— Marion, por favor. Eu sei que isso está estranho, mas precisamos voltar lá para dentro — Adam segura a noiva pelos ombros, para que ela pare de andar de um lado para o outro.— Não, Adam, não! Vai me dizer que são apenas coincidências? Que o nome desse tal homem é apenas a porcaria de uma coincidência infeliz, onde o nome desse homem é idêntico ao do meu pai? Depois de descobrirmos que o Henrique está vivo?
— É claro que não, meu amor. Concordo com você. Na verdade, eu achei toda essa história "de troca repentina de representantes" bem estranha — ele suspira com um certo pesar. — Olha, me espera no carro enquanto eu termino essa conversa. Pode ser?
— Eu vou dar uma volta, não se preocupe. Só me ligue quando tiver terminado aqui.
Marion dá um sorriso triste e sai caminhando dali.
— May! — Adam chama e ela vira para olhá-lo. — Prometo que farei ele exclarecer tudo isso.
— Obrigada, meu amor.
Adam sorri gentilmente e volta para o restaurante.
***
As batidas do coração de Marion ressoavam em seu ouvido conforme ela corria. Seus saltos agora estavam em sua mão e, apesar do suor, também vestia a jaqueta branca.
Não havia perigo, mas Marion resolveu correr para liberar um pouco de sua ansiedade. Assim que ela se afastou o suficiente do restaurante, vestiu a jaqueta e retirou os sapatos. Se estivesse correndo na direção certa, provavelmente, já estaria em casa. Apenas parou de correr quando ouviu o seu toque de telefone. Encostada em um poste de luz, atendeu.— Alô?
— Finalmente! Pensei que teria que dar queixa na polícia. Aonde você está, hein?
— Stacy?!— E quem mais poderia ser? Agora pode, por favor, responder minha pergunta?
— Estou na rua. Desculpa não ter atendido antes.
— Está com o Adam?
— Hm, mais ou menos isso. Precisa de alguma coisa?
— Sim. Que você venha para casa, pois é falta de educação deixar as visitas esperando do lado de fora.
— Espera. O quê? — Apesar de todos os sentimentos negativos que pairavam sobre a mulher, foi impossível que ela contesse o sorriso. — Você está aqui em Londres? Na porta da minha casa, é sério?Stacy dá uma gargalhada do outro lado da linha, antes de responder.
— Falando desse jeito, até parece criança. Mas sim, eu estou bem aqui em frente à porta da sua casa, esperando sua boa vontade para retornar.
— Stacy, você não poderia ter vindo em momento melhor — Marion suspirou ao se lembrar do que aconteceu há poucos minutos no restaurante. — Sério, estou mesmo precisando de você agora.
— Ah, eu sou incrível! — as duas riram. — Me fala aonde está, que eu tento te encontrar.
— Só passou alguns anos fora e já se esqueceu de como andar na cidade?
— Ao contrário de você, eu não sou daqui, portanto, sim eu esqueci completamente. Não é como montar uma planilha, sabia?! Mas não precisa ter medo de eu me perder. O GPS dá uma ajudinha.
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Assassina de Luxo [Concluído]
RomanceUma infância destruída pelo melhor amigo de seu pai. Durante muito tempo, Marion sentiu vergonha de si mesma e do seu corpo depois de tudo o que aconteceu. Jurou nunca confiar em ninguém que tentasse se aproximar dela. Mas o tempo passou e ela cresc...