um sangue diferente

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Capítulo 1: Um sangue diferente

Desde os primórdios, somos expostos a forças que pairam por todos os lugares do mundo, forças essas que podem curar, machucar, construir, derrubar, prender ou, libertar...

Durante toda a evolução humana, começaram a surgir indivíduos que conseguiram ter a aptidão de manipular essas forças e usá-las ao seu favor e a favor do que estar a sua volta, e apenas com um pequeno gesto de suas mãos e o pensamento latejando suas intenções em suas cabeças, era possível presenciar aquilo que os inocentes chamavam de milagre, já outros, estranhavam e temiam essas pessoas pelas suas diferenças e as mal travava de formas barbaras e desumanizantes. Com o passar das eras os homens que tinham tais aptidões, não eram prudentes o suficiente para conseguir ter em si o auto controle para com os demais, causando assim a sua quase extinção, já as mulheres, era uma outra história.

Com o passar do tempo, gerou uma febre durante o desenvolvimento humano, a existência de religiões fanáticas e doentias para com suas divindades superiores, condenando todas as mulheres que eram diferentes e que aparentemente não eram adeptas de suas mesmas crenças, às rotulando de tudo o que era pejorativo, às chamando de profanas e demônios. Várias mulheres que tinham tais dons, pereceram pelas mãos daqueles que não tinham nada além de suas intolerâncias, em meio de torturas, sepultamentos e total carnificina, aquelas que ainda restaram precisavam se esconder, se manter seguras dos olhares e dos julgamentos daqueles que eram a maioria, o medo as ensinaram a tática da descrição, e assim permanecer em paz em meio a tanta matança. A entidade cósmica feminina que pode ser representada por tudo que remete o sagrado feminino, intercedeu por essas mulheres, ás concedendo a uma descendente da família de todas presentes, o poder supremo dentre elas, e seguiria havendo uma líder para cada família, e assim essas líderes se tornariam mulheres notáveis dentro de uma possível comunidade que surgira, elas se auto proclamaram de feiticeiras dando espaço para cada feiticeira alfa para liderar sua linhagem e prosseguir repassando o poder para sua herdeira, e assim as guiar em meio de tantas mudanças e terror.

O tempo das trevas já havia passado, e as ameaças não passavam de ameaças, linhagens e grandes impérios se levantaram, sendo reconhecidos e respeitados por toda a comunidade feiticeira restante e próspera nos dias atuais. As feiticeiras alfas da época das trevas, já haviam passado a coroa há muito tempo, e assim veio seguindo a hierarquia de sangue, carregando grandes nomes, e meu sobrenome era um dos mais respeitados, as mulheres Vésper carregavam em sua reputação, a honra de conseguir ser bem sucedidas e influentes desde a era das trevas, carregando suas características peculiares e traços que naturalmente não encontramos na natureza...digamos que não é normal ver cabelos cianos crescerem da raiz de nossos couros cabeludos, uma graça que não pude ter por ter nascido bastarda, da minha raiz, apenas brotava fios castanhos porem em minhas pontas, não consigo compreender o que acontece que as faz receber o tom mais que ciano da minha família por parte de mãe. Eu a queria ter conhecido, a abraçado e sentido seu perfume que eu imagino que seria o mais agradável possível, mas infelizmente ela não está mais comigo.

Minhas tias não olham para mim, sinto que elas sentem receio de olhar nos meus olhos e não me culpar pela morte de minha mãe, todos os dias sinto a desaprovação que sou apenas por cruzar os caminhos dos meus familiares dentro da mansão na qual resido, eles me enxergam como uma decepção, e, que nunca vou acender meus poderes, nem mesmo quando eu fizer dezesseis anos, hoje tenho quatorze, e sinto uma vibração muito ruim no ar, algo que seca minha garganta e me dá calafrios, desde que nasci sinto que não sou bem vinda a essa vida pelo tratamento ardiloso que recebo todos os dias, sei que as minhas tias valorizam a etiqueta e os bons costumes, por isso sempre tentei ao máximo agrada-las nesse quesito, já que não consigo nem sequer levitar um lápis ou curar um pequeno animal, algo que com certeza minha irmã mais velha faria, ela é formidável! A admiro muito, mas, sinto que ela também me culpa pela morte da mamãe. Eu também me culparia. Meredith tem dezessete anos, e é a mais jovem dentre as feiticeiras alfas, ela é exemplar, e sempre é requisitada em todas as reuniões propostas pelas outras alfas de outras famílias que também, carregam sobrenomes de peso. Fico me perguntando se um dia serei como minha irmã. Mas não passo de uma bastarda filha de uma feiticeira com um homem humano.

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⏰ Última atualização: Oct 14, 2021 ⏰

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