Capítulo Único

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Hey you caro leitor, sejam bem vindos a Drinks and Cigarettes, uma história em que espero passar a vocês uma moral, ao final, por favor me digam se descobriram ela. Espero que gostem do One Shot.

...

Mais uma vez ela se encontrava naquele lugar, seu fiel companheiro, o balcão do bar. A garota da voz potente que tinha boa reputação entre os amigos, na verdade não era nada disso, não queria nada disso. Ela apenas queria ficar ali, acabando com o pulmão e o fígado, porque não, certo? Pelo que ela poderia lutar a fim de continuar a vida?

Os cigarros lhe traziam a calmaria de uma conturbação que vivia, relaxava sua alma e lhe fazia se permitir o descanso. A bebida trazia a sensação de felicidade, mesmo que momentânea. Os dois juntos a faziam ir ao céu e voltar em questão de segundos.

O dono do bar já a conhecia, muitas vezes bebeu junto a garota, mas hoje tentava a fazer voltar para casa e descansar da forma correta que se precisa, e não do jeito químico que a dupla fazia. Irritada e xingando meio mundo, Jihyo se levantou e deixou o lugar. Não iria para casa, pois essa, só lhe trazia problemas atrás de problemas.

Dopada pelo cigarro e perdida pela bebida, sem ter senso de direção, foi para onde seus pés lhe mandavam ir.

A noite estava bonita de ser observada, o céu escuro se clareava levemente pelos reflexos dos raios solares presos à lua, ela que estava em posição oposta ao sol, era lua cheia naquela noite. Dizem pescadores, que é nessa época que se tem mais oportunidades de caças grandes e fartos, porém, a garota pouco ligava.

Andou e andou pelas ruas da cidade de Seul, via lugares que antes poderiam ser considerados por si, paz, mas hoje não se passavam de lugares quaisquer. Andou mais um pouco e enfim parou em uma praça.

Sentou em um dos bancos e ficou olhando para o céu. Jihyo não podia negar que a lua estava bela naquela hora, sua luz que batia contra a tez daqueles ainda acordados transitavam pelas ruas da grande cidade, iluminando caminhos e destinos. Ela apenas parou de pensar quando uma doce e linda voz adentrou seus ouvidos em forma de resmungos.

— Você cheira cigarro.

A coreana soltou um leve riso, e lembrou como eram os bancos dali, os famosos bancos compartilhados, de um lado sentava-se alguém, do outro ficando de costas ao primeiro, se sentava o segundo. E então, sem se virar ela respondeu.

— Talvez porque eu fume, só talvez.

Um riso sarcástico fora proferido ao ar.

— Sabe como isso faz mal ao pulmão?

— Sei.

— E continua porque?

— Me traz sensação momentânea de liberdade, pessoa estranha.

— Sabe que pode ser liberta sem precisar de substâncias desse porte, correto voz de fumante?

— Correto, mas não sei como, nunca procurei algo que se encaixasse no lugar de meus vícios.

— Porque não quis.

— Correto novamente.

O silêncio foi presenteado mais uma vez. De um lado e do outro do banco haviam duas pessoas com problemas pessoais, pessoas que fugiam do real para o irreal a fim de buscar paz e felicidade em coisas que não davam nem um e nem outro.

— Estranho pensar que tive essa conversa com uma desconhecida em uma praça.

A voz da pessoa até agora desconhecida por Park, proclamou pelo ar e adentrou mais uma vez seus tímpanos.

Drinks and Cigarettes - MiHyoOnde histórias criam vida. Descubra agora