Capítulo 38

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Amoressssss mais um CAP para vocês, amo vocês e me ajudem com os erros e obrigada pelos 3k de visualizações. Foto do Tom acima.

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Tom estava na sua terceira dose de uísque. Tinha achado que levou um bolo, já fazia meia hora e a pessoa não tinha chegado ao recinto. Era angustiante o pensamento de que não iria vê-la. O encontro foi marcado no hotel que sempre frequentavam quando estavam juntos... De frente para o mar na praia de Boa Viagem. Um hotel cinco estrelas. Teria que esconder a fatura do cartão para que a sua esposa não visse.

Infelizmente, ainda se preocupava muito com o que a Eliza pensava, mesmo não a amando, não queria que a mesma o deixasse. Querendo ou não, precisava dela para manter a sua farsa viva. Se os seus pais descobrissem... Sem contar que tinha preconceito consigo mesmo. Nunca se aceitou. Para si, era mais fácil ter uma vida dupla, no entanto que ninguém soubesse do seu caso extraconjugal...

Caso extraconjugal... Como era feliz tendo o seu caso. Desde que terminou era um homem triste. Amargurado. Não era mesmo, e nunca seria sem o seu verdadeiro amor ao lado. Depois de mais um gole de uísque, o viu entrando... O seu coração aumentou as batidas e os seus olhos marejaram.

Estava lindo! O corpo estava mais malhado desde a última vez que o viu, porém, continuava atraente. Usava uma camisa social e calça jeans. Andava calmamente, não parecia compartilhar do mesmo nervosismo do Tom. Isso causou medo. Será que não o amava mais?

Os olhos se cruzaram. Tom sorriu, porém, o seu amado continuava sério... Ele tinha uma carinha de cachorro pidão na realidade... O cabelo estava cortado, o rosto com barba e cavanhaque o deixava mais charmoso e os óculos de sol o deixavam intelectual.

Ele se aproximou timidamente. Tom levantou-se para recebê-lo. Ficaram parados um na frente do outro por um longo tempo, apenas deixando os olhos se comunicarem. Até que não suportaram mais e se abraçaram comovidos.

— Steve... — Tom murmurou no ouvido do seu amado, sentindo o cheiro tão delicioso dele.

— Tom. — Steve respondeu baixinho, sua voz estava trêmula.

Ambos pareciam sofrer com a distância. Estar juntos novamente era um acalanto para os corações tão apaixonados. Sentiram vontade de se beijar, até sorriram quando se afastaram e a vontade estava explicita em seus olhos. Mas não podiam fazer isso em público, e também, tinha um assunto para resolver.

— Você quer beber alguma coisa? — Tom perguntou para o Steve assim que se sentaram.

— H2O com rodelas de limão. — Steve respondeu.

Steve não bebia e também não fumava. Não tinha vícios, era um ser humano bastante pacífico, e também era vegano, tinha respeito por todos os seres vivos e não achava admissível se alimentar deles. Ao todo, era politicamente correto. Depois que a bebida chegou.... Deu um gole. Estava nervoso por estar novamente com o Tom, mesmo não transparecendo.

— Está do jeito que gosta?

— Sim, querido. Muito obrigado. — Tom ajeitou-se na cadeira. — Agora me conte sobre a filha de Callie ... Sofia, não é?

Tom entortou a boca, não queria falar sobre isso, porém, o tinha chamado exatamente por esse assunto. Contou o pouco que sabia, e não deixou de fora o fato que a Callie confirmou que a filha era do Steve.

Steve escutou tudo em silêncio. Desde que soube que supostamente tinha uma filha, o seu coração explodiu de amor. Sempre quis ter filhos, só não achava que uma pequena aventura numa boate proporcionaria isso. Estava morto de ciúmes no dia que conheceu a Callie... A viagem era pra ser romântica e divertida. Porém, o Tom tinha estragado tudo ao flertar descaradamente com uma moça. Para se vingar.... Ficou com a primeira mulher que surgiu em sua frente. Depois, tudo tinha sido uma confusão... O Tom o flagrou com a Callie, e quase bateu nela, só não fez porque o Steve o impediu. Mas os três foram expulsos da boate.

