Capítulo 8

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Me perdi em meus pensamentos e só acordei quando ouvi alguém me chamar. Fiquei a visão em Lilian , a cozinheira.

Lilian: Minha menina, por que está tão pensativa? Em que está pensando?

- Desculpa Lilian, eu nem estava prestando atenção. Eu me lembrei do passado, quando minha mãe era viva.

Lilian: Sabe, Rika. Não gosto de te ver triste, saiba que sempre que quiser conversar eu estarei aqui.

- Obrigada, Lilian. - Dei um abraço nela.

Lilian trabalhava na casa dos meus pais desde quando eu era pequena, e até hoje ela estava aqui. Eu gostava muito dela, principalmente por ser muito humilde.

Lilian: Está com fome? Vou lá pegar uma torta de maçã que eu fiz. - Ela disse saindo em direção a cozinha.

- Como eu amo torta de maçã... - Pensei um pouco alto.

Luís: Minha filha, como você está? - Perguntou vindo em minha direção.

- Estou bem e o senhor?

Luís: Estou ótimo.
Queria te falar que vai ter uma festa na minha empresa no sábado, e eu queria levar você.

- Me levar para que?

Luís: Por que é para os funcionários e família, e você faz parte da minha família.  Por favor, não negue.

- Tá bom, eu vou! - Revirei os olhos.

Luís: Ainda quero apresentar você a um amigo, ele estava curioso de saber quem é a minha filha, já que eu falo tanto de você na empresa.

- Por que fica falando de mim, pai? Credo, que vergonha!

Luís: Calma filha. Olha, vou preparar tudo para você, vestido e um dia para você ser cuidada pelos profissionais mais excelentes daqui.

- Vai ter comida lá?

Luís: Claro que vai ter comida! - Ele começou a rir da minha fala.

- Então eu vou, sem problemas.

Luís: Bom, eu queria que você assinasse alguns papéis para mim. - Você pode assinar?

- Posso, por isso que eu vim.

Lilian: Aqui minha menina, torta e chá como você gosta! - Ela veio com uma bandeja cheia.

- Obrigada Lilian. Como sempre, exagerada, não é?

Lilian: Me desculpe, mas você precisa estar bem alimentada. - Ela se desculpou um pouco nervosa.

- Tudo bem Lilian, vou comer tudo.

Luís: Eu já vou para o trabalho, não se esqueça filha, sábado você passará a tarde inteira fazendo compras e se arrumando. De noite, te buscarei para irmos até o salão.

- Está bem, pai. Até mais - Olhei para os papéis e peguei a caneta.

Luís: Tchau filha e Lilian.

Lilian: Até mais, senhor Luís.
Bom, eu voltarei para a cozinha, qualquer coisa me chame.

- Está bem.

Voltei minha atenção para os papéis a minha frente. Fiquei um pouco ansiosa para chegar às sete horas, mas, por que isso? Eu só podia estar louca. Balancei a cabeça tentando afastar os pensamentos e focar nos papéis.

Não podia negar, a ansiedade estava tomando conta de mim. Queria logo chegar no horário e falar com Hawks.

Assinei os papéis e resolvi comer a torta de Lilian, mas sempre tinha que vir alguém para acabar com a minha paz.

Júlia: Olha só quem está aqui comendo... - A mais velha falou.

Cecília: Deve estar passando fome, então veio pedir ao papai um pouco de comida. - As duas começaram a rir.

Eu não sabia quem era quem, as duas tinham a mesma cara, cara amassada, parecia que o caminhão passou por cima e tacaram fogo.

- Será que dá para vocês me deixarem em paz?

Júlia: Vamos sair logo daqui, sinto o ar contaminado.

Cecília: Vamos. - A outra gêmea falou e as duas saíram, me deixando sozinha.

Depois que terminei de assinar os papéis, fui até o escritório do meu pai e deixei os papéis na gaveta em que ele tinha falado para colocar.

Depois de deixar o escritório, já estava me preparando para ir embora. Quando ia abrir a porta principal eu ouvi as duas cochichando.

Júlia começou o papo com a outra que estava do seu lado então eu só fui conferir o que elas estavam falando.

Júlia: Como a Rika é tão iludida, não é?

Cecília: Verdade, a garota acha que vai conseguir conquistar um herói com aquela cara de capivara.

Júlia: O Hawks é só meu, e eu não divido ele com ninguém.

Cecília: Pode parar de se iludir, ele nunca teria olhos para você.

Então, as duas começaram com a discussão que resultou em tapas e puxões de cabelo e eu estava atrás da porta rindo.

Resolvi ir embora mesmo, abri a porta e elas ainda estavam se batendo.

- Olha, sinceramente... Ele não teria olhos para meninas que ficam brigando, fingindo serem a mulher dele.

Então as duas pararam e me olharam como se fossem me matar.

Cecília: O que está fazendo ouvindo nossa conversa?

Júlia: Você não tem o que fazer não, garota?

Cecília: Eu só acho que você deveria ir embora, mas não desacredite do meu potencial. Eu vou conquistar ele e quero ver você se contorcendo de raiva.

Júlia: Eu vou ficar com ele e quero ver você chorando e me implorando para te deixar tirar foto com ele.

Cecília: Vocês duas vão me implorar! - Ela disse cruzando os braços e fechando a cara.

Júlia: Você vai até chorar, me implorando. - Ela diz apontando o dedo na cara da irmã e depois cruzando os braços. - E a briga começou novamente.

- Vou indo, porque eu tenho o que fazer, além de ficar brigando por alguém que nem conhece vocês.

Então,  fui embora para a minha casa, como já tinha arrumado tudo, resolvi fazer algum doce.

Fui até um mercadinho perto do apartamento, comprei o que precisava e voltei. Antes de tudo, tomei banho e vesti minhas roupas, quando acabei, fui para a cozinha fazer o doce.

Nova Vida Ao Seu Lado (Hawks)Onde histórias criam vida. Descubra agora