Capítulo 1

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Alana

Pra quem não me conhece meu nome é Alana Mahuli Roy, sim, meus pais queriam diferenciar, por causa disso meu nome do meio é literalmente uma montanha na Índia. Meu nome literalmente significa "rocha" ou um marco de força, o que foi por essa razão que minha mãe escolheu esse meu nome. Eu, Alana, sou filha única de pais divorciados, mas que fui uma benção na vida deles eu fui. Eles tentaram anos ter um bebê, que no fim veio a minha pessoa. Meu pai ele é francês, foi para o Brasil a negócios e acabou conhecendo minha mãe e blá blá blá, o mesmo clichê de sempre. Eles acabaram casando e demorou uns 3 ou 4 anos pra querem ter filhos. Bom, depois que me fizeram, eles acabaram que não dando mais certo, eles simplesmente ficaram distantes. Minha mãe como não é nada fácil, meu pai pior ainda, acabou que depois dos meus 2 anos de idade eles se separaram. Hoje, meu pai voltou pra França, casou e de vez em quando eu vou pra lá pra passar um fim do ano com ele (ele mora bem longe de Paris, mora em uma fazendinha do meu vô). E a minha mãe continua solteira até hoje, porém ela é bem safadinha aquela mulher.

Eu tenho meu melhor amigo, o Ethan, ele era meu vizinho, ou seja, conheço o nerd desde que me entendo por gente. Ele sempre foi uma pessoa muito companheira, apesar de ser muito quieto, na dele, ele sempre me ajudou em tudo, e eu amo aquele menino, sério. Ethan Álaf Rocha, o nome dele é lindo, mas ele não gosta quando chamam ele de Álaf, diz ele que ele se sente muito velho, não me pergunte o por que disso, mas eu o respeito. Ele não estudava na mesma escola que eu, porém a gente ia todos os dias pra escola juntos quando pequenos, ele sempre me deixava no portão da minha escola e ia para a dele depois(ficava tipo umas 3 ou 4 ruas depois que a minha), eu sempre pagava um sorvete pra ele pra compensar ele me deixar na escola. Teve uma época que eu tive um crush nele, mas ele nem tinha percebido e eu não insisti pra não perder a amizade.

E cá estamos nós, na beira dos 23 anos (ele nos seus 24 anos), e decidimos que iriamos morar um do lado do outro em Portugal, pra ser mais exata em Lisboa. Ele passou em um estágio de medicina aqui (ele terminou o ensino médio mais cedo que eu e começou a faculdade cedo, por isso o estágio) e eu passei em arquitetura na faculdade (depois de anos tentando).

Sim, eu sempre quis montar casa, sempre achei lindo ficar vendo prédio e pensar que teve alguém que desenhou isso, que lindo. E agora é a hora de eu realizar o meu sonho de pequena.

Tinha passado em todas as faculdades possíveis (tudo engenharia), mas eu sempre quis arquitetura, então eu tentei até que passei no ano em que meu melhor amigo passou em um estágio que por coincidência é em Lisboa também. Eu iria morar no mesmo apartamento que ele, porém meu pai não deixou (sim, ele ainda me controla mesmo estando do outro lado do mundo) e minha mãe falou que mesmo com anos de amizade, nunca realmente sabemos a intenção da pessoa. Enfim, resolvi que pra tranquilizar eles eu vou alugar um apartamento, mas do lado dele.

E aqui estou eu, me despedindo da minha casa, da minha mãe, da minha família aqui no Brasil. Reunimos um último churrasco em que eu estaria presente e depois só quando a faculdade terminar e conseguir um emprego.

- Filha, venha aqui jogar TRUCO conosco – Minha mãe me chama pra jogar pois pense numa mulher pra gostar de tirar dinheiro da família ksksks.

- Já tô indo mãe! – Falo isso e vou pegar uma cerveja pra esfriar minha cabeça pra relaxar e não parecer nervosa na frente deles.

Nem falei o nome da minha mãe para vocês, o nome dela é diferente, eu juro que foi ideia da minha vó de juntar o nome dela com o nome do meu vô, Uyara (junção de Ulizes com Yanara), ela não gosta do nome dela, pra irritar ela as vezes eu chamo ela pelo nome dela ao invés de "mãe" ou de "Yara".

Chegando na mesa, vi minha mãe jogando com seus amigos antigos que fez quando jovem em meados dos seus 13/14 anos em uma banda de música. Sim, desde que ela fez esses seus amigos, eles nunca se separaram e eles ainda tem um dilema deles: "o que se faz em Vegas, fica com Vegas". Contando são 4 homens muito bem casados 5 mulheres (sendo 2 delas casadas). Sim, amo os meus tios, eles só me ensinam coisa errada, eu gosto rsrs. Tem o Tio Carlos, Tio Roberto, Tio Gabriel e o Tio Daniel; tem a Tia Ana, Tia Luzia, Tia Rafaela, Tia Dany e a tia Gabi. Se eu fosse vocês eu confundiria tudim, mas é bem fácil de diferenciar cada um.

- Cheguei – Avisei quando cheguei na mesa encontrando o Tio Carlos mais o Tio Roberto quase que se fuzilando pelos olhos.

- Eles tão de novo fazendo aquilo? – Perguntei quase susurrando me aproximando pra dar um beijo em minha mãe.

- Sim, eles tão vendo quem pisca primeiro DE NOVO, já é a 4 vez em 2 minutos, acredita???- Minha mãe pergunta me dando um beijo e rindo, meus tios nunca foram tão bem da cabeça não.

- Acredito... Deixa-me tenta uma coisa. O MÃE, AQUELE É O JUNIOR COM OS TROMPETES DOS TIOS???? – Pergunto apontando pros meninos do outro lado da casa.

- É O QUE? – Tio Carlos e Tio Roberto perguntaram ao mesmo tempo e olham pra onde eu aponto.

- Agora eles olham, que palhaçada kkkkkkkk – Falo rindo dos dois com cara de preocupados achando que realmente o Juninho tinha pego os trompetes deles, que é como se fosse a única coisa preciosa pra eles, músicos né kkkkkk.

- Ah Alana, achei que ele tinha pego mesmo, na última vez ele jogou na privada e ainda de brinde colocou bosta no bocal – Tio Roberto fala com cara de nojo.

- Verdade Lana, ele na última vez que pegou o meu ele usou como avião, achou que voava e jogou de escada a baixo lá na casa da Dany – Tio Carlos fala quase chorando, e nem tô brincando.

- Desculpa, é que toda vez que chego n a festa vocês dois estão sendo brincando ou brigando, nunca sei ao certo – Falo para eles.

Vou até eles e os abraço. Vou sentir falta disso...

Sentei na mesa e ao invés de jogar Truco, agora querem jogar Quadrado. Agora que vai ter guerra mesmo.

No decorrer do dia foi só abraço, ganhei alguns presentes e ainda dinheiro das Tias, elas querem que eu mantenha contato, é claro que vou manter, eles são minha família. Quase que não saio inteira de tanto abraço deles...

Entro no meu quarto e começo a olhar as minhas fotos e olho o quanto fui feliz, agora é eu ser mais independente por mim e por minha família, pra ser mais um motivo deles terem orgulho de mim.

Coloco música e começo a arrumar as minhas coisas, hoje foi um dia cheio, mas daqui a 2 dias eu já não vou morar no Brasil.























Esse é o primeiro capitulo lovers, eu vou melhorar, eu juro, vou postar 1 capitulo por semana, e esse capitulo dedico total a Lily apesar de eu a conhecer muito pouco, sei que ela é uma mulher muito forte. LILY, FICA BEM.

<3.

A mudança da minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora