Lilith Hastings Grindelwald
Tudo é escuro e sombrio, me sinto perdida, correndo sem rumo, em um vazio.
Ainda consigo ouvir todas as palavras de Grindelwald, todas as humilhações, ainda sinto as mãos de Carrow percorrendo meu corpo e não consigo evitar de sentir nojo, nojo dele e nojo de mim mesma.
As visões mudam rapidamente como uma tortura, meu corpo todo dói, queima, tento sair desse devaneio mas falho, meu corpo perdera toda a força que lhe restava, fazendo com que eu me sinta pequena e vulnerável. Eu estou morta?
Não, não, não, eu não devo estar morta por que dizem que o fim não dói, e está doendo tanto agora.
Escuto uma voz longe, chamando meu nome, várias e várias vezes, vou correndo na direção da voz, correndo pelo vazio, vejo uma pequena luz, na direção da voz, seria essa uma luz no fim do túnel?
Conforme vou chegando mais e mais perto a luz vai ficando mais intensa, a voz ficando mais alta, uma voz feminina, a voz da minha mãe. A voz que por um bom tempo eu achei que nunca me lembraria.
Me jogo na luz e sinto o ar preencher meus pulmões, doendo tudo o que havia em mim, abro os olhos com dificuldade tentando me acostumar com a claridade do ambiente.
Meu peito subindo e descendo enquanto minhas mãos tremiam, meu estômago se revirava querendo devolver o que quer que eu tivesse ingerido mais cedo. Não consigo me lembrar de quando foi a minha última refeição.
"Você está bem, você está bem, está salva" diz a enfermeira sentando-se ao meu lado enquanto alisava meus cabelos.
A olho por um momento e depois analiso o lugar, eu estava na enfermaria do castelo. Eu estava salva.
"Há quantos dias eu estou aqui?" Pergunto com a voz rouca.
"Há uma semana" disse calmamente "você ficou em coma depois de... de suportar as maldições" hesitou por um momento antes de continuar "chegou à Hogwarts ontem à tarde, todos concordaram de que ficaria mais segura aqui"
"E Grindelwald? E Aidan? Como está meu pai?"
"Acalme-se, Dumbledore derrotou Grindelwald e o prendeu para sempre em Nurmengard, seu pai e Aidan estão bem" disse se levantando e andou até um enorme armário de remédios "seu namorado esteve aqui o tempo todo, ficou sentado por horas te observando ou lendo, ele não é muito de conversar, é?" Sorriu docemente para mim, me pergunto por alguns segundos de quem ela poderia estar falando.
"Eu não tenho namorado" digo confusa.
"Não? Então você e o rapaz dos lindos olhos cinzas não são nada?" Perguntou com malícia "ah olha só, aí está ele!" Disse sorrindo olhando em direção à porta de entrada.
Olho em direção à porta e vejo Riddle entrando com um livro na mão.
"Finalmente acordou" disse me encarando atentamente, me analisando por completo, poderia dizer que seu rosto se iluminou ao me ver acordada.
"O que está fazendo aqui?" Pergunto e observo a enfermeira sair, ainda com o sorriso malicioso.
"Vim ver como está, não é óbvio?"
"E por que?" Digo pondo as duas mãos na cabeça na tentativa de amenizar a dor.
Observo o mesmo bufar e me lançar um olhar de tédio antes de se levantar e pegar um remédio em cima da mesa.
"Tome isto"
"Pra que serve?"
"Droga Hastings, será que pode tomar logo? Vai diminuir sua dor de cabeça"
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Predestinados - Tom Riddle
Fanfic📌Essa história é de minha autoria. Lilith Hastings, uma jovem em seu último ano de Hogwarts, assombrada por fantasmas desconhecidos do seu passado, com segredos tão profundos que até mesmo ela desconhece. Tom Riddle, o jovem ambicioso que acredita...