Capítulo 5: Cuidar

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Olá, como estão? Não vou negar, me diverti muito escrevendo esse capítulo, essas cenas foram algo que eu nunca tinha tentado em outras histórias minhas, espero que gostem como eu.

Boa leitura!
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O cheiro de terra molhada misturado com sangue causava repulsa em seu estômago vazio pelas horas sem comer. A respiração era dificultada pela dor espalhada em todo seu corpo, sentindo cada átomo reclamar pelos hematomas doloridos no ser loiro estirado nas margens da cachoeira.

Quinn desperta lentamente sentindo sua cabeça latejar. Sua mente ainda estava uma bagunça, grogue tenta se levantar mas sente que seu corpo não obedece seus comando. Com muito esforço vira devagar para ficar de barriga para cima. Solta um grunhido estranho quando vê o estado de seu corpo com as contusões espalhadas. Coloca a mão na sobrancelha sentindo-a arder quando franze a festa.

Sangue.

Bom, seu corpo branco como a neve estava parecendo um tomate amassado. Sua barriga havia arranhões de todas as formas e uma perfuração um tanto quando preocupante no lado esquerdo perto das costelas.

Como foi ser tão idiota? — Se pergunta de maneira confusa ainda assimilando o que estava acontecendo.

Olhando ao redor repara pela primeira vez no local. Era extremamente lindo e selvagem como tudo naquela ilha. Meio escondida, a cachoeira se apresentava timidamente aos olhos avelãs que brilharam com seu mais novo achado. A água banhava o pequeno lago que se formava ao redor da cachoeira meio escondida como uma gruta. Rachel ia ficar feliz quando visse aquilo.

Rachel.

Aquele nome roubou seus pensamentos como a dona dele.

Quanto tempo a loira ficou inconsciente? A mais baixa deveria estar morta de preocupada pela demora, afinal de contas, ela apenas disse que ia se aliviar e acabou demorando mais do que o previsto.

Precisava sair dali e voltar para a praia.

Mas ali estava tão bom, seu corpo estava doendo e ainda se sentia zonza pela pancada que receberá na cabeça.

Mas precisava voltar para Rachel.

Não poderia deixá-la preocupada.

Não poderia deixá-la sozinha.

Prometeu que estaria com ela o tempo todo, não poderia — e não queria descumprir a promessa —. Com lentidão se levanta fazendo uma careta devido a dor forte que sentiu em seus músculos, sentando, faz uma concha com suas mãos e toma alguns goles d'água, sua garganta agradece a atenção e com mais força do que a primeira vez se põe de pé.

Como uma miragem destorcida pela mente bagunçada e desnorteada consegue ver a treinadora Sue de pé em sua frente falando:

Vamos, Fabray! Não te treinei atoa, você é tudo... Menos fraca. VAMOS. ANDE! - Aponta o dedo em direção ao abismo de onde a loira despencou.

— Eu não sei se consigo treinadora... - Sua voz sai fraca quase como um sussurro.

Inspira profundamente segurando o choro pela dor insuportável que estava sentindo.

— Você vai desistir sem nem ao menos tentar?Não foi isso que eu te ensinei, Fabray.

— Está... Está doendo muito...

— Rachel está sozinha na praia. Vai deixá-la correr esse perigo? Tem muitos animais por aqui... Tenho certeza que toda a preparação da mini Diva não foi para sobreviver sozinha em uma ilha deserta.

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