💔🔮| alone again

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não me matem, esse é bem depressivo.
mas eu gostei de fazer um estilo diferente.

palavras:1375

Sozinha.
Alone.
Solo.

Essa palavra parecia me perseguir.
Não me leve a mal, ficar sozinha, passar um tempo consigo mesma é bom e saudável, alias é importante saber conviver sozinha.
Mas ficar sozinha pode ser horrível.

Tudo começou á dezessete anos atrás, em uma pequena ilhazinha tropical.
Uma ilha que era divida em dois lados, o rico e o pobre.
Ou você tinha dois barcos, ou dois empregos, duas tribos, uma ilha.
Felizmente eu nasci no lado rico, o que chamamos de Kook. Papai era um grande empresário, e isso era e foi muito bom.
Aos meus quatro anos de idade já havia milhões em minha conta para faculdades.
Mas dinheiro não me fez uma garotinha popular.
Eu vivia sozinha.

Quando fiz minha primeira amiga de verdade na escola, já tinha sete anos, o que foi legal e super interessante, até ela começar a me ignorar sem dizer o motivo e me trocar por outros riquinhos.
Eu não chorei ou me abalei, apenas me acostumei.
Quando tive animais de estimação, nenhum deles gostavam de mim. Sempre me desprezavam e rasgavam ou mijavam em minhas roupas.

Meus pais sendo empresários ricos e indo a milhares de festas não eram o tipo exemplo de comerciais, então mesmo jantando com eles pizza, em uma sexta feira, me sentia sozinha naquela imensa casa.
E esse problema logo passou, pois papai sofreu um golpe.
Então perdemos praticamente todo o dinheiro que havia nos sobrado.

Me mudar para o lado do The Cut da ilha não foi tão ruim, nos mudamos quando completei quatorze e entrei no último ano do fundalmental, e fiz uma amiga.
Foi bom, ela era uma garota divertida e me animava, me ajudava a sair de casa e fazer coisas como surfar.

Mas ano passado ela se mudou e com quinze anos, voltei a ficar sozinha.
Minha mãe adoeceu e faleceu, e agora meu pai trabalha duas vezes mais e mal o vejo.
Sozinha novamente.

Mas um garoto loiro invadiu minha vida e a colocou de cabeça para baixo, eu mal sabia o que estava me metendo quando o conheci naquela festa.

"Sn não é? Está linda esta noite" um garoto loiro com porte surfista chega, oferecendo uma cerveja. Aceito, mas não tomo um gole.

"Obrigada Maybank. Não estou acostumadas á festas, mas minha prima está uns dias na cidade e me puxou para cá" assumo á ele, apontando uma garota ruiva e cacheada dançando com empolgação no meio da galera. Ele sorri.

"Não quer vir e dançar comigo?" JJ te pergunta puxando minha mão devagar. Nego. "Venha Sn, não seja Sozinha"

Com essas palavras deixo o copo ali e me junto ao corpo do garoto.
O resto da noite foi como um sonho contagiante, apenas dançando e bebendo.
Nunca havia feito isso.
Mas JJ e eu não ficamos ou nos pegamos de cara, ele viu algo em mim.
Ele viu algo em especial.

Nósconversavam por meses, passavamos horas juntos falando sobre tudo. Surfavamos juntos, nadavamos e até brigavam. Viramos melhores amigos inseparáveis em menos de cinco meses.

"Podiamos um dia apenas fugir de barco o que acha?" JJ me entrega aqueles olhos do gato de botas, todos esbugalhados e carentes.

"Sabia que eu já participei do curso de navegação? Eu sei cordenadas e controlar uma bússola. Sempre ando com essa que minha mãe me deu, antes de falecer" digo sorrindo, pulando no colo dele e tirando a bússola do bolso.
Eu sempre andava com ela, pelo fato de ser pequena era bem portátil.

"Então deveremos partir agora mesmo capitã" JJ me puxa para seu peito fazendo cosquinhas e dou uma risada gostosa.
Apenas ele me conseguia rir assim.

imagines JJ MAYBANKOnde histórias criam vida. Descubra agora