Callie estava tão bêbada que não conseguia manter em seus próprios pés. Então, o Steve teve a decência de colocá-la num táxi e pagar a corrida. Depois desse dia, o seu relacionamento com o Tom foi se afundando consideravelmente. E claro, o fato de ele ser casado também contribuiu muito. A Eliza sempre fazia inferno. A mulher parecia uma praga na vida de qualquer um!

— Eu quero vê-la! — Steve disse com felicidade. — Preciso vê-la. Quero tocá-la, sentir o seu cheiro, abraça-la.... Preencher esse tempo que fiquei sem tê-la. Oh, eu preciso conhecer a minha filha.

Tom ficou dececionado com a animação do Steve . Nem sequer questionou sobre a paternidade.

— E se não for a sua filha? Essa mulher pode ser uma leviana e ter dormido com vários. — Tom tentou semear a dúvida. Recebeu um olhar quase dececionado do Steve. Aquela cor dos olhos, idênticas da menina.

— Acredito que não. Me responda com sinceridade. Você acha que Sofia se parece comigo? — Steve sorriu pela primeira vez desde que chegou.

Poderia mentir. Dizer que não. Mas conhecia o Steve. Ele iria querer falar com a Callie e ver a menina de todo jeito. Então...

— Sim. Se parece muito. Eu não a vi por muito tempo, mas... A cor dos olhos é idêntica, e o sorriso também.

Steve colocou a mão na boca e sorriu ainda mais, emocionado. Os seus olhos brilhavam ainda mais. E Tom se sentiu miserável por não pode compartilhar dessa felicidade tão ingênua.

— Você tem uma foto dela?

— Não. — Tom deu um gole da sua bebida.

— Preciso conversar com a Callie... Ah, eu quero ver a minha filha o mais rápido possível. Você não pode ligar e marcar um encontro? Ou sei lá, me levar em sua casa?

— Por que não vamos com calma? — Tom colocou a sua mão em cima da de Steve.

— Calma? Estou um ano e dois meses sem conhecer a minha filha. Não posso ficar calmo agora. — Steve respirou fundo e puxou a sua mão.

— Eu sei que é um bom tempo. Mas você não está considerando a opinião de Callie... Não sabemos se ela vai realmente querer lhe apresentar a menina. Deixe-me falar com ela, por favor. — Tom pediu com a voz doce.

Steve pensou um pouco. Era melhor do que nada. Não conhecia a Callie, e ela de fato poderia colocar algumas barreiras. Tentou se acalmar, deu um gole em sua bebida, então, se deu conta da mão do Thor na sua. Puxou a mão suavemente, porém, recebeu um olhar magoado do homem á sua frente.

— Eu tenho que ir. — Steve avisou a se levantar.

— Mas já? Achei que conversaríamos sobre... — Tom baixou o tom de voz. — Nós.

— Gostaria de fazer isso. — Steve confessou com um meio sorriso. — Mas pode ser amanhã? Á noite? Estou com uma campanha grande para entregar.... É para amanhã e ainda precisa de alguns ajustes. Um jantar, que tal?

Tom queria ficar com ele, agora! Mas sabia como o trabalho de Steve era... Sempre que tinha uma campanha de publicidade grande, era bastante estressante.

— Tudo bem.

— Ás oito, pode ser?

— Sim.

— Até. — Steve deu uma leve acariciada na mão do Tom e foi embora.

Tom ficou olhando o seu amor ir embora... Mas em seu peito, sentia que amanhã seria um dia especial.

ғᴀᴢ ᴅᴇ ᴄᴏɴᴛᴀ (adaptação) CalzonaOnde histórias criam vida. Descubra agora