez em que tinha pisado em seu escritório, prometi que voltaria quando conseguisse o pen-drive de Jonathan.
A lentidão dos meus passos denuncia minha vontade de ter que interagir com aquela gente novamente.
Uau, estou tão animada.
Alcançando seu escritório, dou três batidas para indicar minha chegada, para em seguida, abrir a porta sem esperar sua resposta.
— Robert, eu sei que o clima não é o melhor mas... – O homem que estava interagindo com Robert cessa sua fala ao pousar o olhar em mim. Olhar incriminador, devo destacar.
Por que diabos ele está olhando assim para mim?
Escaneando o escritório de forma lenta, posso perceber que todos já estão reunidos aqui. Acho que preciso mencionar o detalhe de que todos também estão me encarando de maneira duvidosa e estranha.
Que seja. Nem sequer vou perder meu tempo tentando decifrar o por quê desses olhares. Eu não fiz porra nenhuma.
Arrastando-me de maneira preguiçosa para a cadeira em frente à mesa de Robert, sento de maneira desleixada assim que a alcanço.
— Estou aqui.
Um suspiro irritado é emitido do homem ao lado de Robert.
— Você... – Ele aponta para mim, encarando-me com desprezo. — Saia.
