Champagne.

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"O ceticismo enraizado em seu saber me dá náuseas potentes. Sua voz ainda estrondeia, sacode meu crânio, amassa meus neurônios e queima minha alma. O eco de minha voz ainda ricocheteia em sua caverna. Solidão segura seus braços, sua espada abolou tantas cabeças. Fracas e infiéis.

Estourara nossa bolha com agulha de marfim, perfurara meu peito com broca de pele e sangue revestida em ouro puro. Mas o que importa? A remissão dos impuros começa às onze e quarenta e sete. Você estará lá, e tudo isso será apagado como giz em lousa. Meu corpo estendido em lençol de algodão e travesseiro de penas receia sua chegada. De ego tão alto que suicidas temem a queda. Deveria desejar sua felicidade, porém meu coração não é casto para isso. O ódio remanescente ainda borbulha, como o champagne ao qual tomávamos sob o sol da meia noite. Queria provar para mim que sou forte, mas sou um tolo.

Recolhi minha indecisão. Joguei no horizonte meu coração. Tudo por sua segurança. Segurança de que continuaria aqui. Adesão dos corpos. Mesmo que a alma doa, meu corpo agradece."

arco do borbulho.Onde histórias criam vida. Descubra agora