Capítulo 16

48 27 0
                                    


   — Marion, por favor. Eu sei que isso está estranho, mas precisamos voltar lá para dentro — Adam segura a noiva pelos ombros, para que ela pare de andar de um lado para o outro.

   — Não, Adam, não! Vai me dizer que são apenas coincidências? Que o nome desse tal homem é apenas a porcaria de uma coincidência infeliz, onde o nome desse homem é idêntico ao do meu pai? Depois de descobrirmos que o Henrique está vivo?

   — É claro que não, meu amor. Concordo com você. Na verdade, eu achei toda essa história "de troca repentina de representantes" bem estranha — ele suspira com um certo pesar. — Olha, me espera no carro enquanto eu termino essa conversa. Pode ser?

   — Eu vou dar uma volta, não se preocupe. Só me ligue quando tiver terminado aqui.

   Marion dá um sorriso triste e sai caminhando dali.

   — May! — Adam chama e ela vira para olhá-lo. — Prometo que farei ele exclarecer tudo isso.

   — Obrigada, meu amor.

   Adam sorri gentilmente e volta para o restaurante.

***

   As batidas do coração de Marion ressoavam em seu ouvido conforme ela corria. Seus saltos agora estavam em sua mão e, apesar do suor, também vestia a jaqueta branca.
 
   Não havia perigo, mas Marion resolveu correr para liberar um pouco de sua ansiedade. Assim que ela se afastou o suficiente do restaurante, vestiu a jaqueta e retirou os sapatos. Se estivesse correndo na direção certa, provavelmente, já estaria em casa. Apenas parou de correr quando ouviu o seu toque de telefone. Encostada em um poste de luz, atendeu.

   — Alô?

   — Finalmente! Pensei que teria que dar queixa na polícia. Aonde você está, hein?
   — Stacy?!

   — E quem mais poderia ser? Agora pode, por favor, responder minha pergunta?

   — Estou na rua. Desculpa não ter atendido antes.

   — Está com o Adam?

   — Hm, mais ou menos isso. Precisa de alguma coisa?

   — Sim. Que você venha para casa, pois é falta de educação deixar as visitas esperando do lado de fora.
 
   — Espera. O quê? — Apesar de todos os sentimentos negativos que pairavam sobre a mulher, foi impossível que ela contesse o sorriso. — Você está aqui em Londres? Na porta da minha casa, é sério?

   Stacy dá uma gargalhada do outro lado da linha, antes de responder.

   — Falando desse jeito, até parece criança. Mas sim, eu estou bem aqui em frente à porta da sua casa, esperando sua boa vontade para retornar.

   — Stacy, você não poderia ter vindo em momento melhor — Marion suspirou ao se lembrar do que aconteceu há poucos minutos no restaurante. — Sério, estou mesmo precisando de você agora.

   — Ah, eu sou incrível! — as duas riram. — Me fala aonde está, que eu tento te encontrar.

   — Só passou alguns anos fora e já se esqueceu de como andar na cidade?

   — Ao contrário de você, eu não sou daqui, portanto, sim eu esqueci completamente. Não é como montar uma planilha, sabia?! Mas não precisa ter medo de eu me perder. O GPS dá uma ajudinha.

Assassina de Luxo [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora